domingo, 25 de setembro de 2022

.: Crítica: "A Mulher Rei" é novelão com trama dramática e de muita ação


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022 


Nanisca (Viola Davis), a guerreira principal do Reino de Daomé, é quem conecta a trama dramática e cheia de ação do longa "A Mulher Rei", ambientada na África de 1800. Em cartaz nos Cinemas Cineflix e inspirada em eventos reais, a produção dirigida por Gina Prince-Bythewood começa com a vitória do grupo Agojie que retorna ao povoado em desfile para o rei. Admiradas pelo público, que as reverencia de cabeça baixa e olhos fechados, têm entre o povo, um menininho que mesmo após levar uma bronca para seguir o costume, coloca as mãos sob os olhos, mas afasta os dedos para ver as guerreiras passando. Assim, a atitude de fofura garante um carinho de Izogie (Lashana Lynch). 

Nawi (Thuso Mbedu) é outra que quebra a regra, mesmo de cabeça baixa, olha diretamente para o grupo de Agojie que desfila. Na sequência, é a jovem quem ganha o foco da trama, uma vez que está para ser entregue a um marido. No entanto, mais uma vez ela não aceita o parceiro, um homem muito mais velho e de aparência nada atraente. Contrariado, o pai da moça de 19 anos a entrega para o rei. É nesse ponto que o caminho da brilhante guerreira Nanisca cruza com o de Nawi.

Enquanto ganha destaque no posto de treinante a guerreira, sob os cuidados de Izogie, Nawi chama a atenção de Nanisca, mas também comete erros que a desagradam. Tanto é que há espaço para um romance com o jovem Malik (Jordan Bolger). Ele que é metade originário da região -e veio para conhecer o lugar em que a mãe nasceu- e metade brasileiro (conforme a versão dublada do longa). Todavia, essa história de amor será importante para o destino de Nawi no desenrolar da história.

A moça conquista a atenção de Nanisca, a guerreira mais importante das Agojie que também está na mira do veneno ácido da esposa do rei Ghezo (John Boyega), a jovem e manipuladora Shante (Jayme Lawson). Conforme a história de Nanisca e Nawi vai se entrelaçando de modo irreversível, embates de defesa do povo Reino de Daomé acontecem -e são de tirar o fôlego. 

No entanto, o drama histórico com cenas de muita ação, ao retratar a jornada da general responsável pelas mulheres guerreiras pode ser definido como um novelão de primeira. Garante lindas cenas de fazer derramar lágrimas. Seja na despedida entre Izogie e Nawi, quando a atriz Thuso Mbedu dá um show de talento ou quando ela contracena com Viola Davis, numas das cenas finais, interpretando um texto de reconciliação e muito amor que faz arrepiar. 

"A Mulher Rei" é um novelão, mas também uma produção imperdível. Tudo no longa se encaixa e o torna majestoso. Seja pela construção bem elaborada de toda a trama que passeia entre confrontos -as cenas de ação chegam a dar frio na espinha-, incluindo dramas do passado que regressam para tornar a grande revelação emocionante, dando espaço para a importância da amizade. O roteiro de Dana Stevens fortalece a produção que é complementando pelo visual com lindos cenários naturais. "A Mulher Rei" é um filmaço!

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


A Mulher Rei (The Woman King, 2022)
Gênero: Drama. História
Duração: 2h15
Diretor: Gina Prince-bythewood
Roteiro: Dana Stevens
Classificação: 16 anos (Drogas Lícitas, Temas Sensíveis, Violência Extrema)
Elenco: Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer






.: "Rota 66": os principais desafios na adaptação do best-seller para a série


Globoplay lança série dramatúrgica ancorada no trabalho investigativo do jornalista Caco Barcellos. Na imagem, Humberto Carrão caracterizado como o autor do livro no seriado. Os quatro primeiros episódios da série original Globoplay já estão disponíveis na plataforma. Foto:Vans Bumbeers

A série original Globoplay "Rota 66 - A Polícia que Mata" celebra o marco de 30 anos do lançamento do best-seller do jornalista Caco Barcellos. Criada por Maria Camargo e Teodoro Poppovic, a trama dramatúrgica acaba de estrear na plataforma, com os dois primeiros episódios já disponíveis, trazendo na bagagem uma extensa, e intensa, pesquisa. Um trabalho minucioso de adaptação, que também envolve um mergulho na biografia do jornalista, que celebra 50 anos de carreira em 2022, mostrando a dificuldade em conciliar a investigação com a vida pessoal. 

“O ponto de partida foi seguir os passos do Caco e fazer uma imersão em pesquisa, criando o nosso próprio banco de dados. Foram entrevistas e centenas de documentos sobre os casos investigados, remetendo aos dados da atualidade, já que histórias mais recentes também foram combustível para a criação. Para mim, o maior desafio na criação da série foi sintetizar todas essas histórias em um número menor de casos que fossem representativos do todo, que resumissem e colocassem na tela a essência da tragédia que Caco denunciou nos anos 80”, explica Maria Camargo.    

“A construção de uma dramaturgia elíptica, sem perder a tensão necessária para um projeto serializado, foi um dos grandes desafios para a sala de roteiro, não apenas pelo olhar de Caco, mas também dos outros personagens ao seu redor, que vivem suas próprias histórias dentro de uma grande trama. Também foi um norte importante buscar outras vozes, incluindo sobreviventes ou seus familiares, sendo mães, esposas, filhos e pais destas vítimas”, relembra Teodoro Poppovic.   

