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domingo, 26 de fevereiro de 2023

.: Crítica: "A Baleia" é detestado porque críticos de cinema odeiam teatro


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Como restabelecer um vínculo com quem você abandonou quando se está nas últimas? Esse é um dos questionamentos de "A Baleia" ("The Whale"), em cartaz na rede Cineflix. Há diversas constatações quando se assiste ao filme. Uma delas é: as pessoas fazem coisas horríveis quando estão apaixonadas. O drama dificilmente será superado como o filme do ano - e não é possível entender as críticas que vem recebendo, já que o longa-metragem, baseado na peça teatral homônima de Samuel D. Hunter, é teatro puro em formato de filme bom.

A crítica especializada torceu o nariz, pois queria menos teatro e mais cinema - mesmo em uma história que se passa na casa do personagem. Ao que tudo indica, quem escreve sobre o assunto, embora finja o contrário para parecer culto, não suporta ir ao teatro - por isso a ojeriza ao filme e uma série de bobajadas relacionadas à acusação de gordofobia na obra. Parece que os especialistas que escrevem sobre o assunto apenas leem uns aos outros e, para parecer de fato que são "críticos" de alguma coisa, ficam buscando "pelo em ovo" e se repetindo a ponto de não terem um pingo de personalidade - gostar de algo que está sendo criticado por um veículo de grande popularidade é proibitivo para esse tipo de gente. O resultado é uma coleção de críticas pasteurizadas que parecem ter sido escritas pela mesma pessoa.

O único consenso positivo, de acordo com eles, é a atuação de Brendan Fraser como o protagonista. Eles no entanto se esquecem que o ator está rodeado de bons parceiros de cena - a filha, principalmente (Sadie Sink, a Max de "Stranger Things"), a amiga (Hong Chau), o rapaz que o visita esporadicamente (Ty Simpkins), a ex-mulher (Samantha Morton) e até o entregador de pizzas (Sathya Sridharan) em uma participação pequeniníssima, mas desoladora. Ninguém nesse filme está a passeio. 

Brendan Fraser, no entanto, alcança o sublime de seu lado artístico ao interpretar um professor de literatura que abandonou a filha de oito anos e a mulher para viver com o amante - um ex-aluno. Só essa informação faz desse personagem um monstro, mas é ao contrário: com 270 quilos, ele é um homem apaixonante, com um olhar de coitado que parecem pedaços de mar e alguém que sempre pede desculpas a todos os que o rodeiam. À primeira vista, execráveis são as abandonadas que, na verdade, também não são tão desprezíveis assim. Todos têm um contexto e uma motivação para fazerem o que fazem - mesmo quando as atitudes, motivadas por vingança, não se justificam.

"A Baleia" faz pensar o abandono de outras pessoas e de si próprio. O espectador presencia o momento crucial de quando alguém paga pelas escolhas feitas no passado e conscientemente quer se matar sem tomar uma decisão extrema. Porque, em algum momento da vida, inevitavelmente, as pessoas abandonam aqueles que amam para se arrepender depois. Por que todos continuam sendo tão burros e repetitivos? Por que resolvem voltar, e por que isso sempre acontece? 

Conscientemente, a comida é a arma letal do personagem. É agoniante ver, diante das telas, alguém com obesidade mórbida devorar tantas gostosuras calóricas, mesmo tendo a certeza de que vai fazer mal - a vontade é invadir o filme e obrigá-lo a ir ao hospital. Ele se recusa porque quer deixar uma herança a quem não merece - um exemplo do que a culpa faz com as pessoas: torna-as idiotas.

O alimento é o vilão e o alívio do protagonista em um filme tenso que se passa entre quatro paredes e outros cômodos de uma casa. Chove do lado de fora quase sempre. A chuva é o estado de espírito de todos. Quando o personagem se frustra, é na alimentação que encontra algum tipo de consolo. Ele é a personificação da baleia "Moby Dick", citada durante todo o longa-metragem. É um trocadilho péssimo com a forma física de alguém que precisa de ajuda, mas é mais do que isso.

