sábado, 18 de novembro de 2023

.: Domingando mantém a tradição do choro com tempero nordestino

Quarteto Domingando e Ferragutti. Foto: Gláucia Chiva


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O Quarteto Domingando vem divulgando o show De Choro a Choro, um espetáculo instrumental concebido em homenagem a dois importantes músicos do choro, referências em seus respectivos instrumentos: Charles da Flauta (premiado flautista, reverenciado mundialmente como um gênio de seu instrumento) e Toninho Ferragutti (acordeonista, compositor e arranjador, reconhecido como um dos mais inventivos e talentosos instrumentistas de sua geração). E o trabalho do grupo vem chamando a atenção do público que curte a boa música instrumental. O nome do quarteto é uma homenagem a um ícone da música: Dominguinhos. Em entrevista para o Resenhando, Cicinho Silva conta como foi conceito para a formação do grupo e revela que eles já estão produzindo material autoral. “Queremos manter viva a tradição do choro”.


Resenhando – Como foi seu início na música?

Cicinho Silva – Venho de uma família de músicos. Meu pai foi um divulgador do forró em São Paulo. Comecei aprendendo cedo, aos 15 anos, no acordeon. Depois estudei em conservatórios, para aperfeiçoar e aprender novas técnicas. Fui aluno do Oswaldinho do Acordeon e do Toninho Ferragutti, dois mestres do instrumento, que foram muito importantes nessa minha formação.


Resenhando – Ouvindo as canções, notamos que vocês mostram um som do choro próximo de outros ritmos tradicionais, como o xote e o forró. Houve essa intenção?

Cicinho Silva – Primeiro é preciso lembrar que o nome do grupo se originou de uma homenagem ao grande Dominguinhos, um mestre de nossa música popular, que tinha raízes fortes com os ritmos do Nordeste. E a nossa proposta consiste mesmo em mostrar a influência do choro no forro. Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga utilizavam conjuntos regionais como acompanhamento em suas apresentações. Então essa identificação com os ritmos tradicionais é natural. Utilizamos o acordeon, o instrumento mais característico do forró. São ritmos que se integram, no final das contas. O público tem respondido positivamente ao nosso trabalho.


Resenhando – Qual é a formação atual do Quarteto?

Cicinho Silva – O Quarteto conta  com Cicinho Silva (acordeon e direção musical), Edmilson Capelupi (violão de 7 cordas), Alex Cavaco (cavaquinho) e Lucas Brogiolo (percussão), além do músico convidado Diego Lisboa (flauta) - e o homenageado Toninho Ferragutti (acordeon) que tem participação especial nas apresentações.


Resenhando – Como você avalia o panorama da música instrumental no Brasil?

Cicinho Silva – Essa é uma pergunta interessante. A mídia de uma forma geral não dá muito espaço para a música instrumental. Mas o que noto nas nossas apresentações é que o público gosta do trabalho. Acho que o fato de nós tocarmos ritmos tradicionais, que fazem parte de nossa autêntica música popular, acaba mexendo com a memória afetiva de quem ouve. O que percebo é que o público gosta e se mostra presente nas apresentações. Hoje temos um grande número de músicos talentosos de várias gerações, que buscam seu espaço na música.


Resenhando – Como vocês estão trabalhando para divulgar o projeto?

Cicinho Silva - Esse projeto é uma realização do Quarteto Domingando, da Associação Construindo Consciência (ACC), da produtora cultural Elielma Carvalho. Foi viabilizado com o apoio do 6º Edital de Apoio à Música para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura da Capital. Fizemos uma apresentação na Escola de Música Tom Jobim no dia 7 de novembro, na Capital Paulista. E estamos programando novas apresentações em breve.

Papo de Sanfoneiro


Ferragutiando


A Gente vê Depois



.: "Wish": animação Disney tem trilha sonora original disponível


A trilha sonora de “Wish”, novíssima produção dos Walt Disney Animation Studios, já está disponível em todas as plataformas de streaming (Apple Music, Spotify, Amazon Music e YouTube Music), e também em CD e vinil. Com as vozes da atriz vencedora do Oscar® Ariana DeBose como Asha, Chris Pine como Rei Magnífico e Alan Tudyk como o bode de estimação de Asha, Valentino, o épico musical animado “Wish” chega às telas dos Estados Unidos no Dia de Ação de Graças (27 de novembro) — no Brasil, a estreia, com o título “Wish — O Poder dos Desejos”, está prevista para 4 de janeiro), quando o famoso estúdio comemora 100 anos de produção de filmes. Inspirado no legado mágico e musical de Walt Disney, “Wish” apresenta uma história e personagens originais, com sete músicas inéditas escritas pela cantora e compositora indicada ao Grammy® Julia Michaels e pelo produtor, compositor e músico vencedor do Grammy® Benjamin Rice.  Cinco canções foram lançadas antes do filme e se tornaram sensações virais, gerando mais de 60 milhões de criações no TikTok e resultando em 5,5 bilhões de visualizações.