Filmado entre 2021 e 2022, o original Globoplay traz mais de cem atores no elenco, sendo 22 na trama principal, e cenas que se desenvolvem em mais de 90 locações e 250 sets. A escalação do elenco foi uma importante etapa do processo de construção e cuidado de perto pelo diretor artístico Philippe Barcinski. “O Humberto Carrão, por exemplo, encapsula com naturalidade certas características de Caco, pois ambos são tímidos, generosos e com olhar muito atento ao outro. Há algo muito similar entre os dois que funcionou bem na tela”, avalia Barcinski.   

“Rota 66’ é uma história respeitada e consagrada na literatura e nesta nova abordagem pelo audiovisual ganha outros atributos que irão atrair a atenção não só de quem já conhece o livro, mas também daqueles que nunca tiveram contato com a obra. Sem dúvidas é uma série que chega para enriquecer ainda mais o nosso catálogo de originais e reforça nosso compromisso na produção nacional”, complementa Teresa Penna, diretora do Globoplay e Produtos Digitais Audiovisuais.

“Estamos entregando para a audiência uma série impactante, com sólido resultado artístico, ancorada na credibilidade de um dos jornalistas mais respeitados do país. Isso só foi possível graças à parceria com o Globoplay, que apostou na excelência da produção independente e numa história que reverbera os grandes temas do Brasil atual", finaliza Gustavo Mello, produtor da série e sócio da Boutique Filmes. Você pode comprar o livro "Rota 66", livro que Caco Barcellos que inspirou a série, neste link.    

"Rota 66 - A Polícia que Mata" é um Original Globoplay, criado por Maria Camargo e Teodoro Poppovic, tem redação final de Maria Camargo, roteiro de Teodoro Poppovic, Déo Cardoso, Mariah Schwartz, Philippe Barcinski, Felipe Sant'Angelo e Guilherme Freitas, produzido por Gustavo Mello, direção artística de Philippe Barcinski e direção de Philippe Barcinski e Diego Martins. A produção é da Boutique Filmes, com coprodução Globoplay. Além de Humberto Carrão, tem no elenco: Lara Tremouroux, Juan Queiroz, Adriano Garib, Rômulo Braga, Gabriel Godoy, Ricardo Gelli, Ailton Graça, Wesley Guimarães, Rafael Lozano, Naruna Costa, Felipe Oládélè, Ariclenes Barroso, Virgínia Rosa, Magali Biff, Ivy Souza, Bruno Vinícius, Gabriel Wiedemann, Edu Guimarães, Nizo Neto e Maria Manoella.

.: Nova série original japonesa "Modern Love Tokyo" será lançada em outubro


A adaptação japonesa da série antológica de sucesso internacional, baseada na famosa coluna do The New York Times, é estrelada por Naomi Scott, Asami Mizukawa, Nana Eikura, Ran Itô, Ryô Narita, Hiromi Nagasaku e Haru Kuroki. Os diretores incluem Kiyoshi Kurosawa, Ryûichi Hiroki, Nobuhiro Yamashita, Naoko Ogigami e Naoko Yamda, com Atsuko Hirayanagi como showrunner.
 


O Prime Video anuncia hoje o cartaz oficial e o lançamento de "Modern Love Tokyo", adaptação japonesa da série de antologia romântica original do Prime Video, "Modern Love". A série será lançada exclusivamente no Prime Video na sexta-feira, 21 de outubro, em mais de 240 países e territórios.

"Modern Love", a série de sucesso internacional do Prime Video, retrata diversas histórias da emoção universal do amor em suas muitas formas, e cada episódio é baseado em uma edição da adorada coluna homônima do The New York Times. Na adaptação japonesa, seis importantes diretores de cinema japoneses darão vida a uma coleção de histórias sobre várias formas de amor que ocorrem em Tóquio. Esta série tem sete episódios no total, incluindo um feito inédito em "Modern Love": um dos episódios foi feito completamente em anime.

A série é estrelada por Asami Mizukawa, Hiromi Nagasaku, Yûsuke Santamaria, Sôsuke Ikematsu, Naomi Scott, Atsuko Maeda, Nana Eikura, Tasuku Emoto, Ran Itô, Ryo Ishibashi, Ryô Narita e Kaho. Haru Kuroki e Masataka Kubota dublam os personagens do Episódio Sete.

A série é dirigida por Kiyoshi Kurosawa ("A Mulher de Um Espião"), Naoko Ogigami ("Entrelaçados"), Ryûichi Hiroki ("Tudo por Ela"), Nobuhiro Yamashita ("Matsugane Ransha Jiken"), Naoko Yamada ("A Voz do Silêncio: Koe no Katachi"), e Atsuko Hirayanagi ("Oh Lucy!"), esta última que também atua como showrunner Você pode comprar "Modern Love", o livro que inspirou a série, neste link.


Episódio 1: “Nursing My Son, and Some Grievances"
Mari é uma mulher que aspira ter sucesso nos negócios e ser uma ótima mãe para seu filho de três meses. Mari insiste em amamentar seu filho, pois acha que é uma das mais importantes demonstrações de amor. No entanto, quando surge a chance de participar de uma importante conferência em Cingapura, sua intenção de amamentar exclusivamente seu filho é posta à prova. Com Asami Mizukawa e Atsuko Maeda. Escrito e dirigido por Atsuko Hirayanagi.


