sexta-feira, 16 de setembro de 2022

.: Cia das Letras lança aguardado livro de memórias de Amartya Sen


No próximo dia 29, a Companhia das Letras lança "Uma Casa No Mundo", o aguardado livro de memórias de Amartya Sen, vencedora do prêmio Nobel de Economia . Na obra, o economista e filósofo indiano entrelaça seus anos formativos a uma reflexão sobre justiça e bem-estar social, mostrando como suas experiências pessoais influenciaram o trabalho de uma vida toda em prol da melhoria da condição humana. 

Onde fica sua casa? Para Amartya Sen, a resposta a essa pergunta são muitos lugares: Daca, na atual Bangladesh; Santiniketan, a pequena cidade em que cresceu; Calcutá, onde começou os estudos em economia e participou de movimentos estudantis; e o Trinity College, em Cambridge, para onde se mudou aos dezenove anos.

Neste aguardado livro de memórias, Sen rememora cada um desses locais e sua trajetória até o início dos anos 1960. De pensadores como Ashoka e Akbar a Hume, Marx, Keynes, Arrow e Hobsbawm, o economista repassa suas grandes referências teóricas ao mesmo tempo que enfatiza a importância da empatia e de ampliar nossa visão a respeito do que nos cerca. Estão ainda presentes em toda a narrativa reflexões sobre a região de Bengala, assim como as relações entre Índia e Reino Unido. Mais do que uma reunião das ideias de um dos maiores intelectuais do século XX, "Uma Casa no Mundo" é uma obra inesquecível sobre pessoas, histórias e lugares. Tradução: Berilo Vargas. Número de páginas: 472.


O que disseram sobre o livro
“'Uma Casa no Mundo' é, na verdade, três livros em um. Um livro de memórias escrito com a delicadeza dos primeiros 30 anos de sua vida, intercalado com comentários afiados sobre história e política, assim como análises sobre teoria econômica e filosofia.” — Harvard Magazine


Sobre a autora
Amartya Sen
 nasceu em Santiniketan, atual Bangladesh, em 1933. Após a partição de 1947, emigrou com a família para a Índia, onde estudou antes de se doutorar em economia pelo Trinity College, em Cambridge, no Reino Unido. Recebeu em 1998 o prêmio Nobel por seu trabalho sobre a economia do bem-estar social. Professor da Universidade Harvard, é autor de diversos livros, incluindo Desenvolvimento como liberdade e A ideia de justiça, publicados pela Companhia das Letras.


quinta-feira, 15 de setembro de 2022

.: Cineflix Cinemas estreia "Órfã 2: A Origem" e "Amantes", em Santos

"Órfã 2: A Origem" e "Amantes" são os destaques da programação da semana do Cineflix Santos que também exibe "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa", "Ingressos Para o Paraíso", "Predestinado" e mais. Confira!


A telona do Cineflix Cinemas em Santos estreia dois filmes, um do gênero terror e outro de drama. "Órfã 2: A Origem", com classificação para maiores de 16 anos, começa depois da fuga de uma clínica psiquiátrica na Estônia, quando Esther viaja para a América se passando pela filha desaparecida de uma família rica. No elenco estão Julia Stiles, Isabelle Fuhrman, Rossif Sutherland.

Outra novidade na programação da semana é o drama francês "Amantes", quando Lisa e Simon estão apaixonados e seus caminhos se separam para anos depois se cruzarem novamente. Longa dirigido por Nicole Garcia, é estrelado por Pierre Niney, Stacy Martin e Benoît Magimel.

Seguem em cartaz a comédia romântica "Ingresso para o Paraíso" ("Ticket to Paradise"), sobre a doce surpresa das segundas chances, assim como a versão estendida de "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" ("Spider-Man: No Way Home"), com Tom Holland, Zendaya e Benedict Cumberbatch e o drama "A Luta de Uma Vida" ("The Survivor"), sobre a história real de Harry Haft, um boxeador que lutou contra outros prisioneiros nos campos de concentração para sobreviver.

Também é possível conferir o filme brasileiro "Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz", sobre o médico alemão falecido durante a Primeira Guerra Mundial, José Arigó se tornou uma esperança de cura para milhões de pessoas ao redor do mundo. O suspense dirigido por Jordan Peel,e "Não! Não Olhe!" ("Nope!), com os atores Daniel Kaluuya e Keke Palmer, interpretando irmãos que enfrentam eventos bizarros e discos voadores segue em cartaz.

