segunda-feira, 29 de maio de 2023

.: Entrevista: Susana Vieira relembra a Lorena de "Mulheres Apaixonadas"


A Lorena, de "Mulheres Apaixonadas", abordou a diferença de idade nos relacionamentos. Na imagem, Lorena (Suzana Vieira) e Expedito (Rafael Calomeni), namorados na novela. Foto: TV Globo / João Miguel Júnior


Uma mulher vibrante e de muitas paixões. Assim é Lorena (Susana Vieira), uma das grandes personagens de "Mulheres Apaixonadas", novela que volta ao ar no "Vale a Pena Ver de Novo" na próxima segunda-feira, dia 29. Na trama escrita por Manoel Carlos, a personagem foi casada com Rafael (Claudio Marzo), de quem até hoje é muito amiga. Com ele teve seus dois filhos, Vidinha (Julia Almeida) e Diogo (Rodrigo Santoro). Como Vidinha tem um temperamento muito parecido com a da mãe, as brigas entre as duas são constantes. 

Sempre que necessário, Vidinha passa um tempo morando com o pai no hotel onde ele é gerente. Já Diogo é o "queridinho" da mamãe, trabalha na agência de turismo que fica no hotel e tem uma loja de motos em sociedade com o amigo Claudio (Erik Marmo). Irmã de Téo (Tony Ramos), Lorena também é diretora-geral da Escola Ribeiro Alves, a ERA. “Ela conhecia a alma de cada um dos alunos. Esse lado dela muito amoroso e inteligente de lidar com aquela juventude era muito interessante e de uma sabedoria muito grande”, avalia a intérprete do papel, Susana Vieira.

A atriz conta que traz, até hoje, muitas memórias deste trabalho, entre elas, as histórias das personagens femininas criadas pelo autor: “Cada personagem que o Manoel Carlos colocou nessa novela tinha uma questão a ser tratada, com coragem de mostrar o que nos abala e o que nos deixa inseguras”, observa Susana, que a seguir, conta mais detalhes da personagem com a qual diz se identificar. 


Este ano faz 20 anos da exibição original de "Mulheres Apaixonadas". Quais lembranças você guarda da experiência de viver a Lorena?
Susana Vieira - Tenho as melhores lembranças, porque foi uma novela do Manoel Carlos em que ele reuniu um grande número de personagens femininos. Nós ficamos em um grupo de amigas numa novela que abordou vários assuntos de relevância social e várias questões emocionais. Cada uma de nós levou um recado do Manoel Carlos ao público brasileiro - algo que ele fazia como ninguém. Ele aborda, desde aquela época, a questão da separação, o problema do alcoolismo, a violência contra as mulheres, a forma como a juventude trata os seus avós... É muito interessante. Guardo cada uma das minhas amigas e colegas de trabalho, que tinham todas uma função na novela. Cada personagem que o Manoel Carlos colocou nessa novela tinha uma questão a ser tratada, com coragem de mostrar o que nos abala e o que nos deixa inseguras. 
 

Na sua opinião, o que há de particular nessa personagem em comparação às outras que já interpretou?
Susana Vieira Manoel Carlos abrange várias situações da sociedade carioca daquela época, mas uma coisa particular do meu personagem é que ela gosta de um rapaz 20 anos mais novo que ela. Havia toda uma especulação e todo um preconceito. Havia também a traição do rapaz com a própria nora dela, a falta de respeito dele com ela. Na verdade, o Manoel Carlos estava expondo uma coisa que eu, na vida real, já estava vivendo há muito tempo. Eu estava vivendo com uma pessoa 24 anos mais nova do que eu já fazia uns dez anos, então, para mim não era novidade nenhuma, mas para o público, sim. 

Lembra da repercussão dessa trama junto ao público? Na sua visão, o que mudou daquele período para hoje em relação ao assunto?
Susana Vieira Quando começa a novela, ela já está separada do marido, com quem ela se dá muito bem e conversa sobre tudo, sobre os filhos. E de repente ela se vê apaixonada por um homem muito bonito, muito mais jovem do que ela, que trabalha no sítio dela. Eu não me lembro exatamente da repercussão do público, porque naquela época eu já vivia uma situação como aquela na minha vida e não via grandes problemas, não. Isso nunca me afetou nem afetou a minha relação pessoal, que foi a mais longa que eu tive na minha vida. Eu acho que essas coisas continuam sendo um tabu, continuam em pauta, sim. As pessoas sempre têm uma piadinha, porque quando a mulher é nova e o homem mais velho, dizem que é por causa do dinheiro. E, quando ocorre o contrário, na cabeça das pessoas, é sempre um jovem que quer se dar bem, não quer trabalhar, quer viver às custas da mulher e, consequentemente, vai traí-la com gente mais nova. Mas eu acho que tudo o que diz respeito à vida dos outros estimula muito a fofoca, infelizmente é uma coisa natural no ser humano o querer saber da vida do outro.


Você se identifica com a Lorena de alguma forma?
Susana Vieira Eu me identifico, porque ela era uma pessoa que procurava juntar todo mundo, agregar as pessoas, explicar tudo através da conversa. Ela era muito compreensiva, gostava de falar sobre tudo, não se esquivava de assunto nenhum. Havia a questão da homossexualidade, porque uma aluna do colégio era apaixonada por outra - mais um aspecto que o Manoel Carlos abordou nessa novela - e ela sempre teve um olhar muito complacente com todas. Ela era diretora de uma escola, então conhecia a alma de cada um dos alunos. Esse lado dela muito amoroso e inteligente de lidar com aquela juventude era muito interessante e de uma grande sabedoria.