No centro de “Wish”, como em muitos dos filmes da Disney que vieram antes dele, está a música. “Muitos de nossos filmes mais amados são musicais”, disse o produtor Peter Del Vecho. “Quando pensamos na Disney, pensamos em uma gama de emoções. Queremos nos sentir como se estivéssemos em uma montanha-russa, e parte dessa emoção vem da música.”

Ao considerar nomes para compor a música de “Wish”, os cineastas queriam encontrar alguém que pudesse oferecer um som atemporal e contemporâneo. Jennifer Lee, diretora de criação do Walt Disney Animation Studios, disse: “Julia Michaels é um talento extraordinário. Juntamente com seu parceiro de composição Benjamin Rice, criou músicas originais que inspiraram todos nós que trabalhamos no filme. Seu processo colaborativo foi muito especial, pois ela realmente se sentou conosco e conversou sobre as motivações de nossos personagens”.

Julia Michaels comentou: “A Disney esteve muito presente em minha vida durante toda a minha jornada de compositora.  As músicas de ‘Wish’ são divertidas, emocionais e sinceras.  Ben e eu tivemos que cobrir um espaço grande nas letras, então muitas das canções são sinceras e extravagantes na parte rítimica. O processo de colaboração com os cineastas foi especial”

Benjamin Rice acrescentou: “As canções são realmente muito significativas. Desde a música de abertura até os créditos finais, acho que as músicas cobrem um rico território emocional e, ao mesmo tempo, fornecem o contexto da história e o tipo de mensagem genuína que vive tanto no filme quanto fora dele”.

De acordo com Tom MacDougall, produtor musical executivo/presidente da Walt Disney Music, Michaels e Rice representam uma direção ousada para os compositores do Walt Disney Animation Studios, pois os musicais anteriores geralmente recrutavam profissionais do mundo do teatro. “Julia e Ben vêm de uma formação de compositores de música pop e trouxeram uma exuberância juvenil para o projeto — o fato curioso é que Julia é a pessoa mais jovem a escrever todas as músicas para um longa-metragem do Walt Disney Animation Studios.” Para MacDougall, Michaels e Rice preenchem todos os requisitos - e mais alguns. “Eles realizaram todos os meus sonhos para ‘Wish’”, diz MacDougall. “Há um frescor nas músicas com o qual acho que o público se conectará em muitos níveis. Acho que é fácil se envolver com essas músicas rapidamente por causa da sensibilidade moderna e clássica que foi usada em sua criação.”

Matt Walker, produtor musical executivo/vice-presidente sênior de música da Walt Disney Music, acrescentou: “Uma canção em um musical tem um propósito específico na narrativa. À medida que a história vai se construindo e a emoção vai ficando maior, é como se um simples diálogo não conseguisse transmitir todo o sentimento, e o personagem não tivesse outra escolha a não ser continuar falando por meio da canção”.


Lista de faixas de “The Wish— Original Motion Picture Soundtrack”:

“Welcome To Rosas” Performed by Ariana DeBose and Cast

“At All Costs” Performed by Chris Pine and Ariana DeBose

“This Wish” Performed by Ariana DeBose

“I’m A Star” Performed by Cast

“This Is The Thanks I Get?!” Performed by Chris Pine

“Knowing What I Know Now” Performed by Ariana DeBose, Angelique Cabral and Cast

“This Wish (Reprise)” Performed by Ariana DeBose and Cast

“A Wish Worth Making” Performed by Julia Michaels

“This Wish” Instrumental

“I’m A Star” Instrumental

“This Is The Thanks I Get?!” Instrumental

“A Wish Worth Making” Instrumental

  