"Um Lugar Bem Longe Daqui" ("Where The Crawdads Sing"), baseado no romance de Delia Owens, conta a história de uma garota abandonada no brejo da Carolina do Norte. No entanto, a "Menina do Brejo" é atraída por dois jovens na cidade, mas um deles é encontrado morto. No sábado e domingo, a garotada pode se divertir com "O Lendário Cão Guerreiro" ("Paws of Fury: The Legend of Hank"), sobre um cachorro desajeitado sonha um dia em ser um autêntico e legítimo samurai


Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. O Cineflix Santos fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo.

Estreias da semana

Classificação: 16 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: William Brent Bell. Duração: 1h39m. Elenco: Julia Stiles, Isabelle Fuhrman, Rossif Sutherland e outros. Sinopse: depois da fuga de uma clínica psiquiátrica na Estônia, Esther viaja para a América se passando pela filha desaparecida de uma família rica.


Sala 4 (dublado)
15/9/2022 - Quinta-feira: 18h50
16/9/2022 - Sexta-feira: 18h50
17/9/2022 - Sábado: 18h50
18/9/2022 - Domingo: 18h50
19/9/2022 - Segunda-feira: 18h50
20/9/2022 - Terça-feira: 18h50
21/9/2022 - Quarta-feira: 18h50

Sala 4 (legendado)
15/9/2022 - Quinta-feira: 16h40 - 21h00
16/9/2022 - Sexta-feira: 16h40 - 21h00
17/9/2022 - Sábado: 16h40 - 21h00
18/9/2022 - Domingo: 16h40 - 21h00
19/9/2022 - Segunda-feira: 16h40 - 21h00
20/9/2022 - Terça-feira: 16h40 - 21h00
21/9/2022 - Quarta-feira: 16h40 - 21h00



"Amantes" ("Amants")
Classificação: 16 anos. Ano de produção: 2021. Idioma: francês. Direção: Nicole Garcia. Duração: 1h39m. Elenco: Pierre Niney, Stacy Martin, Benoît Magimel e outros. Sinopse: Lisa e Simon estão apaixonados e seus caminhos se separam para anos depois se cruzarem novamente.


Sala 2 (legendado)
15/9/2022 - Quinta-feira: 20h40
16/9/2022 - Sexta-feira: 20h40
17/9/2022 - Sábado: 20h40
18/9/2022 - Domingo: 20h40
19/9/2022 - Segunda-feira: 20h40
20/9/2022 - Terça-feira: 20h40
21/9/2022 - Quarta-feira: 20h40



Seguem em cartaz no Cineflix Miramar Santos



"Ingresso para o Paraíso" ("Ticket to Paradise") .: Crítica: "Ingresso Para o Paraíso" é hilária comédia romântica
Classificação: 10 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: Ol Parker. Duração: 1h44m. Elenco: Julia Roberts, George Clooney, Kaitlyn Dever e outros. Sinopse: amigos na vida real, Julia Roberts e George Clooney interpretam um ex-casal que se depara com a complicada tarefa de impedir a sua filha, cega de amor, de cometer o mesmo erro que eles cometeram no passado. Uma comédia romântica sobre a doce surpresa das segundas chances.

Sala 3 (legendado)
15/9/2022 - Quinta-feira: 16h05 - 18h40 - 20h55
16/9/2022 - Sexta-feira: 16h05 - 18h40 - 20h55
17/9/2022 - Sábado: 16h05 - 18h40 - 20h55
18/9/2022 - Domingo: 16h05 - 18h40 - 20h55
19/9/2022 - Segunda-feira: 16h05 - 18h40 - 20h55
20/9/2022 - Terça-feira: 16h05 - 18h40 - 20h55
21/9/2022 - Quarta-feira: 16h05 - 18h40 - 20h55

Ingresso para o Paraíso - Trailer dublado


"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" ("Spider-Man: No Way Home")  .: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" é filmaço de memória afetiva.:
Classificação: 12 anos. Ano de produção: 2021. Idioma: inglês. Diretor: Jon Watts. Duração: 2h37. Elenco: Tom Holland, Zendaya e Benedict Cumberbatch. Sinopse: Peter Parker (Tom Holland) precisará lidar com as consequências da sua identidade como o herói mais querido do mundo após ter sido revelada pela reportagem do Clarim Diário, com uma gravação feita por Mysterio (Jake Gyllenhaal) no filme anterior. Incapaz de separar sua vida normal das aventuras de ser um super-herói, além de ter sua reputação arruinada por acharem que foi ele quem matou Mysterio e pondo em risco seus entes mais queridos, Parker pede ao Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para que todos esqueçam sua verdadeira identidade. Entretanto, o feitiço não sai como planejado e a situação torna-se ainda mais perigosa quando vilões de outras versões de Homem-Aranha de outro universos acabam indo para seu mundo.