Quanto mais ele come, mais se afoga. A filha, por sua vez, é um mar de mágoas e a metáfora de um peixe fora d'água. No final das contas, é uma aula sobre como escrever bem e de como se utiliza a técnica, mesmo quando se atravessa turbulências, para concluir trabalhos e linhas de raciocínio. "Use a verdade, na vida e no que você está expressando", ecoa o filme para depois do fim. Quando o sol aparece é pela redenção de um pai diante da filha. A morte é o renascimento para ambos. Eles representam um final feliz que não vai acontecer, mas que é o único possível.


Resenhando no Cineflix
Os críticos de cinema do portal Resenhando.com assistem as estreias dos filmes no 
Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses dos filmes para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.


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sábado, 25 de fevereiro de 2023

.: Crítica: "A Baleia" fisga do início ao fim e Fraser tem tudo para levar Oscar


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2023


"A Baleia", em cartaz no Cineflix Cinemas, é o tipo de filme que deixa vidrado desde os primeiros minutos e, com a maestria de um texto impecável, adaptado da peça de 2012 que leva o mesmo nome, escrita por Samuel D. Hunter, mantém a curiosidade do público até o desfecho do drama vivido pelo professor Charlie (Brendan Fraser, "A Múmia" e "Viagem ao Centro da Terra") que sofre de obesidade mórbida. Com dificuldades sérias de locomoção, sozinho, vive preso em casa e agarrado a uma história do passado. 

Relutante, sendo supervisionado pela amiga e enfermeira Liz (Hong Chau), Charlie não vai ao hospital. No entanto, a visita do jovem missionário Thomas (Ty Simpkins, de "Sobrenatural" e "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros") traz um alerta grave: o professor das aulas online -com a câmera do computador fechada- está perto de falecer. Enquanto que Thomas tenta converter Charlie pela religião, surge Ellie (Sadie Sink, de "Stranger Things" e trilogia de filmes "Rua do Medo"), a filha rebelde, com desvios de personalidade, por ter sido abandonada pelo pai, com a mãe, aos oito anos de idade.

Toda a trama do longa dirigido por Darren Aronofsky ("Cisne Negro" e "Enfermeiro da Noite") acontece na casa de Charlie, o que em nenhum momento entedia, uma vez que a história vai crescendo a cada nova informação que ajuda a entender o que contribuiu para que o professor chegasse aquele estado, obeso e sem ninguém, além de revelar o real desejo do professor. Contudo, ele alimenta uma expectativa em relação à filha ao concluir que não deixará nada de bom ao partir.

No desespero de criar um laço com a moça -ainda que estejam ligados por um texto sobre o livro "Moby Dick", de Herman Melville-, Charlie apela e oferta seu serviço gratuitamente para a escrita de redações e também um pagamento generoso, o que desagrada Liz, quem faz das tripas coração para dar um suporte a ele. Em meio a cutucadas sobre a soberba de convertidos, novas versões da história de Charlie são apresentadas, incluindo a da ex-mulher, e a emoção é provocada. Como segurar as lágrimas?

A atuação de Fraser é espetacular, o que joga o Oscar 2023 de Melhor Ator exatamente no colo dele. Entretanto,  a devolutiva de Sadie Sink em cena, como a garota problemática e com certas doses de crueldade, é de tirar o chapéu. Assim, a dobradinha de Brendan Fraser com Hong Chau, Ty Simpkins e Samantha Morton também são respeitáveis.

Em formato de tela quase quadrada, igual aos filmes antigos quando não existia tela widescreen, o desfecho do drama arrepiante de "A Baleia" chega a remeter ao tocante e também impecável "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas", de Tim Burton, adaptado do livro de "Peixe Grande - Uma Fábula de Amor Entre Pai e Filho", escrito por Daniel Wallace"A Baleia" é um filmaço imperdível, a ponto de ser considerado o melhor pela Redação do Resenhando.com, entre as produções exibidas nos cinemas em 2023 até o momento. 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "A Baleia" (The Whale)
Gênero: drama
Classificação: l6 anos
Ano de produção: 2022
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Samuel D. Hunter
Duração: 1h 57m
Elenco: Brendan Fraser, Sadie Sink, Samantha Morton, Ty Simpkins
Estreia: 23 de fevereiro de 2023

Trailer




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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

.: Gramado: Parque Mini Mundo é entretenimento para toda a família

"Mini Mundo" é um parque cheio de atrações para todas as idades. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2023


A protagonista de "Alice no País das Maravilhas" toma chá na varanda da casa de alguém, quando a turma de "Stranger Things" testemunha Max levitando em Hawkins ou ainda Jack e Rose de "Titanic" estão na proa de um navio na pose eternizada no clássico filme de James Cameron que completou 25 anos. Essas são somente algumas das cenas que podem ser encontradas pelos visitantes no Parque Mini Mundo, em Gramado.