Lorena e Téo eram irmãos na novela. Como é reencontrar o Tony Ramos agora em "Terra e Paixão"?
Susana Vieira O Tony Ramos é a pessoa com quem eu mais gosto de contracenar dentro de toda essa plêiade de atores fantásticos que nós temos e com quem já trabalhei na vida. Eu já trabalhei com Paulo Autran e com Sergio Britto no teatro, com José Wilker, Otávio Augusto... Meu Deus, tive tanta gente boa! Mas acontece que, com o Tony, eu não sei se é porque a gente veio do mesmo lugar. Somos paulistas, viemos no mesmo bonde, de São Paulo para trabalhar na TV Globo, em 1970. Viemos no meio de um grupo de dez atores. O Tony me encanta. Eu fico olhando para ele e ele me emociona. Contraceno muito bem com ele, porque ele se doa muito e eu ouço o que ele fala. A maioria dos atores tem que aprender que, quando você ouve o outro, você responde. A maneira mais fácil de saber o texto é ouvir o que o seu companheiro está falando. Enfim, na novela, eu ficava profundamente emocionada. Ele era meu irmão, nós tínhamos uma relação maravilhosa. Eu, na vida real, tenho uma relação de amor com o meu irmão, que é músico, compositor e maestro em São Paulo. Era uma relação muito boa. Eu já tinha reencontrado o Tony em outra novela ("A Regra do Jogo") em que eu era a dona do morro e ele, meu namorado. Também o reencontrei em uma novela do Silvio de Abreu em que eu era a dona de uma pizzaria ("A Próxima Vítima"). Então, ele tem sido meu companheiro em vários trabalhos. É sempre com muito prazer, muita tranquilidade e orgulho que eu contraceno com um dos maiores atores brasileiros, que é o Tony Ramos. Maior alegria é fazer cena com ele. É uma pena que nós só tivemos quatro cenas juntos em "Terra e Paixão".


Alguma cena foi mais marcante nesse trabalho para você?
Susana Vieira Manoel Carlos fez com que o meu namorado na trama, o Expedito (Rafael Calomeni), me traísse com a minha nora, a personagem da Paloma Duarte. Mas aquilo magoou profundamente a Lorena. Ela nunca achou que isso seria por conta da idade, porque sempre se achou jovem, bonita e exuberante. E eu falei com o Maneco que ele poderia fazer um final feliz para essa história, porque, às vezes, o que acontece é isso: namorados mais jovens acabam traindo, arrumando outra mulher mais jovem, nunca da sua idade. E aí eu pedi para ele não me tirar o namorado, porque eu estava chateada da personagem ficar sozinha. A Lorena começou e iria terminar a novela sozinha, porque havia o preconceito ou porque era ‘natural’ entender que aquele homem tinha que ter uma mulher mais jovem. E ele falou: ‘Não fique assim. Eu vou guardar uma surpresa para você’. E a surpresa ele deixou para o último capítulo, na hora da gravação. Era uma grande festa que estava sendo dada no colégio e, na nossa mesa, estava toda a família reunida. De repente chega um ator por trás de mim e pergunta se pode sentar naquela mesa, algo assim. E quando eu olho, esse ator é o Reynaldo Gianecchini. O Reynaldo havia sido lançado no ano anterior, na novela do Manoel Carlos; era o ator mais cobiçado. Então, ele era o crème de la crème que eu poderia imaginar. Então, a Lorena trocou o Expedido pelo personagem do Reynaldo Gianecchini. Eles começam namorar ali na festa, ou seja, mostrou para o público que ela conseguia, sim, despertar o desejo de outra pessoa. Eu fiquei super feliz. Foi tipo uma ‘bofetada com luva de pelica’ que o Manoel Carlos deu na novela, dizendo que tudo bem, aquele rapaz não ficou com ela, mas existiriam outras pessoas. E pelo jeito, o personagem do Reynaldo Gianecchini jamais faria nada que magoasse a Lorena, porque ele era um homem muito do bem.


De volta a partir do dia 29 de maio, no "Vale a Pena Ver de Novo", "Mulheres Apaixonadas" tem autoria de Manoel Carlos, com colaboração de Fausto Galvão, Vinícius Vianna e Maria Carolina. A novela tem direção de núcleo e geral de Ricardo Waddington e direção geral de José Luiz Vilamarim e Rogério Gomes, com direção de Ary Coslov e Marcelo Travesso.

domingo, 28 de maio de 2023

.: Entrevista: Gloria Pires comenta as maldades de Irene em "Terra e Paixão"


A vaidosa Irene é mais uma personagem marcante na galeria de Glória Pires. Foto: Globo/Paulo Belote

Em cenas da novela "Terra e Paixão", Irene (Gloria Pires) é chamada para uma conversa com Cândida (Susana Vieira) em seu quarto. A dona do bar da cidade é conhecida por deter os segredos de todos os moradores do local. Irene chega e sua presença atrai a atenção dos funcionários do bar, principalmente de Luana (Valéria Barcellos). Ciente do inusitado encontro, ela fica interessada em saber o conteúdo do papo entre as duas e presta atenção ao movimento.