Sala 4 (legendado)
15/9/2022 - Quinta-feira: 15h00
16/9/2022 - Sexta-feira: 15h00
17/9/2022 - Sábado: 15h00
18/9/2022 - Domingo: 15h00
19/9/2022 - Segunda-feira: 15h00
20/9/2022 - Terça-feira: 15h00
21/9/2022 - Quarta-feira: 15h00

"Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" - Trailer


"A Luta de Uma Vida" ("The Survivor")
Classificação: 14 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: Barry Levinson. Duração: 2h9. Elenco: Ben Foster, Billy Magnussen, Vicky Krieps e outros. Sinopse: durante a Segunda Guerra Mundial, Harry Haft foi um boxeador que lutou contra outros prisioneiros nos campos de concentração para sobreviver. Assombrado por memórias e culpa, ele tenta usar lutas de alto nível contra lendas do boxe como Rocky Marciano como uma maneira de reencontrar o primeiro amor.

Sala 1 (legendado)
15/9/2022 - Quinta-feira: 18h10
16/9/2022 - Sexta-feira: 18h10
17/9/2022 - Sábado: 18h10
18/9/2022 - Domingo: 18h10
19/9/2022 - Segunda-feira: 18h10
20/9/2022 - Terça-feira: 18h10
21/9/2022 - Quarta-feira: 18h10

"A Luta de Uma Vida" - Trailer legendado




Gênero: ficção científica. Classificação: 14 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Distribuição: Universal Pictures. Direção e roteiro: Jordan Peele. Duração: 2h10. Elenco: Daniel Kaluuya, Keke Palmer, Steven Yeun, Michael Wincott, Wrenn Schmidt, Keith David, Donna Mills, Barbie Ferreira, Ryder Muybridge, Devon Graye, Osgood Perkins (II), Terry Notary e Jennifer Lafleur. Sinopse: uma dupla de irmãos possui um rancho de cavalos e são vizinhos de um parque de diversões de uma série de televisão do personagem interpretado por Steven Yeun, inspirada no velho oeste. Os dois então são testemunhas de eventos bizarros e discos voadores.

Sala 1 (legendado) 
15/9/2022 - Quinta-feira: 20h50
16/9/2022 - Sexta-feira: 20h50
17/9/2022 - Sábado: 20h50
18/9/2022 - Domingo: 20h50
19/9/2022 - Segunda-feira: 20h50
20/9/2022 - Terça-feira: 20h50
21/9/2022 - Quarta-feira: 20h50

"Não! Não Olhe!" - Trailer dublado


"O Lendário Cão Guerreiro" ("Paws of Fury: The Legend of Hank") .: Crítica: "O Lendário Cão Guerreiro" ensina a superar as diferenças .:
Gênero: animação. Classificação indicativa: livre. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Distribuição: Paramount Pictures. Direção: Mark Koetsier, Rob Minkoff e Chris Bailey. Roteiro: Ed Stone e Nate HopperDuração: 1h37Sinopse: Um cachorro desajeitado sonha um dia em ser um autêntico e legítimo samurai.

Sala 4 (dublado)
17/9/2022 - Sábado: 14h25
18/9/2022 - Domingo: 14h25


"Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz"
Classificação: 
14 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: português. Direção: Gustavo Fernández. Duração: 1h48. Elenco: Danton Mello, Juliana Paes e Marcos Caruso. Sinopse: por meio do espírito do Dr. Fritz, médico alemão falecido durante a Primeira Guerra Mundial, José Arigó se tornou uma esperança de cura para milhões de pessoas ao redor do mundo. Ele foi alvo de críticas por parte dos mais céticos, mas com o apoio de sua esposa, conseguiu salvar inúmeras vidas por intermédio da cirurgia espiritual.