Sobre “WISH”: “Wish”, do Walt Disney Animation Studios, dá as boas-vindas ao público ao reino mágico de Rosas, onde Asha, uma idealista perspicaz, faz um desejo tão poderoso que vem a ser atendido por uma força cósmica — uma pequena bola de energia sem limites chamada Star. Juntas, Asha e Star enfrentam um inimigo formidável — o governante de Rosas, o Rei Magnífico — para salvar sua comunidade e provar que, quando a vontade de um humano corajoso se une à magia das estrelas, coisas maravilhosas podem acontecer. Com as vozes da atriz ganhadora do Oscar® Ariana DeBose como Asha, Chris Pine como Magnífico e Alan Tudykas como o bode favorito de Asha, Valentino, o filme é dirigido pelo diretor ganhador do Oscar® Chris Buck (“Frozen”, “Frozen 2”) e Fawn Veerasunthorn (“Raya and the Last Dragon”), e produzido por Peter Del Vecho (“Frozen”, “Frozen 2”) e Juan Pablo Reyes Lancaster Jones (“Encanto”). Jennifer Lee (“Frozen”, “Frozen 2”) é produtora executiva, e Lee e Allison Moore (“Night Sky”, “Manhunt”) são roteiristas do projeto.

.: Mickey e Minnie Mouse: 10 curiosidades sobre o casal mais icônico

Mickey e Minnie Mouse completam 95 anos desde sua primeira aparição oficial neste sábado, 18 de novembro, e a Disney convida os fãs para participarem deste dia especial no varejo e redes sociais 


Em 18 de novembro, Mickey e Minnie Mouse celebram 95 anos desde sua primeira aparição oficial. Para comemorar essa data, no ano em que a The Walt Disney Company completa 100 anos, selecionamos algumas curiosidades e produtos dos personagens mais amados do mundo. 

Os fãs também podem participar deste dia especial com a #FelizNiverMickeyeMinnie nas redes sociais. O perfil oficial @MickeyeAmigosBR também contará com uma grande festa em que os fãs podem conferir alguns conteúdos especiais desenvolvidos especialmente para a data. Confira 10 curiosidades sobre Mickey e Minnie Mouse!


1. A primeira aparição oficial 

A Disney celebra Mickey e Minnie Mouse todo dia 18 de novembro, desde 1928, pois é a data de exibição do curta “Steamboat Willie”, quando os personagens fizeram suas primeiras aparições oficiais. Disponível no Disney+, a produção foi o primeiro curta-metragem sincronizado com som a estrear no Colony Theatre de Nova York, e é uma paródia vagamente baseada em “Steamboat Bill Jr,”, um filme mudo estrelado por Buster Keaton também em 1928. 


2. Produtos inspirados

Após sua estreia na tela, a fama instantânea e o charme duradouro desses personagens icônicos também marcaram o surgimento de uma variedade de produtos licenciados a partir de 1930, desde blocos de escrita e relógios até roupas e material escolar. Atualmente, os produtos Mickey Mouse e Minnie Mouse são voltados para todos os gostos e idades. Compre aqui: amzn.to/3SIJdnd


3. Mais de 100 conteúdos animados

O casal já estrelou mais de cem conteúdos animados e conquistou os corações de milhões de fãs em todo o mundo. Símbolo oficial da Disney em todo o mundo, o Mickey Mouse traz risos, diversão, magia e amizade para crianças e adultos. 


4. Uma combinação única

A natureza alegre, brincalhona, curiosa e leal de Mickey Mouse combina perfeitamente com a doçura, simpatia e bondade de Minnie Mouse. Juntos, eles formam um dos casais mais emblemáticos da cultura popular, adorado por todas as gerações, há mais de 90 anos.


5. Eternamente apaixonado

Mickey Mouse está sempre cortejando Minnie Mouse como seu grande amor. Ambos confiam nas habilidades um do outro e se apoiam. Embora possam ter desentendimentos, eles rapidamente se reconciliam. Mickey e Minnie são namorados e, acima de tudo, amigos para sempre.


6. Multifacetados

Tanto Mickey quanto Minnie são apresentados em séries, filmes e curtas com múltiplas ocupações e profissões. Mickey Mouse é ator, músico, maestro, apresentador, atleta, professor, construtor, chefe de bombeiros, fazendeiro e explorador, entre outros. Minnie Mouse, por sua vez, é vista pelos fãs como cantora, dançarina, princesa, vendedora, astronauta, cozinheira, estilista e muito mais.


7. Mickey foi o primeiro personagem animado da história a falar

O personagem disse “Hot dog! Hot dog!” durante o curta metragem “The Karnival Kids” (1929).


8. A voz por trás das vozes

As vozes de Mickey e Minnie Mouse foram originalmente gravadas por ninguém menos que o próprio Walt Disney, de 1929 até 1946. 