Durante a conversa, Cândida alerta Irene sobre a tentativa de prejudicar Caio (Cauã Reymond), mais uma vez, na sucessão dos negócios de Antônio (Tony Ramos). Ela tem o rapaz como filho e se preocupa com o futuro que ele terá com a madrasta por perto. E para convencer a vilã a desistir das maldades recorrentes, ela ameaça revelar o segredo que guarda sobre o seu passado. 

Irene se apavora com a possibilidade de ter sua vida exposta e decide dar um fim à vida de Cândida na mesma hora. Mas Luana invade o local a tempo de evitar uma tragédia e as duas disfarçam, mesmo constrangidas com o iminente flagrante, sem contar o que acabara de acontecer. Esta é uma das cenas fortes que vem rendendo a Gloria Pires mais um grande papel na teledramaturgia brasileira. Em entrevista, ela comenta a personagem. Compre a biografia de Gloria Pires neste link.

Como você define a sua personagem?
Gloria Pires -
Irene é uma mulher ambiciosa, inteligente e que sabe conduzir as palavras para manipular aqueles que estão em sua volta. É uma personagem interessante, com nuances, que sabe enganar quem está em cena e quem está assistindo. E ela não medirá esforços para realizar os seus desejos.  


Em quem se inspirou para interpretá-la? Como se preparou?
Gloria Pires - 
Eu gosto muito de ler o texto e compreender o que o autor quer dizer com aquela personagem. A leitura e o entendimento do texto são o meu ponto de partida. Depois eu busco as inspirações, sejam livros, documentários, músicas e filmes. E tem a preparação com o elenco, que cria a dinâmica e sintonia. Essas etapas vão construindo a personagem e dando o tom do trabalho.


Com tantos anos de carreira, novos trabalhos ainda são desafiadores? O que Irene traz de novo para você?
Gloria Pires - 
Eu sempre aprendo algo com os meus trabalhos. Sempre. Acho que é por isso que eu sinto essa energia pulsante em mim. Gosto de trocar, de aprender com essa turma nova. Eu levei um tempo para fazer desse processo todo algo prazeroso, gostoso… sem ser tão crítica comigo, como já fui. Essa é uma personagem interessante e estou gostando muito desse trabalho. 
 

Quais são as principais questões que Irene vai enfrentar na trama?
Gloria Pires - 
Ah, mas aí eu vou dar spoiler (risos). Acho que a principal questão da Irene está ligada ao dinheiro e poder. E como fazer essas duas coisas ficarem sob o domínio dela. E ela vai costurando narrativas e situações para manter esse lugar. 
 

E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco?
Gloria Pires - 
É um elenco afinado e muito dedicado. Quando a gente encontra esse comprometimento, isso já ajuda muito no processo. Ao mesmo tempo, existe uma leveza, porque conheço muitas pessoas nos bastidores e em cena. Isso também deixa o trabalho mais especial. Eu me sinto feliz de estar junto com esse elenco. 
 

Comente sobre a relação de Irene com Antônio. E com Caio, Daniel e Petra?
Gloria Pires - 
É uma relação de tensão nessa família. Ela quer que seus filhos Daniel e Petra estejam ali no controle dos bens, nas terras da família. E o Caio é um entrave para ela. Com isso, ela fará de tudo para tirar ele do caminho e ter as coisas do jeito que ela quer. 
 

Quais foram seus últimos trabalhos, além de "Éramos Seis"?
Gloria Pires - 
Na TV, depois de "Éramos Seis"fiz uma participação muito afetiva como Nise da Silveira em "Além da Ilusão". No cinema, eu estreei há pouco o longa "Desapega", e filmei "Vovó Ninja", que ainda será lançado.
 

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Gloria Pires - 
O Luiz Henrique é um diretor que tem uma escuta muito boa, aceita toda colaboração que acrescente aos personagens, traz uma equipe afiada de trabalhos anteriores e essa sintonia está enriquecendo a trama tão surpreendente do Walcyr. Reencontrar com o Walcyr - estive com ele em "O Outro Lado do Paraíso" - está sendo muito estimulante. 


Criada e escrita por Walcyr Carrasco, a novela "Terra e Paixão" é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

.: Patricia Hill Collins, voz do feminismo negro, estará em A Feira do Livro

Socióloga estadunidense, uma das mais importantes vozes da intelectualidade contemporânea, vem ao Brasil em junho para participar da segunda edição de A Feira do Livro. Foto: Artur Renzo

A Feira do Livro , o mais novo festival literário brasileiro, anuncia a vinda de Patricia Hill Collins entre os autores internacionais confirmados para o evento, que acontece entre os dias 7 e 11 de junho na praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Autora de "Bem Mais que Ideias: a Interseccionalidade como Teoria Social Crítica" (Boitempo, 2022) e "Pensamento Feminista Negro"(Boitempo, 2019), Collins é considerada, ao lado de Angela Davis e Bell Hooks, uma das mais influentes pesquisadoras do feminismo negro nos Estados Unidos.

Filha única de uma família da classe trabalhadora, com mãe secretária e pai operário veterano de Guerra, teve formação escolar em instituições públicas, onde passou por momentos de silenciamento e invisibilização, temas que tornaram-se pilares de seu pensamento crítico. No Brasil, seus livros foram publicados pela editora Boitempo, casa editorial que apoia a vinda da autora para A Feira do Livro. 

Em "Pensamento Feminista Negro", traduzido por Jamille Pinheiro Dias, a autora desenvolve a sua teoria da interseccionalidade, que considera raça, classe, gênero e sexualidade como formas de opressão interligadas, que não podem ser compreendidas isoladamente e criam um sistema complexo que molda a vida de mulheres negras. 