Personagens do seriado "Stranger Things". Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

O vasto local habitado por moradores com o tamanho 24 vezes menor que o real, somando 3.268 mini personagens, é extremamente instigante para quem tem veia de detetive e gosta de enigmas inusitados. Não somente por, de repente, se deparar com "The Beatles" atravessando a rua, o "Homem-Aranha" atuando em três versões, a rainha Elizabeth com seus Corgis no Jardim Botânico de Curitiba e "Dumbledore" com a Fênix esperando por "Harry Potter", mas por ainda descobrir que está acontecendo um incêndio na pensão da Dona Aparecida Boló deixando para os bombeiros a responsabilidade de salvar o total de vinte gatinhos de estimação. São muitas e muitas situações criadas para construções detalhadas ao extremo.

O multiverso reúne três "Homem-Aranha" para o público do "Mini Mundo"Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

O parque brasileiro que enche os olhos dos visitantes, convida a ser desbravado, seja pelas indicações das "mãozinhas numeradas que apontam" ou por trazer no "Jornal do Mini Mundo" as notícias do local nos mínimos detalhes. Logo, a agitação da mini população vira um desafio para encontrar a resposta corretíssima de uma sequência de cenas e ainda garantir um mimo especial do "Mini Mundo" para levar para casa. 

As linhas férreas funcionam, assim como os bondinhos sobem e descem. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Caso queira mais comodidade e aquela ajudinha, há visitas guiadas em horários determinados, o que facilita muito a conhecer tantas miudezas expostas em cenários impecáveis e fieis a escala de 1/24, com ferrovias que funcionam e um bondinho que sobe e desce. Vale muito assistir com moradores um pouquinho de televisão dentro de uma casinha, conferir a mulher sendo levada por cachorros, o cavalo que caiu na piscina de um clube e está sendo resgatado ou ainda ver os amados personagens do "Chaves" numa pracinha.

A turma do "Chaves" reunida na pracinha. Isso! Isso! Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Totalizando 5.370m², pelos corredores do parque de 40 anos, ainda transitam personagens como os ursinhos, Ana e Gui, a princesa Rafa, a bruxinha Ju e o Limpador de chaminés, espalhando alegria e encantando os visitantes de todas as idades. Dentro do parque Mini Mundo há ainda um parquinho com atrações para os pequenos, incluindo a primeira casinha de bonecas criada pelo alemão Otto Höppner, além de  uma casinha num bule ou uma moderna lanchonete com diversas opções em comidas e bebidas, além de uma loja de lembrancinhas, com chaveiros lindos dos personagens da parque, por exemplo. 

Ursinha Ana encantando visitantes no "Mini Mundo". Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Localizado perto do centro de Gramado, o Parque Mini Mundo é uma visita indispensável e inesquecível. Planeje a sua ida, pois o parque é ao ar livre, logo funciona normalmente em dias de muito Sol, portanto use protetor solar. E nos dias de chuva também, portanto, leve o guarda-chuva. Divirta-se muito com a família!

O "Mini Mundo" é gigante de tantos detalhes mínimos. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


Parque Mini Mundo

Endereço: Rua Horácio Cardoso, 291 - Planalto, Gramado.

Horário: 9h às 17h

Bule por fora, casinha por dentro e parquinho para pequenos. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

.: "A Baleia": filme de Darren Aronofsky rende a Brendan Fraser indicação

Novo filme de Darren Aronofsky rendeu a Brendan Fraser sua primeira indicação ao Globo de Ouro. Foto: divulgação


Indicado ao Globo de Ouro de Melhor ator em filmes dramáticos, por "A Baleia", Brendan Fraser interpreta Charlie, um professor de 270 Kg, que não consegue sair do sofá, e repleto de problemas emocionais. No Festival de Veneza, em setembro passado, ele também recebeu quase 10 minutos de aplausos na sessão de gala do longa, e o ator é um dos mais cotados para o Oscar. Dirigido por Darren Aronofsky (mãe!, Réquiem para um sonho), o filme chega aos cinemas nacionais em 23 de fevereiro com distribuição da Califórnia Filmes.

Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink, de "Stranger Things") e sua ex-mulher (Samantha Morton). O roteiro é escrito por Samuel D. Hunter, baseado em sua peça homônima.

“O que eu gosto sobre 'A Baleia' é como nos convida a ver a humanidade dos personagens, que não são totalmente bons ou maus, eles têm nuances como qualquer pessoa, e vivem vidas muito ricas”, conta Aronofsky, que se interessou em adaptar a peça desde que a viu, mais de dez anos atrás.  

Fraser, por sua vez, conta que teve uma entrega total ao personagem, como nunca fizera antes, para mostrar toda a força e vulnerabilidade de Charlie. “Ele tem uma melancolia que o paralisa que vem do fato de nunca poder ter sido a pessoa que queria ser. Ele carrega muitos sentimentos de culpa”, explica o ator.

Fraser também defende o personagem, que, para ele, não é mesquinho ou calculista, mas vítima de suas próprias escolhas. “Charlie feriu as pessoas por não ser direto, não ser autêntico, e agora vive uma batalha consigo mesmo. Ele deixou de lado de acertar as contas com as pessoas que amava, e agora pode ser tarde demais para fazer isso. Quando diz aos seus alunos que precisam encontrar uma maneira de dizer a verdade, no fundo, ele está falando isso para si mesmo.”

Aronofsky confessa que sempre esteve próximo de Fraser durante todo o processo, a fim do proteger, pois sabia que, ao entrar no personagem, o ator também ficaria muito fragilizado emocionalmente. “Há uma espécie de casamento entre o poder das palavras do roteiro e a coragem da interpretação de Brendan. Conversamos muito sobre como queríamos aproximar, mas também afastar o público do personagem.”

“Preconceito contra obesidade é uma das últimas fronteiras das maneiras de uma pessoa menosprezar a outra. Muitas vezes, as pessoas do tamanho de Charlie são invisíveis, vistas apenas por suas famílias e cuidadores. É uma forma de silenciamento. Conversando com essas pessoas, percebi que, como qualquer um, elas querem ter suas histórias contadas, e serem tratadas de maneira justa e honesta. Isso tudo foi um impulso para me levar à autenticidade do personagem”, conclui Fraser.

A equipe artística de "A Baleia" inclui também o diretor de fotografia Matthew Libatique ("Cisne Negro", "Homem de Ferro 2"); o compositor Rob Simonsen ("Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo"); o montador Andrew Weisblum ("A Crônica Francesa"); a diretora de arte Jurasama Arunchai ("Amor Sublime Amor"); e o figurinista Danny Glicker ("Milk: A voz da igualdade").

"A Baleia" será lançado no Brasil pela Califórnia Filmes.

Sinopse: Charlie é um professor de inglês com obesidade severa, que tenta se reconectar com sua filha adolescente como uma última tentativa de redenção. Baseado na peça homônima de Samuel D. Hunter.


Ficha Técnica

Direção: Darren Aronofsky

Roteiro: Samuel D. Hunter, baseado em sua peça

Produção:  Jeremy Dawson, Ari Handel, Darren Aronofsky

Elenco: Brendan Fraser, Sadie Sink, Hong Chau, Ty Simpkins, Samantha Morton

Direção de Fotografia: Matthew Libatique

Música: Rob Simonsen

Montagem: Andrew Weisblum

Gênero: drama

País: EUA

Ano: 2022

Duração: 117 min.


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quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

.: Crítica: "Noite Infeliz" incentiva a ser bonzinho para garantir presente

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


Uma história natalina com momentos de fofura em família e matança de bandidos com muito sangue jorrando. Eis o longa "Noite Infeliz" (Violent Night), que está em cartaz no Cineflix Cinemas, e no título original é batizado como "noite violenta", informação que dá o recado exato do que se vê em 1h52, enquanto faz referências a clássicos "Esqueceram de Mim" e "Duro de Matar" numa véspera de Natal.

A produção estrelada por David Harbour (policial Hooper de "Stranger Things"), que encarna o verdadeiro Papai Noel com veias de guerreiro, faz o "bom velhinho" enfrentar o antagonista de John Leguizamo ("Moulin Rouge" e "O Menu"), que interpreta um mercenário chamado Scrooge que não perdoa nem mesmo a própria sombra, quem dirá o "Santa" que o marcou negativamente na infância. 