Episódio 2: “What I've Learned From Sleeping With Married Men”
Kana ensina biologia em uma universidade. Ela e Keisuke, um escritor freelance, estão divorciados há seis meses. Ela passa seus dias em um aplicativo de namoro, onde se atreve a escolher homens casados ​​e tem uma série de casos amorosos sem arrependimentos. Uma pessoa se torna assexuada porque seu coração a abandona? É por causa da falta de sexo que o amor e o coração deixam o corpo? O que Kana aprendeu vendo vários homens casados ​​e fazendo sexo com eles? Com Nana Eikura e Tasuku Emoto. Escrito por Hisako Kurowasa e dirigido por Ryûichi Hiroki.


Episódio 3: “How My Worst Date Ever Became My Best”
Natsuko, que trabalha como curadora, está divorciada há vários anos. Por recomendação de sua amiga, ela sai com um homem que conheceu em um aplicativo de namoro. Natsuko não está muito entusiasmada com o encontro, mas aos poucos vai entrando em uma conversa animada com o homem. Enquanto isso, na mesa ao lado, um jovem e uma mulher estão tendo seu primeiro encontro e ela está cansada da conversa arrogante dele. Isso lembra Natsuko de outro encontro há 30 anos e diz a ele que foi o "pior encontro de todos os tempos". Com Ran Itô e Ryo Ishibashi. Escrito por Yukari Tatsui e dirigido por Nobuhiro Yamashita.


Episódio 4: “My Hibernating Wife”
Kengo e Mai estão casados há três anos. Mai costumava trabalhar como designer, mas ficou deprimida por causa de seus relacionamentos no local de trabalho e não tem mais vontade de ir trabalhar. Kengo continua lhe dando amor e atenção para trazer seu sorriso de volta. Eventualmente, Mai vai mudando graças ao amor dedicado de Kengo. A história retrata o crescimento de um casal fofo, centrado na depressão, uma doença moderna. Com Ryô Narita e Kaho. Escrito e dirigido por Naoko Ogigami.

Episódio 5: “For 13 Days, I Believed Him"
Momoko, uma mulher solteira de 50 anos, dedicou sua vida à carreira de repórter de TV e sente que a vida passou por ela. Ela conhece um homem chamado Yoji através de um serviço de namoro. Desde então, eles acampam e aproveitam seus dias juntos. Momoko é gradualmente atraída pela personalidade calorosa de Yoji, mas então ela descobre seu segredo severo. Com Hiromi Nagasaku e Yusuke Santamaria. Escrito e dirigido por Kiyoshi Kurosawa.

 
Episódio 6: “He Saved His Last Lesson For Me”
Emma, ​​nascida no Reino Unido, está morando em Los Angeles para economizar temporariamente para continuar sua longa viagem e ensinar inglês on-line para estrangeiros. É uma pergunta de Mamoru, um estudante japonês, que a abala profundamente: "O que é o amor?". Mamoru deixa uma impressão tão forte em Emma que ela não consegue se livrar dela. Emma aguarda ansiosamente o retorno de Mamoru à sua aula on-line. Quando Emma está prestes a desistir, Mamoru aparece em sua aula. Eles se sentem atraídos um pelo outro, mas no final da sessão, Mamoru diz a Emma que esta é a última sessão para ele. Com Naomi Scott e Sôsuke Ikematsu. Escrito e dirigido por Atsuko Hirayanagi.


Episódio 7 (animação): “He's Playing Our Song”
Um dia, Tamami ouve uma música de rock que ela costumava ouvir em sua juventude em seu bar favorito. Sua mente remonta 15 anos. Tamami, que é tímida desde o ensino médio, conhece Rin, que toca piano sozinho na academia. Tamami é atraída por ele e, através de seu amor compartilhado pela música, os solitários Tamami e Rin logo se tornam amigos. Mas um dia, o relacionamento deles termina e acaba se tornando uma memória fugaz. Na casa dos 30 anos, Tamami descobre que Rin se tornou um músico. Dublagem de Haru Kuroki e Masataka Kubota. Escrito por Naoko Ogigami e dirigido por Naoko Yamada.


.: "O universo é conflito", provoca Fausto Fawcett na TV Cultura

Marcelo Tas enfrenta o dramaturgo, escritor e compositor nesta terça-feira. Foto: Gelse Montesso


Nesta terça-feira, dia 27, no "Provoca", Marcelo Tas conversa com o dramaturgo, escritor e antropólogo da beleza e do caos Fausto Fawcett. Eles falam sobre distopia, Rio de Janeiro, Brasil, eleições e muita mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Tas pergunta até que ponto o que a gente vive, nós temos consciência que é uma distopia. “A crença humanista de que com tecnologia, com razão, progresso, nós vamos acabar com doença, com fome, essa fantasia, de que vamos chegar no ponto do 'Imagine All The People', como na música de John Lennon (...) eu acho que deu ruim". Tas indaga: "'Imagine' não deu certo?". "Não dá, nós temos uma fantasia amorosa para a qual estaríamos destinados, uma adaptação cristã para o universo. O universo é conflito”, diz Fawcett.