Em "Bem Mais que Ideias: a Interseccionalidade como Teoria Social Crítica", com tradução de Bruna Barros e Jess Oliveira, a autora aborda problemas sociais contemporâneos, também pautada na interseccionalidade, e aponta as ferramentas necessárias para resolvê-los. 

Collins se formou em sociologia na Universidade de Brandeis em Waltham, Massachusetts, concluiu mestrado em ensino de educação em ciências sociais na Universidade de Harvard e fez doutorado em sociologia no Departamento de Estudos Afro-Americanos da Universidade de Cincinnati, onde construiu carreira e trabalhou por vinte e três anos. Em 2005, Collins ingressou no departamento de sociologia da Universidade de Maryland como professora emérita, trabalhando questões de raça, pensamento feminista e teoria social, e em 2009, foi a primeira mulher negra a presidir a Associação Americana de Sociologia.


Autores confirmados para A Feira do Livro 2023
Abdellah Taïa, Bela Gil, Conrado Corsalette, Fatima Daas, Itamar Vieira Jr., Jericho Brown, Juliana Borges, Patricia Hill Colllins, Richard Zenith, Samir Machado de Machado.


Quem faz A Feira do Livro
Associação Quatro Cinco Um é uma organização sem fins lucrativos dedicada a levar o livro para o centro do debate na sociedade brasileira. Seus principais projetos são a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, que tem edição impressa, digital, em podcasts e newsletters, a editora de livros Tinta-da-China Brasil, com foco em literatura e ensaio, e o festival literário A Feira do Livro, criado em parceria com a Maré Produções Artísticas no Pacaembu, em São Paulo.

Maré Produções é um escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais. Entre as suas realizações recentes está a exposição internacional Amazônia, de Sebastião Salgado. Compre os livros de Patricia Hill Collins neste link.


Serviço
A Feira do Livro. Data: de 7 a 11 de junho. Local: Praça Charles Miller - Pacaembu - São Paulo/SP. Entrada gratuita.

.: Neylano Segundo, o primeiro eliminado do décimo “MasterChef”


Jovem de 19 anos foi destaque negativo com Caixa Misteriosa do Céu e derrapou na prova eliminatória com hambúrguer. Na imagem, ele deixa o avental do "MasterChef Brasil" na bancada. Foto: Melissa Haidar/Band


Com a definição dos 18 participantes do "MasterChef Brasil", o jogo começou para valer, e Neylano Segundo foi o primeiro eliminado no episódio exibido da última terça-feira, dia 23. Após ser destaque negativo na prova das Caixas Misteriosas Céu e Inferno, o jovem de 19 anos se deu mal no desafio de eliminação com hambúrguer e deixou a competição. Mesmo saindo no começo da disputa, o manauara diz que só tem a agradecer pela experiência. 

“Se levar em consideração que você foi o primeiro a ser eliminado, você fica meio triste, porém, se parar para pensar, tantas pessoas boas passaram por você, tantas pessoas que queriam estar naquele momento”, disse Neylano em entrevista exclusiva ao Band.com.br. “Então o sentimento maior, na verdade, é de gratidão”

A derrocada de Neylano começou na primeira tarefa, em que escolheu a Caixa Misteriosa Céu com ingredientes variados. Em vez de apresentar algo criativo, o participante preparou uma receita clássica, o que desapontou os jurados Erick Jacquin, Helena Rizzo e Rodrigo Oliveira. “Era um prato ok, acho que essa foi a parte ruim”, ponderou sobre a entrega.  

Já na disputa eliminatória, os cozinheiros amadores tiveram que preparar um hambúrguer "MasterChef" para se salvarem. Neylano conta que sua maior dificuldade na dinâmica foi fazer o pão do lanche. “Quando eu tirei (o pão) do forno e vi que não estava tão bonito, eu já fiquei meio abalado”, desabafa o eliminado. Outras questões também abalaram o emocional do cozinheiro amador. “Para falar a verdade, no dia em si eu já não estava muito bem. Acordei sentindo muita falta da minha família”, revelou. “Não consegui estar alegre, não consegui mostrar o prato da maneira que eu queria e não consegui me identificar dentro da cozinha”

No discurso de eliminação, a decisão ficou entre Neylano e Dielen. Os dois criaram um forte laço e ficaram de mãos dadas durante a fala dos jurados. “Não queria estar dividindo aquele momento com ela, porque a gente construiu uma amizade dentro do programa, e fiquei muito triste por a gente estar passando por isso”, contou o eliminado emocionado.  

Apesar de subir ao mezanino, a participante Dielen Ferreira não conseguiu comemorar a vitória por conta da eliminação do colega. “Foi a mesma coisa de pegar meu coração e esmagar”, revelou a mineira. “Eu criei um afeto muito grande por ele, de proteção mesmo. Foi fácil não, foi muito dolorido e até agora eu não consigo sentir alegria”, disse a competidora também em entrevista ao Band.com.br. 

No momento da saída, Neylano foi chamado para abraçar os jurados e recebeu conselhos valiosos. Helena Rizzo orientou que o jovem estudante de nutrição não se arrependa da participação no "MasterChef Brasil". “A gente só aprende assim”, aconselhou a chef ao se referir aos erros dele no programa.  