Na releitura modernizada desse embate de Natal conhecido, tudo acontece em meio a socos, empurrões, rasteiras e armas, pois Scrooge invade uma mansão com uma equipe de elite, que atende a nomes de motivos natalinos, para saquear um cofre recheado de dinheiro. Assim, "Noite Infeliz" retrata de modo surpreendente o enfrentamento final entre o homem que presenteia as crianças que foram boazinhas durante o ano e o homem sem um pingo de bom humor que só quer dinheiro e acabar com o Natal. 

Em "Noite Infeliz" a trama acontece e cresce rapidamente, tal qual um bom filme de ação -daí a referência a "Duro de Matar"-, mas trabalha muito a comédia com o politicamente incorreto -bebendo bem na fonte de "Esqueceram de Mim"- e entrega um novo longa incrível dentro da temática de final de ano, além de inteligente, porém, às vezes, pesado em certas cenas. 


Ao trabalhar o absurdo, "Noite Infeliz" apresenta a história da família Lighstone que nem mesmo se tolera, mas se junta na véspera de Natal a fim de agradar a matriarca ricaça Gertrude (Beverly D´Angelo). Assim, encontram-se na mansão Linda (Alexis Louder) e Jason (Alex Hassel), pais separados da pequena Trudy (Leah Brady), garotinha que é fã de "Esqueceram de Mim", com Morgan (Cam Gigandet, de "Burlesque") e Alva (Edi Patterson), pais de Bert (Alexander Elliot), garoto com visual juvenil de Justin Bieber que faz TikTok.

Inicialmente, a história parece ser só a de mais um filme de Natal em que a hipocrisia impera ou em que as desavenças são escanteadas, por poucas horas, em nome da data. Contudo, "Noite Infeliz" coloca, numa mansão, metralhadoras empunhadas por bandidos e forçam o verdadeiro Papai Noel a lutar pela própria vida e salvar a pequena Trudy que deseja ver a família unida. Enfim, "Noite Infeliz" é o filmaço do absurdo que faz rir. Imperdível! 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Filme: "Noite Infeliz" (Violente Night) 
Classificação: 10 anos
Ano de produção: 2022
Diretor: Tommy Wirkola 
Duração: 1h52
Elenco: David Harbour, John Leguizamo, Beverly D'Angelo e outros

Trailer





sexta-feira, 9 de setembro de 2022

.: 1x4: "She-Hulk" enfrenta seres de portais em "Is This Not Real Magic?"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


Em "Is This Not Real Magic?", o quarto episódio da série "She-Hulk", começa num som pesado para chegar a uma fracassada apresentação da antiga arte da levitação por Donny Blaze. Eis que no público a voluntária Madisynn, erguendo uma taça, participa de um número de magia que não empolga ninguém mais no espaço. Donny, então, é incentivado a fazer "aquela coisa". Para tanto, saca o anel que abre portais interdimensionais, uma vez que é um ex-aluno das Artes Místicas. 

Sim! Wong (Benedict Wong) está de volta no quarto episódio de "Mulher-Hulk" e, além de receber a visita da Madisynn com dois "Ns" e um "Y", toma um spoiler chocante para "Os Sopranos"! E como a advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany) sabe ler os pensamentos de boa parte das pessoas, entra em cena batendo um papo com o público e comenta sobre a felicidade de quem está do outro lado da tela por ver o Mago Supremo das Artes Místicas que aprendemos a amar em "Doutor Estranho"

Ainda brinca como a presença de Wong reflete no Twitter. Inteligente essa jogada, não é?! De fato, "Deus, todos amam Wong!". A cara e o olhar dela para a câmera quando Wong se retira de cena é algo impagável. Impossível não rir com "She-Hulk", o que é provocado inclusive pelas falas e caretas da personagem. Rir dos efeitos visuais?! Não. Nos episódios anteriores, o CGI ruim deixou raiva e frustração. Com o CGI melhorado, principalmente quando ganha close no rosto, Jen cria um perfil num site de namoro, "Matcher", mas como Jennifer Walters. Entretanto, nem um toque da amiga Nikki atrai pretendentes para a advogada.