9. Estrelas na Calçada da Fama de Hollywood

Mickey foi também o primeiro personagem animado a receber uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood. O evento aconteceu em 1978 para comemorar seu 50º aniversário. Já Minnie recebeu a sua estrela em 2018, no 90º aniversário de sua criação. Sua entrada na Calçada da Fama foi acompanhada por um evento divertido ao lado de líderes da The Walt Disney Company, fãs e convidados especiais, como a cantora Katy Perry, que usou um vestido de bolinhas em homenagem ao homenageado.


10. Um passeio louco

Mickey e Minnie inspiraram a atração Mickey & Minnie's Runaway Railway, localizada no Disney's Hollywood Studios, em Orlando, que convida visitantes de todas as idades a embarcarem em uma ferrovia maluca e viverem um passeio emocionante com reviravoltas inesperadas, piadas e mais surpresas, enquanto os personagens salvam o dia.


Produtos para todos os fãs!

Para finalizar, não podíamos deixar de comentar sobre os produtos que os fãs de Mickey e Minnie vão amar. Em lojas físicas e digitais de todo o país é possível encontrar opções de diversas categorias inspiradas nos personagens para todos os gostos e idades. Começando pelos adultos e famílias com produtos que podem ser utilizados em vários momentos do dia a dia...

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

.: Crítica: "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" é completo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Atualmente vivemos uma época em que fórmulas de se fazer filmes estão saturadas. Eis que surge "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e da Serpente" para dar um novo ar a uma saga de sucesso e torcida do público pela valente Katniss Everdeen de Jennifer Lawrence, participante do 74º Jogos Vorazes -há espaço para mencioná-la mesmo que de um modo curioso. O longa dirigido por Francis Lawrence volta no tempo e vai até os eventos da 10ª edição dos jogos em que se luta pela própria vida tendo o auxilio de um mentor, assim conhecemos Lucy Gray Baird (Rachel Zegler) e Coryo (Tom Blyth).

Assim como os outros filmes da trilogia, situações inesperadas explodem na telona para dar aos tributos de cada distrito. Tratados como animais e colocados em jaula de zoológico, Coryo acompanha Lucy, numa tentativa de se aproximar da garota que será capaz de mudar seu destino, uma vez que ele e a família estão em dificuldade financeira, embora tentem aparentar diferente -mesmo sem escapas de olhos mais apurados no quesito nobreza, inclusive das vestimentas.

Embora esteja empenhado em levar o prêmio, alertas de que ele não ficará com nada mesmo que consiga fazer com que Lucy escape viva são dados, mas nesse percurso o rapaz cai nas graças de Lucy que solta o vozeirão -são várias as cenas de cantoria- para ganhar público e seguir no jogo. No entanto, Dr. Volumnia (Viola Davis) representa uma vilã digna de animação, seja pelo excesso de maldade ou pelo visual dado a ela. Contudo, "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e da Serpente" é um excelente retorno para a trilogia que tem tudo para virar uma franquia de sucesso.

Vale a pena ver "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e da Serpente", pois é completo e entrega muito entretenimento. Confira no Cineflix Cinemas!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

"Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e da Serpente" ("The Hunger Games: The Ballad of Songbirds and Snakes") Ingressos on-line neste linkGênero: ficção científica, ação, aventura. Classificação: 12 anos. Duração: 2h38. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Francis LawrenceRoteiro: Michael Arndt, Michael Lesslie. Elenco: Tom Blyth, Rachel Zegler, Peter Dinklage. Sinopse: Antes de Katniss Everdeen, sua revolução e o envolvimento do 13 distrito, houve o Presidente Snow, ou melhor, Coriolanus Snow. A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é a história do ditador de Panem antes de chegar ao poder. Anos antes, Coriolanus Snow vivia na capital, nascido na grande casa de Snow, que não anda muito bem em popularidade e financeiramente. Ele se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. O destino de sua Casa depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas para conseguir mentorar o tributo vencedor. Foi lhe dado a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer terá consequências dentro e fora do Jogo. Na arena, a batalha será mortal e a garota terá que sobreviver a cada segundo. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a garota, mas terá que ter que qualquer passo que der, fará com que a menina e ele mesmo sofram de alguma maneira.