De todas as orientações, a que mais marcou Neylano é a importância de seguir estudando. “Sou muito novo, então preciso de mais conhecimentos na vida e tudo mais”, pontuou o manauara. “Talvez estar mais calmo, mais confiante comigo mesmo, seria uma forma diferente de encarar todo o processo que eu passei”, finaliza. Compre os produtos "MasterChef" neste link.


Neylano Segundo
19 anos / Estudante / Manaus (AM)
O jovem manauara, radicado no Ceará desde criança, carrega na sua culinária o dom da confeitaria, herdado da sua família. No entanto, Neylano garante que seu conhecimento da comida quente é tão forte quanto a dos doces. Para ele, a sua pouca idade é o seu diferencial, pois tem energia de sobra para desafiar a si mesmo e a todos em sua volta. Estudioso e criterioso, o estudante de nutrição viveu seu sonho de infância de entrar no "MasterChef Brasil" e promete encarar todos os desafios com bom humor e muito tempero para levar o sonhado troféu para casa. 

Criado por Franc Roddam, o formato "MasterChef" é representado internacionalmente pela Banijay. Apresentado por Ana Paula Padrão e tendo como jurados Helena RizzoRodrigo Oliveira e Erick Jacquin, o programa é uma produção da Endemol Shine Brasil para a Band e para o Discovery Home & Health. O talent show vai ao ar toda terça-feira, às 22h30, na tela da Band, com transmissão simultânea no Band.com.br e no aplicativo Bandplay. A atração é exibida toda sexta-feira, às 19h, no canal Discovery Home & Health e nos streamings discovery+ e HBO Max. O público ainda pode acompanhar os episódios pelo canal oficial no YouTube.

.: Cinema: a grandiosa estreia mundial de "Elementos" no Festival de Cannes


No último sábado, dia 27 de maio, “Elementos”, da Disney e Pixar, teve sua estreia mundial e encerrou o 76º Festival Internacional de Cinema de Cannes, contando com a presença dos atores que emprestaram as vozes para a animação e dos cineastas no icônico tapete vermelho, para celebrar o mais novo longa-metragem dos estúdios, que chega aos cinemas nacionais em 22 de junho. 

Os cineastas Peter Sohn (diretor), Denise Ream (produtora) e Pete Docter (produtor executivo e CCO da Pixar) estiveram no evento ao lado dos talentos vocais do original em inglês Leah Lewis (Faísca) e Mamoudou Athie (Gota), além dos dubladores da versão em francês, Adèle Exarchopoulos (Faísca) e Vincent Lacoste (Gota) - as imagens e vídeos já estão disponíveis para serem compartilhadas.

“Elementos” é a nova animação original, da Disney e Pixar, ambientada na Cidade Elementos, onde os habitantes do fogo, água, terra e ar vivem em harmonia. A história apresenta Faísca, uma jovem impetuosa, cuja amizade com Gota, um garoto sentimental, divertido e que segue o fluxo das coisas, desafia suas crenças sobre o mundo no qual vivem. Dirigido por Peter Sohn, com produção de Denise Ream e produção executiva de Pete Docter, “Elementos” tem roteiro de John Hoberg & Kat Likkel e Brenda Hsueh com história de Sohn, Hoberg & Likkel e Hsueh. A trilha musical original do filme foi composta e conduzida por Thomas Newman. Compre os produtos de "Elementos" neste link.

Desde agosto de 2021, o Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas e assiste todas as estreias na no cinema de Santos, localizado no Shopping Miramar, no Gonzaga, tradicional bairro santista. Consulta de programação e compra de ingressos neste linkTambém é parceiro da MUBI desde abril de 2023. Assine a MUBI e fique por dentro das novidades do cinema neste link.

.: Baião de dois é o próximo desafio do “MasterChef Brasil”


Na prova de eliminação, uma tradicional receita francesa ganha uma versão desafiadora. Rodrigo Oliveira mostra diversas maneiras de se preparar a receita. Crédito: Melissa Haidar/Band


Na próxima terça-feira, dia 30 de junho, às 22h30, os competidores do "MasterChef Brasil" vão cozinhar com dois alimentos bem comuns da culinária brasileira: arroz e feijão. Rodrigo Oliveira, um dos maiores representantes e grande estudioso da gastronomia do nordeste brasileiro, mostra diversas maneiras de se preparar o famoso baião de dois, combinação perfeita entre os dois ingredientes que ainda leva várias iguarias típicas da região.

Os participantes ficam encantados com a aula do chef, que dá dicas e caminhos para a reprodução perfeita desse prato brasileiro tão icônico. Os cozinheiros terão que apresentar uma versão autoral da receita, que leve a personalidade de cada um deles, e conquiste o paladar dos jurados. Aqueles que souberem valorizar os ingredientes e entregarem um baião de dois cheio de sabor escapam da prova de eliminação. Mas eles ainda poderão se salvar em um teste de pressão. Em um tempo apertado, eles têm que demonstrar muita técnica e precisão ao dividir um grande pedaço de bife ancho em três volumosos pedaços e entregá-los em três pontos perfeitos: malpassado, no ponto perfeito e bem passado.  

No derradeiro desafio, os competidores se deparam com um grande pesadelo: a confeitaria. Helena RizzoRodrigo Oliveira e Erick Jacquin explicam que todo cozinheiro deve saber preparar um crepe perfeito, receita que está presente no mundo todo e encanta as pessoas com seus diversos sabores. Mas como no "MasterChef Brasil" nada é simples, eles deverão apresentar um bolo feito de crepe. Eles ainda devem pensar em um recheio delicioso que encante os jurados e sustente o bolo, além de uma cobertura e uma bela decoração. 