Eis que o caso de Donny Blaze entra em julgamento, porém a "Mulher-Hulk" defende Wong. Na corte, Madisynn com dois "Ns" e um "Y" surge para tornar o episódio ainda mais hilário, embora complique a situação de Jen e, claro, de Wong.  Jennifer Walters embarca numa insana busca pelo par perfeito, mas é como "She-Hulk" que as chances aceleram. Ouve até um "incrível" como elogio, pelo enfrentamento contra Titânia e também por ser prima do Hulk (Mark Ruffalo).

E como a defesa de Wong e o encontro amoroso de "Mulher-Hulk" se conectam em "Is This Not Real Magic?"?! Num erro do farsante Donny Blaze, demônios chegam ao mundo em formato de morcegos extra fortes, o que chega a remeter a morte de Eddie, em "Stranger Things". Assim, "She-Hulk" é convocada para uma caçada e ouve do querido Wong o que muitos esperavam: "Seja um Hulk!"

Por sorte, a "Mulher-Hulk", de fato, encontra um homem doce que a escuta -até a página dois. Tanto é que após o enfrentamento, o encontra no sofá de casa lendo "Bad Femnist", de Roxane Gay. Como é retorno da verdona?! Ela chega, chegando. Revigorada, na manhã seguinte, Jen, em forma humana, reencontra-se com a decepção e ainda descobre estar sendo processada. Cenas pós-créditos?! São de Wong e Madisynn com dois "Ns" e um "Y". Acompanhar "Mulher-Hulk" está bom demais!


Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: 4, "Is This Not Real Magic?"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 8 de setembro de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"

sábado, 27 de agosto de 2022

.: "Elvis", de Baz Luhrmann, chega à HBO Max em 2 de setembro

Realizado pelo cineasta Baz Luhrmann, o filme retrata a vida de um dos pioneiros do Rock & Roll e traz o vencedor do Oscar® Tom Hanks e Austin Butler como protagonistas


A HBO Max continua a surpreender com a sua impressionante franquia "Do Cinema para sua Casa", uma verdadeira novidade que lança os filmes mais grandiosos da Warner Bros. e de outros grandes estúdios pouco tempo após o seu lançamento nos cinemas. Neste caso, "Elvis", o novo filme biográfico do realizador Baz Luhrmann, estrelado por Austin Butler e pelo vencedor do Oscar® Tom Hanks, estará disponível na HBO MAX a partir de 2 de setembro.

Este filme traça a vida do Rei do Rock & Roll, Elvis Presley (Butler), desde as suas origens até ao estrelato. Um filme dinâmico, cheio de cor, rock e muita dança. A produção convida o espectador a conhecer a ascensão exponencial da sua carreira, mas também vai além, com um olhar mais profundo sobre as complexas relações de Elvis com a sua família, o seu agente, o coronel Tom Parker (Hanks), seus fãs e ele próprio.

"Elvis" mergulha na complexa dinâmica entre Presley e Parker que se estende por mais de 20 anos, desde a ascensão de Elvis à fama até seu estrelato sem precedentes, no contexto cultural dos Estados Unidos. No centro dessa viagem está uma das pessoas mais significativas e influentes na vida do músico, Priscilla Presley (Olivia DeJonge), com quem tem a sua única filha, Lisa Marie Presley.

O filme não é apenas biográfico, mas também um musical. O repertório das canções de Elvis Presley inclui êxitos como "Burning Love", "Can't Help Falling in Love", "Hound Dog" e "Unchained Melody". Embora muitas das canções apresentem a voz original do Rei, outras foram adaptadas e modernizadas por artistas do momento como Måneskin, Doja Cat, Eminem, Tame Impala, entre outros.

O elenco também inclui a atriz de teatro Helen Thomson ("Top of the Lake: China Girl", "Rake"), que interpreta a mãe de Elvis, Gladys; Richard Roxburgh ("Moulin Rouge!", "Breath", "Hacksaw Ridge") como o pai de Elvis, Vernon; e Olivia DeJonge ("The Visit", "Stray Dolls") como Priscilla Presley. Luke Bracey ("Hacksaw Ridge", "Point Break") como Jerry Schilling, Natasha Bassett ("Hail, Caesar!") como Dixie Locke, David Wenham (trilogia "The Lord of the Rings", "Lion", "300") como Hank Snow, e Kelvin Harrison Jr. ("The Trial of the Chicago 7", "The High Note") que interpreta BB King. Xavier Samuel ("Adore", "Amor & Amizade", "A Saga Crepúsculo: Eclipse") interpreta Scotty Moore, e Kodi Smit-McPhee ("O Poder do Cão") é Jimmie Rodgers Snow.