Sobre o Brasil, o artista diz: “A minha vitalidade, o que eu vejo de vitalidade é justamente o fato de ser um território de ficção científica trash. Aqui é um laboratório, como é a Índia, a Nicarágua, o Iraque (...) eu não tenho nenhuma confiança absoluta nos partidos, mas as pessoas estão mesmo zumbis”.

Ainda no "Provoca", Marcelo questiona: “O que você não quer que aconteça nas eleições? E Fawcett responde: “Que não aconteça as eleições, porque a possibilidade é grande. Pelo menos faz a festa sinistra da democracia, pelo menos isso, apesar da minha descrença ontológica (...) como nós dissemos aqui, está muito complicado e temos a vitória absoluta dos centrauros, metade homem, metade cargo, que só quer saber do seu pombal, seu curral”.

.: "Abracadabra 2": o que se sabe até agora sobre o filme

“Abracadabra 2” estreia em 30 de setembro exclusivamente no Disney+. Mas o que se sabe até agora sobre a produção? 

“Abracadabra 2” - sequência live-action do clássico de Halloween - estreia exclusivamente no Disney+ no dia 30 de setembro. Já se passaram 29 anos desde que alguém acendeu a Vela da Chama Negra e ressuscitou as irmãs do século XVII, e elas estão em busca de vingança. Agora, cabe a três adolescentes impedir que as vorazes bruxas despertem um novo tipo de caos em Salem antes do amanhecer da véspera do Dia de Todos os Santos.

Aquecimento Halloween
Com estreia marcada para um mês antes do Halloween, a produção chega no Disney+ como um “esquenta” para comemorar a data na plataforma, que receberá outras estreias e destaques tematizados para o mês mais assustador do ano, como o especial da Marvel Studios “Lobisomem na Noite”, a segunda temporada de “A Misteriosa Sociedade Benedict”, entre outros.


Novos personagens
Belissa Escobedo (interpretando Izzy), Whitney Peak (Becca) e Lilia Buckingham (Cassie) serão as atrizes que estarão em “Abracadabra 2”, cujas personagens tentarão impedir o retorno das bruxas. Além delas, a produção conta com um elenco de sucesso, com nomes como: Sam Richardson (“A Guerra do Amanhã”), Doug Jones (“A Forma da Água”), Hannah Waddingham (“Ted Lasso”), Froyan Gutierrez (“Teen Wolf”) e Tony Hale (“Veep”).

Nova direção
A dançarina, atriz, coreógrafa e cineasta norte-americana Anne Marie Fletcher está à frente da direção de “Abracadabra 2”. Anne já dirigiu filmes de sucesso como: “A Proposta” (2009), “Vestidas Para Casar” (2008), “Ela Dança, Eu Danço” (2006), “Minha Mãe é Uma Viagem” (2012), entre outros.

Protagonistas originais
O primeiro filme, lançado em 1993, foi um sucesso e é considerado um clássico para o Dia das Bruxas. As atrizes Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy são as protagonistas Winnie, Sarah e Mary, respectivamente. Agora, elas estão de volta na continuação da história que se passará 29 anos depois do primeiro longa.

sábado, 24 de setembro de 2022

.: Isadora Melo traz sua música em forma de anagrama


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Um dos novos nomes da cena musical do Recife, Isadora Melo está divulgando seu mais recente trabalho, o álbum "Anagrama", que reúne composições próprias e escritas em parceria com outros compositores. O trabalho mescla de forma interessante suas influências musicais, resultando em canções com temáticas simples e diretas, com raízes na nossa MPB.

Anagrama é uma espécie de jogo de palavras criado com a reorganização das letras de uma palavra ou expressão para produzir outras palavras ou expressões, utilizando todas as letras originais exatamente uma vez. As palavras Amor e Roma, por exemplo, são formadas com as mesmas letras dispostas de forma diferente.

Para produzir esse disco Isadora contou com três músicos talentosos: Rafael Marques, Henrique Albino (conhecido por seu trabalho com frevo) e Lucas dos Prazeres. A ideia desse trabalho começou a surgir em 2018, depois de lançar o CD "Vestuário", um disco onde ela se mostra como intérprete. Em "Anagrama", ela começou a se aventurar como compositora. A relação próxima com o grupo Cordel do Fogo Encantado acabou incentivando-a para se arriscar nas composições.

As faixas são bem produzidas, com canções construídas por um vocal de timbre suave e agradável. Há raízes de ritmos do nordeste nos arranjos e na interpretação de Isadora. Também se nota uma certa influência da chamada vanguarda paulista, representada por nomes como Arrigo Barnabé, Itamar Assunção e o Grupo Rumo, entre outros.  Gostei muito das faixas Sorriso de Faca e Quanto Mais, onde Isadora mostra uma malemolência agradável ao explorar os ritmos dos arranjos. Anagrama traz um frescor interessante para a nossa MPB, que continua produzindo novos talentos. E que venham novos anagramas musicais da Isadora Melo.  