Criado por Franc Roddam, o formato "MasterChef" é representado internacionalmente pela Banijay. O programa é uma produção da Endemol Shine Brasil para a Band e para o Discovery Home & Health. O talent show vai ao ar toda terça-feira, às 22h30, na tela da Band, com transmissão simultânea no Band.com.br e no aplicativo Bandplay. A atração é exibida toda sexta-feira, às 19h, no canal Discovery Home & Health e nos streamings discovery+ e HBO Max. O público ainda pode acompanhar os episódios pelo canal oficial no YouTube.

sábado, 27 de maio de 2023

.: "Desculpa se Não Fico Linda Quando Choro" mistura assuntos relevantes


Lançado pelo selo Outro Planeta, o livro young adult "Desculpa se Não Fico Linda Quando Choro" promete cativar os jovens ao mesclar assuntos relevantes da sociedade com uma cativante história de primeiro amor.

No livro de estreia, Joya Goffney apresenta Quinn Jackson, uma jovem que, ao perder o diário que registrava os pensamentos mais íntimos, tem os segredos expostos em uma rede social e, para recuperá-lo, precisará enfrentar todos os medos que a assustam. A leitura é indicada para fãs de Nicola Yoon, Jenny Han e Angie Thomas. A tradução é de Karine Ribeiro

Na obra, Quinn escreve, em forma de lista, todos aqueles pensamentos que não podem ser ditos em voz alta: desde coisas que ela nunca admitiria até o nome de vários garotos que beijaria. Porém, quando o diário desaparece e uma das listas é exposta em uma conta no Instagram, a exigência do sequestrador de diário é que ela encare os seus medos. Com a ajuda de Carter Bennett, um dos integrantes da lista “se eu pudesse beijar qualquer um”, ambos vão em busca do diário e de compreenderem quem realmente são.

Apesar do romance, a trama não se resume a isso. Com protagonistas negros, a obra expõe como o racismo está enraizado na sociedade. Em um dos trechos, o pai de Quinn, um renomado médico-cirurgião negro, tem uma atitude racista com Carter ao conhecê-lo. A cena causa um efeito forte em Quinn que passa a refletir sobre a questão. “Você fez um rapaz negro se sentir em perigo dentro da nossa casa. Minha pele é tão retinta quanto a dele, então não posso ter certeza do que você pensa de mim. Sou uma criminosa também?”

Desculpa se eu não fico linda quando choro aborda assuntos complexos pela visão de uma adolescente negra que ainda está descobrindo o mundo e a si mesma. Enquanto lida com os dramas adolescentes, Quinn precisa enfrentar o eminente divórcio dos pais, o racismo velado dos colegas de classe e a pressão social para entrar na faculdade. Este livro convida o leitor a se deliciar com um romance juvenil comovente e a refletir sobre os preconceitos da sociedade. Compre o livro "Desculpa se Não Fico Linda Quando Choro" neste link.


Sobre a autora 

Joya Goffney cresceu em New Waverly, uma cidade pequena no Texas. No ensino médio, ela se comprometeu a cumprir uma lista cheia de itens arriscados como “abraçar um garoto aleatório” e “comer um grilo”. Garanta o seu exemplar de "Desculpa se Não Fico Linda Quando Choro" neste link.

.: Livro recria o lado mais humano de Frida Kahlo e resgata tradições


Jornalista e autora best-seller argentina, Florencia Etcheves estreia no Brasil com a obra "A Cozinheira de Frida", lançada pela editora Planeta. Na trama, Paloma Cruz embarca em uma aventura para descobrir quem é o autor de um desconhecido quadro que encontra e que retrata a própria avó. O que intriga é que a obra de arte condiz com a época em que a anciã trabalhava como cozinheira de Frida Kahlo. O livro teve seus direitos vendidos e será adaptado para um filme. A tradução é de Marianna Muzzi.

 

"A Cozinheira de Frida" é um romance histórico sobre amizade e destino. Quando o caminho de Frida Kahlo e Nayeli Cruz se cruzam, ambas estavam em momentos difíceis da vida: Frida estava isolada por causa do terrível acidente que a deixou paraplégica e Nayeli, uma jovem tehauna, tinha acabado de fugir da casa dos pais e buscava formas de sobreviver na cidade do México. 


Por obra do destino, a jovem se torna cozinheira na famosa Casa Azul e desenvolve uma amizade para além das barreiras sociais, com a pintora mexicana mais famosa de todos os tempos. Em Buenos Aires, anos depois, a neta de Nayeli encontra um quadro antigo e misterioso em que a avó é a protagonista e o autor é desconhecido. Intrigada com aquela pintura enigmática e curiosa pela história da avó, Paloma Cruz embarca em uma viagem para a cidade do México em busca de respostas.

 

Nesta obra, a autora mergulha nas tradições tehuanas e na fascinante cultura do Dia dos Mortos, além de mostrar as dores e as paixões que acompanham uma revolução e os personagens que nela permeiam. Esta é uma poderosa história de intriga, amizade e, principalmente, sobre o destino de duas mulheres, cujo coração é Frida Kahlo. Compre o livro "A Cozinheira de Frida" neste link.