Também no elenco está Dacre Montgomery ("Stranger Things", "The Broken Heart Gallery") que interpreta o realizador de televisão Steve Binder, juntamente com os atores australianos Leon Ford ("Gallipoli", "The Pacific") como Tom Diskin, Kate Mulvany ("The Great Gatsby", "Hunters") como Marion Keisker, Gareth Davies ("Peter Rabbit", "Hunters") como Bones Howe, Charles Grounds ("Crazy Rich Asians", "Camp") como Billy Smith, Josh McConville ("Fantasy Island") como Sam Phillips, e Adam Dunn ("Home and Away") como Bill Black.

Interpretando outros artistas musicais icônicos apresentados no filme estão a cantora/compositora Luhrmann Yola como irmã Rosetta Tharpe, o modelo Alton Mason como Little Richard, Gary Clark Jr. como Arthur Crudup, e a cantora Shonka Dukureh como a recentemente falecida Willie Mae "Big Mama" Thorton.

O indicado ao Oscar ("O Grande Gatsby", "Moulin Rouge!") Luhrmann dirige a produção, a partir do roteiro escrito por ele ao lado de Sam Bromell, Craig Pearce e Jeremy Doner, e da história que co-escreveu com Jeremy Doner. O filme é produzido pelo próprio Luhrmann, Catherine Martin ("The Great Gatsby", "Moulin Rouge!"), Gail Berman, Patrick McCormick e Schuyler Weiss, vencedores do Oscar. Courtenay Valenti e Kevin McCormick são produtores executivos.

A equipa criativa dos bastidores inclui a diretora de fotografia Mandy Walker ("Mulan", "Austrália"), a designer de produção e figurinista vencedora do Oscar Catherine Martin ("The Great Gatsby", "Moulin Rouge!"), a designer de produção Karen Murphy ("A Star Is Born"), os montadores Matt Villa ("The Great Gatsby", "Austrália") e Jonathan Redmond ("The Great Gatsby"), o supervisor de efeitos visuais Thomas Wood ("Mad Max: Fury Road"), o supervisor de música Anton Monsted ("Austrália", "Moulin Rouge!") e o compositor Elliott Wheeler ("The Get Down").

Apresentado pela Warner Bros. Pictures e produzido pela Bazmark, Jackal Group, um filme de Baz Luhrmann, "Elvis" chega à HBO Max no dia 2 de Setembro.


.: Crítica: Filmaço, "Elvis" é retorno avassalador de Baz Luhrmann

.: Crítica: "Elvis" é uma homenagem afetadíssima e afetiva ao "Rei do Rock"

.: Estreia trilha sonora de "Elvis", o novo filme de Baz Luhrmann

domingo, 24 de julho de 2022

.: Crítica: "O Pacote" é besteirol juvenil, mas faz rir e prende atenção até o fim

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


"O pacote", filme da Netflix, lançado em 2018 é uma comédia juvenil que acontece em torno de algo delicado, especialmente para Jeremy (Eduardo Franco). Tudo começa quando ele e os amigos resolvem acampar na primavera, porém a irmã de Jeremy, Becky (Geraldine Viswanathan) e a amiga estão prontinhas para se juntarem aos garotos. Assim, cinco amigos adolescentes encontram o lugar perfeito para a diversão.

Contudo, ao anoitecer, um infeliz acidente deixa todos desesperados, o que desencadeia uma corrida alucinante contra o tempo. Afinal, um empurrão de brincadeira acaba decepando o membro sexual de Jeremy. Para tanto, inicia-se uma insana tentativa de salvar o amigo e juntá-lo a seu bem precioso.


"O Pacote" filme americano de comédia da Netflix é o tipo de produção que não se espera grandes coisas, ainda que tenha na produção executiva o nome de Ben Stiller. Dirigido por Jake Szymanski, com roteiro de Kevin Burrows e Matt Mider, em 1h 34, pouca história acontece além da tentativa de deixar Jeremy completo novamente, complementado pelo flerte desajeitado de Sean (Daniel Doheny) para Becky (Geraldine Viswanathan). Em contrapartida, as trapalhadas do grupo de amigos consegue prender a atenção e segurar o público até o fim para querer saber o desfecho. 