Trailer "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e da Serpente"

.: Crítica: "O Livro da Discórdia" faz gargalhar com a família de Youssef

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Um escritor que poderia ter a minha ou a sua família e decide publicar um livro um tanto que ousado. Em "O Livro da Discórdia", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, Youssef Salem lança um romance em que os membros da família se identificam com os personagens, sendo que o irmão dele se sente desprezado, uma vez que nem mesmo existe na trama. Enquanto dá o seu melhor para impedir a leitura da obra pelo pai, homem rígido e que tem mania fazer correções gramaticais nas publicações do filho.

Contudo, o livro faz sucesso e rende entrevistas televisivas, inclusive uma em que a família toda quase descobre sobre a tal obra. Assim, nasce o autêntico livro da discórdia gerando gargalhas no público que acompanha a saga de Youssef tentando se desvencilhar do sucesso de vendas, tudo por acreditar que irá desagradar o pai. Até na rua ele passa a ser abordado por fãs e admirados de seu livro.

"O Livro da Discórdia" soma 1h31 de duração em que nada sobra ou falta na trama. Tudo acontece numa sequência ágil e envolvente, entregando, como a maioria dos filmes franceses, em desfecho surpreendente. A produção distribuída pela Bonfilm no Brasil é o retrato dos vários personagens que temos na família e é sempre divertido ver que os personagens só mudam de endereço ou nacionalidade. Filme imperdível!

Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html


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Filme: "O Livro da Discórdia" (Youssef Salem a du succès)
Diretor: Baya Kasmi 
Gênero: comédia
Ano de Produção: 2022
Idioma: Francês
Duração: 1h37
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Ramzy Bedia, Noémie Lvovsky, Abbes Zahmani, Tassadit Mandi
Resumo: Youssef Salem tem 45 anos, é descendente de uma família de imigrantes argelinos e vive em Paris onde se dedica à escrita. Após uma série de contratempos, ele decide escrever um romance parcialmente autobiográfico, inspirado na sua juventude e em particular nos tabus que rodeiam a sexualidade no ambiente onde cresceu. O livro provoca um debate público apaixonado, mas também gera uma tensão no seio da sua família, que Youssef tentará manter unida o melhor que puder.


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.: 3x1: "American Horror Stories", "Bestie" trata manipulação em amizade virtual

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2022



"Bestie", primeiro episódio da segunda temporada de "American Horror Stories", escrito por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Joseph Baken envolve numa trama mirabolante de pouco mais 50 minutos. Tudo começa quando Shelby (Emma Halleen) muda de vida após a morte da mãe por câncer de pâncreas. Com o pai ao lado, a garota vive uma tremenda dificuldade na nova escola virando chacota da turma em que estuda. Contudo, a jovem, grande fã de uma drag queen sombria Anna Rexhia (Amrou Al-Kadhi) conhece uma figura com marcas de queimaduras no rosto que pede para ser chamada de Bestie (Jessica Barden), enquanto rotula a moça de Shellybelly.

Numa doentia dependência da solitária Shelby, Bestie passa a manipulá-la virtualmente, inclusive, seja na forma de se vestir a até tratar o pai (Seth Gabel, de "Bem-vindos à vizinhança") com quem tinha uma boa convivência e aproximação. Com uma relação tóxica via todos meios virtuais, Shelby comete absurdos com os outros e consigo, quebrando até o próprio braço.


O episódio da terceira temporada de "American Horror Stories" é sagaz e pontual ao criticar a dependência humana dos meios tecnológicos, principalmente para se relacionar com outras pessoas, enquanto se ignora a família, geralmente, tão disposta a ajudar. Como Shelby acaba fazendo com Guy, o pai, com também tentava sobreviver ao luto da amada esposa. 

Outro ponto interessante de se ver na tela, além das comemorações do Halloween -o episódio e outros três formaram um especial para a celebração-, é o de se ter na trama uma drag queen, Anna Rexhia, interpretada por Amrou Al-Kadhi, escritor, drag performer e cineasta britânico-iraquiano cujo trabalho se concentra principalmente na identidade queer, representação cultural e política racial. Afinal, já vimos outra drag queen, a Eureka em "American Horror Story: Double Feature". Episódio excelene! A verdade é que acontece muito no espaço de apenas 52 minutos. "Bestie" é para se ver e rever, definitivamente! 