.: "Damas de Pedra", de Lloyd Devereux Richards: fenômeno chega ao Brasil


No início de 2023, "Damas de Pedra" virou notícia no mundo inteiro depois que o vídeo da filha do autor viralizou no TikTok. Ela esperava despertar algum interesse, mas o post sobre o livro de Lloyd Devereux Richards superou as expectativas ao atingir mais de 40 milhões de visualizações. 

Escrita durante as horas vagas de Richards por 14 anos e lançada originalmente em 2012, a obra levou poucos dias para se tornar um best-seller, 11 anos depois do lançamento. Após conquistar os fãs de thrillers policiais e alcançar o topo da lista de livros mais vendidos da Amazon, "Damas de Pedra" chega às livrarias em maio pela Intrínseca. O livro chega ao Brasil com tradução assinada por Carolina Candido, Gabriela Araújo, Laura Pohl, Mariana Moura, Sofia Soter.

Como antropóloga forense do FBI em Chicago, Christine Prusik já viu de tudo na vida. No entanto, apesar dos vários casos bizarros na carreira, ela agora se defronta com um que supera todos: um serial killer está estrangulando jovens mulheres e descartando seus corpos em ribanceiras do sul do estado americano de Indiana. Em cada cadáver, ele deixa uma assinatura: uma estatueta de pedra enfiada no fundo da garganta das vítimas.

A polícia nunca tinha visto nada parecido - mas para Prusik, esse expediente traz ecos do seu passado. Estatuetas parecidas com essas eram usadas como amuletos espirituais por grupos nativos da Papua-Nova Guiné - os mesmos grupos com os quais a agente trabalhou há uma década durante uma pesquisa de campo.

Aquela semelhança é tão misteriosa quanto assustadora: Prusik ainda carrega traumas do tempo em que passou naquele trabalho de campo. Ela escapou por pouco com vida - e com uma cicatriz assustadora que seria o lugar de seu próprio talismã mortal feito de pedra.

Será que tudo não passará de uma coincidência macabra? Conforme detalhes sinistros continuam vindo à tona, Prusik precisa descobrir se essa conexão entre passado e presente é verdadeira e se seus maiores pesadelos tomaram forma para assombrá-la na vida real. Garanta o seu exemplar de "Damas de Pedra" neste link.


Sobre o autor 

Lloyd Devereux Richards nasceu na cidade de Nova York e viajou por inúmeros lugares na Europa, na África e na América Central antes de entrar na faculdade de direito. Trabalhou como escriturário sênior de um juiz na Corte de Apelações do estado de Indiana, pesquisando e escrevendo rascunhos para dezenas de pareceres, incluindo o recurso de um serial killer condenado à morte. Pai de três filhos, mora com a esposa e dois cachorros em Montpelier, Vermont. Damas de pedra é seu primeiro livro. Compre o livro "Damas de Pedra" neste link.

 

.: A outra autobiografia de Rita Lee gira em torno da luta contra o câncer


Foi lançada pela editora Globo a mais nova autobiografia da cantora Rita Lee. O livro "Rita Lee: Outra Autobiografia" já está disponível para o público e relata os bastidores do tratamento do câncer de pulmão. A data em que foi lançada, 22 de maio, atende ao pedido da própria autora, que havia escolhido o Dia da Santa Rita de Cássia para o lançamento.

Desde o início de 2023, a cantora sentia-se debilitada e chegou a ser internada no final de fevereiro. Na noite do dia 8 de maio, aos 75 anos, Rita Lee morreu em casa, na capital paulista, ao lado de sua família, deixando o país de luto.

Sem dúvidas, Rita Lee foi uma figura notável da música brasileira, cuja carreira multifacetada contemplou diversos campos artísticos. Cantora, compositora, multi-instrumentista, apresentadora, atriz, escritora e ativista defensora dos direitos das mulheres, ela deixou legado indelével no cenário cultural do país e, certamente, sua influência continuará inspirando muitas gerações.

No livro, ela conta como a vacina de Covid a fez descobrir a doença e os desafios enfrentados em seus últimos anos de vida. As revelações feitas na obra prometem tocar o coração de fãs e admiradores, que encontrarão um testemunho poderoso de resiliência, superação e esperança. É uma leitura cativante que permite ao leitor conhecer mais profundamente essa artista singular e suas experiências marcantes.

A obra intitulada "Rita Lee: Outra Autobiografia" já está disponível e proporciona a oportunidade de mergulhar nas memórias fascinantes e histórias inspiradoras de uma das artistas mais influentes do país. Compre o livro "Rita Lee: Outra Autobiografia" neste link.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

.: Crônica: "A Pequena Sereia" live action da Disney é emocionante

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em maio de 2023



Quem era criança em 1989 foi marcado, independente de gênero, pela animação da Disney, "A Pequena Sereia". Ao longo dos anos, produções paralelas tentaram recontar a história de Ariel no formato live action. Eis que a própria Disney, em 25 de maio de 2023, com seu colorido e encanto trouxe para as salas de cinema o filme de 2h 15m da sereia que deseja se tornar humana.

E não é que apesar da chuva de críticas do público, muito antes de o filme ser lançado, foi totalmente jogada por terra? O longa que resgata cenas marcantes e as canções inesquecíveis, bagunça com a memória afetiva -da melhor e mais linda maneira- daqueles que cresceram revendo o VHS da animação da sereiazinha ruiva. 