"Quanto Mais"

"Sorriso de Faca"

"Não Ando Bem"

.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 136 ao 140

Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 136 ao 140 (26.09 a 30.09)


Helena provoca Poliana dando mimos ao namorado da colega (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Capítulo 136, segunda-feira, 26 de setembro

Marcelo volta dar aula presencial (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Marcelo está de volta dando aulas presenciais. João fala para Marcelo que está feliz em vê-lo bem e disposto. Renato esbarra com Helô e troca olhares profundos. Renato encontra Marcelo e conta que pediu Ruth em namoro, que a diretora ainda não aceitou, mas que ele está confiante. Otto revela à equipe que o teste da “Escola dos Sonhos” foi um sucesso, que a plataforma de ensino a distância é a mais confiável e avançada até hoje. O pai de Poliana alega que está sem sintomas do Hepta vírus. Helena mima Éric dando um pacote de bolacha na frente da Poliana para provocá-la. Roger diz a Pinóquio que ele e Luca estão planejando um grande lançamento para ele, que o androide vai ser o maior sucesso do país, mas que para isso, o boneco precisa obedecer. Pinóquio fica feliz e assume fazer o que os comparsas pedem. Éric cobra Helena perante provocação em Poliana; Helena afirma que quem pode acabar com o relacionamento deles é o João, que levou um chocolate até a casa da Poli. Luigi conta a João que está pensando em pedir a Song em namoro. Éric encontra com João e pergunta o motivo dele entregar chocolate para a amada. Poliana fala com João e pede desculpa pelo impasse com o Éric. Cresce o número de mortes do Hepta vírus. Davi declara à Tânia que ela venceu a doença. Joana convida Sérgio para passar o tempo da quarentena com ela e a família.


Capítulo 137, terça-feira, 27 de setembro

Luigi e Song (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Sérgio aceita convite para morar temporariamente com Joana; Mario fica muito feliz com a notícia. Waldisney e Violeta desejam ir ao mercado, ficam preocupados com o vírus e Pinóquio se oferece para ir ao estabelecimento. Luigi arma o plano de pedido de namoro para Song dentro do cinema, local que tanto ama; os amigos ajudam com a surpresa. A história dos pombinhos é exibida na sessão; Song dá resposta sobre o pedido de namoro. Luigi chega em casa e Mario conta que o irmão vai ter que ficar sem ver os amigos e a amada por tempo indeterminado, devido a quarentena. Com saudades, Poliana volta para casa e abraça o pai. No jantar, ao lado de Tânia e Otto, Poliana revela que o menino misterioso da escola apareceu subitamente no quarto dela na casa da tia Luísa.


Capítulo 138, quarta-feira, 28 de setembro

Otto (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Poliana fala para o pai que Roger estava no dia que Plínio, o garoto misterioso foi visitá-la. No CLL, um morador da comunidade chega gritando de dor para ser atendido por Davi. Sérgio faz um jantar romântico para Joana e cuida de todos os preparos. Otto pede à Sara acessar remotamente as câmeras de segurança da casa de Luísa. Renato vai até a casa de Ruth; ele pede para a diretora parar de esconder seu sentimento; eles se beijam. Otto conversa com Ruth, a diretora fala que muitos pais estão pensando em tirar os alunos da escola, porque muitos perderam os empregos. Otto diz para Ruth que a plataforma “Escola dos Sonhos” está pronta e que vai oferecer para de graça para a Ruth Goulart. Vini informa que os leitos de hospitais estão praticamente lotados; Davi alega que precisam de mais reforços dentro da comunidade. Ruth passa aos professores as novas regras do Hepta vírus e precauções. Otto diz a Sérgio sobre gratuidade da plataforma e pede opinião. Marcelo declara à Ruth que deseja interromper o recebimento de salário para ajudar nas despesas da escola. Celeste se encontra no parque com Tânia; ela diz que a mãe estava no melhor hospital enquanto ela teve que se virar sem plano de saúde. No computador, Pinóquio tenta descobrir como desligar o seu rastreador. Renato beija Ruth na escola; Helô se aproxima e Ruth se esconde. 


Capítulo 139, quinta-feira, 29 de setembro

Pinóquio grava vídeo com Luca na ‘Luc4Tech’ (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Durval usa o sistema de delivery na padaria e solicita à família para atender os pedidos; Formiga faz as entregas. Juntos aos vilões, Pinóquio vai até a ‘Luc4Tech’ para produzir os vídeos. Marcelo oferece ajuda ao Davi no CLL; preocupada, Luísa não gosta da notícia. Através do celular, por vídeo chamada, Luigi dá um beijo em Song. Escondido, Mario grava a excentricidade do irmão com Song e posta nas redes sociais; Luigi fica bravo. Luca grava os vídeos com Pinóquio, ele orienta o boneco admitir que é um androide; ele não gosta da situação. Luca fala que a equipe dele desenvolveu todo projeto como o ‘primeiro androide influenciador digital’. Otto tem acesso às imagens de Pinóquio sendo sequestrado, entrando no mesmo carro que Roger entra posteriormente. Otto encontra Marcelo e revela a suspeita de Roger ter um androide. Waldisney aconselha Pinóquio em assumir ser um androide para o mundo. Otto vai até a casa da mãe na busca por Roger.