Estrelado por Daniel Doheny, Sadie Calvano, Geraldine Viswanathan, Lucas Spencer Roberts e Eduardo Franco, "O Pacote" foi lançado em 10 de agosto de 2018, pela Netflix. Contudo, a curiosidade somente foi aguçada em 2022, pelo ingresso de Eduardo Franco na quarta temporada de "Stranger Things", interpretando o também cômico Argyle.


Indicado para maiores de 16 anos, o longa, nitidamente, não tem a intenção de ser marcante a ponto de ser o filme da vida de alguém, mas ensina a rir de si mesmo enquanto que afirma o poder das verdadeiras amizades. Para garantir um breve entretenimento, "O Pacote" é uma boa pedida por ser puro besteirol juvenil.

Filme: "O Pacote" ("The Package")

Gênero: Comédia

Classificação: 16 anos

Ano de produção: 2018

Direção: Jake Szymanski

Roteiro: Kevin Burrows e Matt Mider

Duração: 1h34

Produção executiva: Ben Stiller; Nicky Weinstock; Blake Anderson; Adam Devine; Anders Holm; Kyle Newacheck; Ross Dinerstein

Data de lançamento: 10 de agosto de 2018 (Brasil)

Elenco: Eduardo Franco (Jeremy Abelar), Geraldine Viswanathan (Becky Abelar), Daniel Doheny (Sean Floyd), Sadie Calvano (Sarah)


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer



quinta-feira, 23 de junho de 2022

.: "Projeto AXO: O Destino de Helena": poder da amizade e da aceitação

Romance de estreia de Tadeu Fernandes mostra como o poder da amizade e da aceitação pode mudar vidas para sempre


"Stranger Things" está na quarta temporada e os fãs da série não se cansam de consumir tudo que esteja relacionado à história dos personagens. "Projeto AXO: O Destino de Helena", romance LGBTQIA+ de estreia do jovem escritor Tadeu Fernandes, tem tudo o que os apaixonados pela produção mais gostam, como mistério, conspiração, uma menina com poderes – ao estilo Eleven. Soma-se a isto o fato de que a trama envolve um romance homoafetivo entre Thiago e Eduardo, a obra também aborda temas universais como: amizade, aceitação, confiança e a importância de ter essa aspectos constituídos para enfrentar as dificuldades.

Thiago recebe uma mensagem telepática e encontra-se com Helena e Gustavo, dois irmãos que precisam ser salvos da Neph Tec., uma empresa que usa as crianças como cobaias. A partir daí, uma série de obstáculos surge no destino dos protagonistas e a empresa precisará a todo custo dos irmãos para resolver um problema do passado, o que colocará muitas vidas em risco. Será que Thiago conseguirá desvendar os fios deste mistério?


Eu sei que o instinto de aventura às vezes fala mais alto e eu admiro muito, muito mesmo tudo que eu estou vendo que vocês estão dispostos a fazer por esses dois. Mas, por favor, tenham cuidado. (Projeto AXO, p. 3)


Diferente da maioria dos romances do gênero em que um ou mais personagens empreitam uma jornada de autodescoberta, o autor que também é ator, cantor e roteirista, optou por abordar a representatividade de uma maneira natural. Originalmente pensado como o roteiro de uma série, Projeto Axo: O Destino de Helena encontrou seu caminho nas páginas do livro, com uma mensagem de esperança para jovens leitores que buscam encontrar seu lugar no mundo.

Você pode comprar "Projeto AXO: O Destino de Helena", de Tadeu Fernandes aqui: amzn.to/3A2Afbb

Sobre o autor: Tadeu Fernandes é ator, cantor, escritor e roteirista. Ele já integrou o elenco de mais de 50 peças teatrais, uma web série e um filme de curta-metragem. Atualmente, está cursando Bacharelado em Teatro na Faculdade Cesgranrio, no Rio de Janeiro. Tadeu divide seu tempo entre atuação, escrita e cuidar dos seus doze gatos e duas cachorras.


Livro: Projeto AXO: O Destino de Helena

Autora: Tadeu Fernandes

Editora: Flyve

Número de páginas: 252

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