Seriado: American Horror Stories
Temporada: 3
Episódio 1: "Bestie"
Exibido em: 26 de outubro de 2023, EUA.
Elenco: 


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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

.: Crítica: "Conduzindo Madeleine" provoca risos e tira lágrimas de emoção

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Uma senhora de 92 anos solicita uma longa corrida de táxi e leva o motorista a uma viagem inusitada pela bela e transformada Paris. Eis o divertido e emocionate "Conduzindo Madeleine", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês. A produção digirida por Christian Carion, começa com o taxista Charles (Dany Boon), pai de família, endividado e sempre carrancudo que embora tenha consciência da longa distância da viagem que fará, atende a soliticação da senhora Madeleine Keller (Line Renaud).

No endereço informado, insiste em ser atendido de modo grosseiro, até que escuta a senhorinha do outro lado da calçada, quem lança um olhar contemplativo para a casa florida já fechada. Assim começa a viagem de dois estranhos, Madeleine e Charles, que partilham suas vivências, tendo mais contribuições da passageira, enquanto não chegam ao destino final da corrida: uma casa de repouso.

Em meio a infrações de trânsito -com direito a interpretação- e uma pausa para um lanche num banco de madeira, os dois mergulham na história do passado da senhora que viveu uma instantânea história de amor -que lhe rendeu um fruto chamado Mathieu-, assim como um casamento com violência doméstica que a levou a um julgamento questionável e com desfecho que a afastou do filho.

Sozinha, a dona de olhos azuis deixa ensinamentos, não somente para Charles, mas para o público que desfruta desta viagem completamente agradável. "Conduzindo Madeleine" é o tipo de filme que faz rir, mas lança o duro desafio de segurar as lágrimas de emoção, seja pelos laços de amizade criados em parte de um dia ou pela generosidade de um estranho que pode mudar a vida de outras pessoas. O longa distribuído pela California Filmes é simplesmente imperdível!

Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html


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Filme: "Conduzindo Madeleine" (Une Belle Course)
Diretor: Christian Carion
Gênero: drama, comédia
Ano de Produção: 2022
Idioma: Francês
Duração: 1h31
Distribuidora: California Filmes
Elenco: Line Renaud, Dany Boon, Alice Isaaz
Resumo: Uma simples viagem de táxi por Paris se transforma em uma profunda meditação sobre a realidade do motorista, cuja vida pessoal está em frangalhos, e de sua passageira, uma senhora idosa cuja doçura esconde um passado chocante.


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.: Crítica: "O Desafio de Marguerite", o teorema feminino entre matemáticos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Ser mulher hoje em dia ainda é um desafio nos tempos ditos modernos. Eis que para Marguerite (Ella Rumpf), uma jovem e brilhante matemática, acaba sendo ainda pior, uma vez que é a única mulher na turma da faculdade. Com toque cômico, o drama dirigido por Anna Novion, "O Desafio de Marguerite", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, entrega uma protagonista contida no objetivo de comprovar uma teoria que a anula na vida. No entanto, é diante de uma importante recusa que esbarra numa mostra desastrosa, que Marguerite reinicia a forma de se ver no mundo.

Delicado e divertido, o longa de 1h52 envolve o público fazendo-o torcer pelo sucesso de Marguerite, deixando aos poucos de ser tão introspectiva, mudando tanto a ponto de virar praticante de jogos por dinheiro para sobreviver ao lado da amiga Noa (Sonia Bonny), com quem divide o apartamento em que mora. A trama ainda destaca as dificuldades femininas num mundo machista em que mulheres não são notadas para mostrar suas descobertas acadêmicas.

Acompanhar as variadas batalhas da protagonista de "O Desafio de Marguerite" é agradável e envolvente. Na sala de cinema é nítida a torcida para que ela alcance seus objetivos, em meio a incentivos vocais do público. Outro ponto de destaque é que, o longa entrega um desfecho feliz e romântico, embora ainda surpreenda -o que raramente se vê nos filmes franceses. A filme com Ella Rumpf, Jean-PierreDarroussin, Clotilde Courau é simplesmente imperdível!

Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html


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Filme: "O Desafio de Marguerite" (Le Théoréme de Marguerite)
Diretora: Anna Novion
Duração: 01:52:00h
Classificação: 14 anos
Gênero: Drama
Ano de Produção: 2023
I
dioma: Francês
Distribuidora: Synapse
Elenco: Ella Rumpf, Jean-PierreDarroussin, Clotilde Courau
Resumo: O Desafio de Marguerite é um filme de drama escrito e dirigido por Anna Novion, e selecionado para o Festival de Cannes de 2023. Na história, conhecemos Marguerite (Ella Rumpf), uma jovem e brilhante matemática que é a única garota na sua turma da faculdade.


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