Capítulo 140, sexta-feira, 30 de setembro

Roger pede para não aprontar com Otto na empresa/ Roger surpreende Otto (Fotos: Lourival Ribeiro/SBT)


André sai de casa por conta da superproteção da avó. Otto descobre a localização de Roger, presente na ‘Luc4Tech’. André fala para Durval que deseja trabalhar; a primeira entrega de pedidos é na casa da Raquel. O caipira André pergunta ao Formiga se pode passar a quarentena na república dele. Tânia e Marcelo ajudam no CLL. Otto vai até a ‘LUC4TECH’ atrás do irmão.  Roger escuta Otto se aproximando e manda Luca não deixar ele encontrar Pinóquio. Roger notifica Pinóquio de ficar em silêncio. Trabalhadores do CLL sofre um assalto. A mandado do Cobra, os bandidos roubam as doações no CLL. Otto questiona Luca o motivo da mochila do irmão estar na empresa dele. Roger surge e surpreende Otto. Ladrões querem sequestrar Gleyce, mas Marcelo pede para ir no lugar dela.


Sábado, 01 de outubro


Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT


.: "Vila Sapo", de José Falero, traz a realidade das favelas no Brasil


José Falero, autor de "Os Supridores", tem "Vila Sapo", o livro de estreia, reeditado pela editora Todavia, com um conto inédito. Em linguagem viva e expressiva, as histórias de Falero trazem a realidade das favelas no Brasil. Estão no livro sete histórias escritas com força ímpar e altíssima voltagem literária.

Publicado originalmente em 2019, "Vila Sapo" imediatamente chamou a atenção para José Falero, até então um jovem e desconhecido autor vindo das quebradas de Porto Alegre. Desde aquele momento, o livro apresentou a críticos e leitores um escritor já dotado de uma variada gama de recursos, modulando em cada história a voz das ruas com um refinado registro literário. Você pode comprar o livro "Vila Sapo", de José Falero, neste link.



"Os Supridores"
Primeiro romance de José Falero, o livro "Os Supridores" se apresenta como um dos nomes mais relevantes da nova literatura brasileira. Ao criar um narrador culto e perspicaz - que contrasta com o dialeto a um só tempo urbano e filosófico da periferia -, o autor mostra talento incomum, fazendo uma verdadeira arqueologia da pobreza. Falero leva o leitor direto ao supermercado Fênix, na região central de Porto Alegre. É ali que trabalham Pedro e Marques, dupla que aos poucos veste a carapuça de um Dom Quixote e de um Sancho Pança amotinados.

Moradores de "vila" (a favela no Sul), eles invertem o jogo mesmo que as consequências sejam graves. "Preciso dar um jeito de experimentar as coisa que faz a existência valer a pena, e não vai ser trabalhando que eu vou conseguir isso." Os dois conhecem pessoas que traficam na periferia onde moram, por isso insistem em se manter na legalidade. Mas, diante de uma "seca" de maconha devido ao desinteresse dos traficantes em comercializá-la, e já cansados da exploração do trabalho, os dois amigos decidem entrar para o tráfico. É a única opção para melhorar de vida. E também uma recusa à desumanização do trabalho assalariado. Uma recusa a todo o processo de exploração. Você pode comprar "Os Supridores", de José Faleiro, neste link.


"Mas em que Mundo Tu Vive?"
Aqueles que se empolgaram com a narrativa de "Os Supridores" vão encontrar nas crônicas reunidas em "Mas em que Mundo Tu Vive?" uma ampliação do universo do autor. Publicados originalmente na revista digital Parêntese, os textos revisitam o gênero que é uma das tradições literárias brasileiras, mas trazem a contribuição única de seu autor: falam do cotidiano com lirismo e o olhar atilado de um observador da vida ao sul do país. Um retrato sem retoques da vida de trabalhadores da periferia. Você pode comprar "Mas em que Mundo Tu Vive?", de José Faleiro, neste link.


Sobre o autor
José Falero nasceu em 1987, em Porto Alegre. É autor do romance "Os Supridores" e da reunião de crônicas "Mas em que Mundo Tu Vive?", também publicados pela editora Todavia.

.: “Tive que lutar por esse filme”, diz Viola Davis sobre "A Mulher Rei"


Em entrevista ao programa "Conversa com Bial", a atriz, produtora e escritora estadunidense Viola Davis falou sobre a biografia “Em Busca de Mim” e também sobre o longa-metragem “Mulher Rei”, o qual produz e protagoniza, em cartaz na rede Cineflix Cinemas. Apresentador do programa, o jornalista Pedro Bial encontrou-se pessoalmente com Viola Davis no Teatro do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, para uma conversa emocionante.

Recém-lançado no Brasil, “Mulher Rei” conta a história real de um grupo de mulheres guerreiras, lideradas pela general Nanisca, que defendem o reino africano Dahomey de inimigos. “Tive que lutar por esse filme, lutar pelos atores, lutar pelo diretor, lutar até mesmo pela noção de que esta história merecia se tornar um filme”, conta Viola.

“Existe uma noção de que mulheres de pele escura não podem ser protagonistas em sucessos mundiais, e aí esta é uma outra história. Estamos falando de colorismo, e este é o último dos preconceitos aceitáveis. Bom, de repente, tive de estar à frente, eu e meu marido, lutando para esse filme ser feito. Eu, Viola. A tímida e introvertida Viola
(referindo-se ao seu comportamento quando criança). E eu consegui”, adiciona a atriz consagrada com a tríplice coroa de atuação, vencedora dos prêmios Oscar, Emmy e Tony.