O novo filme Disney inclui novas músicas e faz uma releitura sem muitas mudanças -somente alguns detalhes- para as clássicas canções: "Aqui no Mar", "Parte do Seu Mundo" e "Beije a Moça". E a adaptação visual das sequências musicais são de encher os olhos, não somente pela beleza e colorido, mas por também emocionar causando arrepios e, claro, lágrimas de alegria de poder rever tal produção tão caprichada.

Aos mais velhos, relembrar a animação com a fabulosa dublagem brasileira a cada cena é fatal. Contudo, o novo filme consegue imprimir a própria cara para algo que muitos conhecem de cor e salteado. 

"A Pequena Sereia" com Halle Bailey é simplesmente lindo, sem deixar de fora, inclusive, os encantos da vilã Ursula. Sim! Eu amo a Ursula da animação e sua "Pobres Corações Infelizes" por conta da voz de Zezé Motta, quem depois tive o prazer de conhecer e ainda receber um elogio. 

No filme está ainda Noma Dumezweni (Bem-vindos à Vizinhança) como mãe do príncipe Eric (Jonah Hauer-King), a rainha Selina. Assim como Javier Bardem interpretando o pai ciumento, o Rei Tritão. Se irei rever no Cineflix Cinemas?! Sim. Muitas vezes com o meu cartão VIP que permite assistir quantas vezes os filmes em cartaz. Simplesmente perfeito!!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


A Pequena Sereia (The Little Mermaid)Ingressos on-line neste link.





.: Entrevista: Igor Bueno traz o recanto dos mil sonhos para o palco


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O cantor e compositor Igor Bueno vive um momento especial da carreira, ao desenvolver o projeto da turnê "Recanto dos Mil Sonhos", no qual interpreta composições autorais acompanhado por músicos talentosos. O show já passou por São Bernardo do Campo e tem agenda para Ubatuba no dia 27. Artista multifacetado, Bueno é compositor, multi-instrumentista, intérprete, poeta e educador musical.

Possui licenciatura em Música pela Unesp e experiência em teatro. Integra o Grupo Cupuaçu, cujo trabalho é reconhecido pela riqueza e a diversidade da cultura popular afro-brasileira, em especial a maranhense. Em 2022, lançou suas primeiras canções nas plataformas de música e já figura no panorama emergente de artistas da nova MPB. Em entrevista para o Resenhando.com, ele conta como foi o seu início na música e comenta as possibilidades para o futuro na música. “O acesso à cultura é algo fundamental para nossa sociedade”.


Resenhando.com - Como foi seu início na música?
Igor Bueno -
Minhas lembranças vêm desde os 10 anos, quando passei a ter os primeiros contatos com a música. Comecei aprendendo a tocar flauta doce e a partir daí fui descobrindo os demais instrumentos. Ouvia de tudo um pouco. Samba, rock, forró, música tradicional folclórica e vários outros estilos. A minha música é o resultado de todas as influências que tive ao longo dos anos.

Resenhando.com - Algumas de suas composições lembram as canções que ouvíamos nos antigos festivais. Existe esse paralelo?
Igor Bueno - 
Ocorre que nessa época dos festivais havia muita música com influência de raízes culturais muito fortes. Quem não se lembra de Disparada, por exemplo, do Geraldo Vandré e Theo de Barros? Há uma relação porque também tenho uma influência forte da nossa música regional. Mas considero meu estilo bem eclético, abrangendo várias áreas e segmentos.

Resenhando.com - O teatro parece ter sido determinante nessa sua formação.
Igor Bueno - 
Não só o teatro como também a literatura. Ler bastante me permitiu abrir horizontes como compositor. Sou grato aos professores de Língua Portuguesa, que me incentivaram a ler os chamados livros clássicos de autores,como Machado de Assis e poetas como Carlos Drummond de Andrade.

Resenhando.com - Como foi que surgiu a ideia do "Recanto dos Mil Sonhos"?
Igor Bueno - 
Eu vinha compondo canções há uns dez anos, aproximadamente. Então já tinha um repertório autoral que poderia ser mostrado ao vivo. Tive e tenho o auxílio de músicos talentosos, que ainda por cima são pessoas amigas, com as quais tenho muita empatia. Aí foi só definir um repertório linear, que ajudasse a contar um pouco de minha história como músico.


Resenhando.com - Você acredita que há espaço para a MPB na mídia?
Igor Bueno - 
A nossa autêntica música popular sempre terá seu espaço. Há público para todos os estilos musicais. Eu acredito que a cultura, ou melhor, o acesso da população a ela, seja algo fundamental para a nossa sociedade.

Resenhando.com - E como estão os planos para a turnê?
Igor Bueno - 
Iniciamos a turnê por São Bernardo do Campo e temos uma apresentação agendada para o dia 27 de maio em Ubatuba. Em breve definiremos outros locais para junho e julho. Nesse projeto eu me apresento acompanhado por Debora Predella (violino), Gabriel Moreira (flauta transversal, clarinete e sax), Lua Bernardo (baixo elétrico), Ná Magalhães (percussão), Renato Ihu (percussão) e Rodrigo Zanettini (piano e sanfona). Assino a direção musical e os arranjos, junto com o Zanettini.

Serviço
Turnê: "Recanto dos Mil Sonhos". Ubatuba / SP. Data: 27 de maio - Sábado, às 20h. Local: Fundação Projeto Tamar. Rua Antônio Atanázio, 273 - Jardim Paula Nobre. Telefone: (12) 3832-6202 | (12) 3832-7014. Gratuito. Duração: 60 minutos. Livre.

"Corpo Errante"

"Seus Cabelos"

"Mariposas"

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