Sobre a história real por traz do filme, revela: “Essas mulheres eram recrutadas quando tinham entre oito e 14 anos. Vou repetir: entre oito e 14 anos. Eu tenho uma filha de 12 anos que estão tentando tratá-la como adulta porque ela mede 1m70. Essas mulheres tinham entre oito e 14 anos e eram indesejadas. Ninguém as queria, não queriam se casar com elas, então elas eram vendidas para serem Agojie (exército o qual faziam parte). Para mim, esta é uma história interessante”.

Viola traz ainda sua descendência africana, a experiência de conhecer a África e suas impressões sobre o Brasil, o segundo país em população negra do mundo. “Vejo isso aqui em todos os cantos (herança africana): nas comunidades, na comida. E, nesse sentido, acho que o Brasil é um solo fértil para pessoas que vão gostar e receber esse filme com amor”, diz. Você pode comprar a autobiografia "O Melhor de Mim", de Viola Davis, neste link.

Com direção artística de Monica Almeida, "Conversa com Bial" vai ao ar na TV Globo de segunda a sexta, após o "Jornal da Globo". O programa também é exibido no canal internacional da Globo e em simulcast no Globoplay. As entrevistas também podem ser acompanhadas no podcast "Conversa com Bial", disponível no Globoplay ou em qualquer plataforma de áudio.

.: "Uma Breve História da Igualdade", de Thomas Piketty, é lançado no Brasil

Economista que aprofundou o debate sobre a concentração de renda mostra o percurso da humanidade na marcha rumo à igualdade.
 

Thomas Piketty é mundialmente reconhecido pela sólida pesquisa sobre desigualdade e redistribuição de renda, que levou o tema de seu estudo acadêmico ao centro das discussões políticas e das agendas internacionais. Mas sua imersão em tópicos áridos como a concentração da riqueza não o coloca no time dos apocalípticos. É bem verdade que, nas últimas gerações, os contrastes econômicos e sociais têm aumentado de forma significativa em diversas partes do mundo - e Piketty é um dos estudiosos mais dedicados a compreender e encontrar soluções para este problema. Mas o fato é que, ao longo dos séculos, temos caminhado rumo a uma maior igualdade.

Em "Uma Breve História da Igualdade", lançado no Brasil pela editora Intrínseca, o renomado economista francês mostra que, apesar dos retrocessos e contratempos, existe um movimento histórico orientado para a igualdade, pelo menos desde o fim do século XVIII. Em pouco mais de trezentas páginas, o autor de "O Capital no Século XXI" - obra seminal que revolucionou o pensamento econômico contemporâneo - oferece sólidos argumentos de por que devemos ser otimistas em relação ao progresso humano.

No livro traduzido poe Maria de Fátima Oliva Do Coutto, Piketty conduz o leitor pelos grandes movimentos que moldaram o mundo moderno para melhor e pior: o crescimento do capitalismo, as revoluções, o imperialismo, a escravidão, guerras e a construção do Estado de bem-estar social. Narra, em suma, uma história de violência e luta social, pontuada por retrocessos, catástrofes e recuos identitários. Sua análise de todos esses eventos exemplifica como as sociedades humanas evoluíram em direção a uma distribuição mais justa de renda e bens, a uma redução das desigualdades raciais e de gênero, e a um maior acesso aos cuidados de saúde, à educação e aos direitos de cidadania. Segundo o autor, nossa difícil marcha é política e ideológica, uma luta sem tréguas contra a injustiça.

Mas, para continuar avançando, precisamos aprender e nos comprometer com sistemas institucionais, legais, sociais, fiscais e educacionais capazes de fazer da igualdade uma realidade duradoura. Ao mesmo tempo, resistir à amnésia histórica e às tentações do separatismo cultural e da compartimentalização dos saberes. O que está em jogo é a qualidade de vida de bilhões de pessoas. Sabemos que podemos fazer melhor, conclui Piketty. O passado nos mostra o caminho. O futuro depende de nós. Você pode comprar "Uma Breve História da Igualdade", de Thomas Piketty, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Uma oportunidade para os leitores conhecerem, de maneira muito clara, o maior argumento de Piketty sobre as origens da desigualdade e seu projeto para combatê-la.” —  The New York Times

“[Um] livro excepcional. Piketty transforma o progresso até o momento em uma convocação para continuar a luta por justiça.” —  Daniel Markovits, autor de "A Cilada da Meritocracia"


Sobre o autor
Thomas Piketty leciona na École d’Économie de Paris, é diretor na École des Hautes Études em Sciences Sociales, na França, e codiretor do World Inequality Lab. Formado pela London School of Economics, foi professor de economia do MIT. É autor de "O Capital no Século XXI", traduzido para mais de 40 idiomas e com mais de 2,5 milhões de exemplares vendidos no mundo, além de ter sido eleito Livro do Ano do Financial Times e listado entre os dez melhores livros pela Veja em 2014.

Publicou também "Capital e Ideologia", "A Economia da Desigualdade", "É Possível Salvar a Europa?", "Às Urnas, Cidadãos!" e "Por Uma Europa Democrática", lançados pela Intrínseca. Por sua obra, recebeu em 2013 o prêmio Yrjö Jahnsson, conferido pela Associação Europeia de Economia. Publicou inúmeros artigos nos principais periódicos especializados, como Quarterly Journal of Economics, Journal of Political Economy, American Economic Review e Review of Economics Studies.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

.: Crítica: "Não Se Preocupe, Querida" é imperdível suspense perturbador


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022 


Na trama do longa dirigido por Olivia Wilde (que também interpreta Bunny, a amiga da protagonista), "Não Se Preocupe, Querida", vivem casais felizes, que levam a vida igualzinho as estampadas em revistas dos anos 50, uma vez que pertencem à comunidade do projeto experimental "Vitória". Mulheres exemplares com a casa dos sonhos, no papel das famigeradas recatadas e do lar. Com vestidos em cores vibrantes abaixo dos joelhos e sapatilhas combinando, num cenário sempre ensolarado e com o toque verde da natureza. 

Tornando tudo ainda mais provocativo e interessante, despedem-se de seus maridos com acenos, na saída de casa. Eles, partem nos próprios carros novos em folha, formando fila, em direção ao trabalho -que é um mistério para as mulheres. Tudo ali fecha a coreografia repetida diariamente. Esquisito?! Totalmente! De toda forma, a situação padronizada e a mensagem de que há um limite para se chegar, aumentam a curiosidade de Alice. 

Como todos chegaram ali?! E por quê estão participando de tal projeto?! São os questionamentos que fazem Alice Chambers (Florence Pugh), esposa de Jack Chambers (Harry Styles) embarcar na confusão mental da amiga, Margaret (Kiki Layne), que num encontro de membros do projeto, a céu aberto, em um dia lindo, despeja falas perturbadoras. Assim, Alice fica ainda mais intrigada, afinal, Margaret é uma amiga. 



No entanto, o casal de protagonistas, que personifica o retrato da felicidade em que a trama é focada, vive em meio a labaredas incessantes de amor como se ainda fossem recém-casados. Todavia, Alice sai do "script" e vai além do limite permitido de "Vitória", após ver um avião cair e tentar prestar socorro. Ela, de vestido, bolsa e sapatilhas na cor preta, atravessa um deserto e se depara coma espécie de portal onde vive uma experiência que, depois chega a confundir com um sonho, ou melhor, um pesadelo.

 

A situação final da amiga Margaret e a lembrança da experiência "de choque" são os combustíveis perfeitos para que Alice alimente ainda mais as diversas questões sobre a vida que todos levam ali. Assim, o filme de 2h03, ora remete ao clássico "O Show de Truman", ora parece caminhar pela temática de "Westworld", sobrando tempo suficiente para transitar pela essência de "Matrix". Contudo, o misto de suspense e cenas mais calientes remetem aos seriados de terror de Ryan Murphy e Brad Falchuk, "American Horror Story" e seu spin-off "American Horror Stories".

"Não Se Preocupe, Querida" pode ser rotulado como um "mix" de outras produções, mas consegue apresentar a própria história e provocar quem está do outro lado da telona. Sem contar que é levado por grande elenco, como Chris Pine, Olivia Wilde, Harry Styles e Gemma Chan. Por outro lado, o destaque da produção é Florence Pugh. 

Infelizmente, as fofocas sobre as confusões nos bastidores (do elenco) causaram mais furor na imprensa do que o excelente filme em si. "Não Se Preocupe, Querida" é uma produção que chega com jeito de clássico ao retratar o jogo de interesses de manipuladores, a busca desesperada de fazer parte de algo para existir, a fuga da realidade desanimadora, o desejo desmedido -na base do custe o que custar- para ter a vida dos sonhos e, ainda, cutuca a doentia padronização. Filmaço imperdível!

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme:Não Se Preocupe, Querida (Don't Worry Darling, 2022)
Gênero: Thriller, terror
Duração: 2h03
Diretora: Olivia Wilde
Classificação: 16 anos (Conteúdo Sexual, Drogas Lícitas, Violência)
Elenco: Florence Pugh, Olivia Wilde, Harry Styles, Chris Pine, Gemma Chan, Kiki Layne


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer





.: "Dicionário das palavras perdidas" e a relevância do movimento sufragista

"Dicionário das palavras perdidas" é uma história brilhantemente bem pesquisada, aprofundada e necessária sobre o poder das palavras, a relevância do movimento sufragista e a urgência de a mulher poder contar a própria história. Nesta narrativa, acompanhamos o processo de preparação do primeiro Dicionário Oxford de Língua Inglesa através da pequena Esme, uma menina órfã de mãe, criada pelo pai lexicógrafo. 

À medida que cresce, ela percebe que termos relacionados às experiências de mulheres muitas vezes eram descartados por homens que, consciente ou inconscientemente, trabalhavam para moldar o dicionário com base em sua própria visão do mundo. Assim, Esme começa uma emocionante jornada de resgate às palavras para montar seu próprio dicionário.

A inspiração da autora Pip Williams veio depois de ler sobre o processo de compilação do Dicionário Oxford de Língua Inglesa e perceber que todos os envolvidos nas definições das palavras eram homens. Ao pesquisar mais sobre a representatividade das mulheres nesta dinâmica, encontrou uma curiosa história sobre uma palavra perdida e se fez duas perguntas: “As palavras significam coisas diferentes para homens e mulheres? Se sim, é possível que a gente tenha perdido algo no processo para defini-las?”.

Compre "Dicionário das palavras perdidas", da autora Pip Williams, aqui: amzn.to/3xLXzHZ


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