Sala 2
15/9/2022 - Quinta-feira: 18h20
16/9/2022 - Sexta-feira: 18h20
17/9/2022 - Sábado: 18h20
18/9/2022 - Domingo: 18h20
19/9/2022 - Segunda-feira: 18h20
20/9/2022 - Terça-feira: 18h20
21/9/2022 - Quarta-feira: 18h20

"Predestinado" - Trailer


"Um Lugar Bem Longe Daqui" ("Where The Crawdads Sing")  .: Crítica: "Um Lugar Bem Longe Daqui" é intenso e cativante .:
Classificação: 14 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Direção: Olivia Newman. Duração: 2h06. Elenco: Daisy Edgar-Jones, Taylor John Smith e Harris Dickinson. Sinopse: Kya é uma garota abandonada, que teve que se criar sozinha no brejo da Carolina do Norte. Por anos, rumores da "Menina do Brejo" assombraram Barkley Cove, isolando a afiada e inteligente Kya de sua comunidade. Atraída por dois jovens na cidade, Kya se abre para um mundo novo e estimulante, mas quando um deles é encontrado morto, ela é imediatamente considerada a principal suspeita. Conforme o caso vai se desdobrando, a verdade sobre o que aconteceu se torna cada vez mais nebulosa, ameaçando revelar os muitos segredos que existem no brejo. .: Seis motivos impressionantes para ler "Um Lugar Bem Longe Daqui" .:

Sala 2 (legendado)
15/9/2022 - Quinta-feira: 15h40
16/9/2022 - Sexta-feira: 15h40
17/9/2022 - Sábado: 15h40
18/9/2022 - Domingo: 15h40
19/9/2022 - Segunda-feira: 15h40
20/9/2022 - Terça-feira: 15h40
21/9/2022 - Quarta-feira: 15h40

"Um Lugar Bem Longe Daqui" - Trailer

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

.: Travessia: conflitos da construtora Guerra e os caminhos para Portugal

Elenco, em conversa com jornalistas, conta sobre seus personagens, preparação e a expectativa para a estreia da próxima novela das nove na TV Globo. Chay Suede e Lucy Alves, Ari e Brisa Ari. Foto: Globo/Divulgação


Uma traição muda o destino de Guerra (Humberto Martins) e Moretti (Rodrigo Lombardi) em "Travessia", próxima novela das nove, que estreia no dia 10 de outubro, na TV Globo. Os dois eram grandes amigos, além de sócios, mas cortaram relações quando Guerra descobriu que Moretti se envolveu com Débora (Grazi Massafera), mulher com quem pretendia se casar e por quem estava completamente apaixonado. Depois da briga e de todos os conflitos que dela decorrem, Moretti muda-se para Portugal e os dois nunca mais se falam. 

No Brasil, Guerra segue a vida levando dessa história apenas a construtora, que quer fazer chegar ao posto de principal empresa no ramo da construção civil – pretexto para provar que não precisa do ex-sócio para ter sucesso – e a filha Chiara (Jade Picon), que registrou como sua, mas na verdade tem Moretti como pai biológico. A jovem é a única faísca de amor depois de tanta decepção vivida por Guerra, por isso ele prefere manter o segredo sobre a paternidade do que perdê-la. “Eu sempre fui um cara que quis ser pai, ter uma família. Me casei aos 24 anos com essa intenção. Sempre adorei crianças e jovens, é muito simples e fácil para mim me relacionar com eles, então foi tranquilo construir essa relação com a Jade durante as preparações. Eu passei a amá-la como filha”, entrega Humberto Martins.  

Chiara é o primeiro papel de Jade Picon na televisão como atriz. A personagem é uma jovem mimada, que não aceita os nãos que a vida possa vir a lhe dar. Jade detalha as características que mais diferem sua personalidade e a da filha de Guerra: “Eu ainda estou descobrindo tudo o que eu e Chiara temos de semelhanças e diferenças. Mas, sim, temos algumas coisas em comum: somos duas garotas jovens e ligadas nas tendências. Uma coisa que estou aprendendo com a Chiara, e que eu admiro nela, é o fato de ser decidida. Ela dá a cara a tapa, acho muito bonito. Pode dar certo ou errado, mas ela faz sem medo. Essa é uma característica que eu não tenho muito”

Outra peça importante na trama da construtora Guerra é Talita (Dandara Mariana), que entra na empresa como assessora de Marketing. É a personagem quem abre as portas do local para Ari (Chay Suede), sem saber de seu interesse para reunir provas contra seu novo chefe. Ela é namorada de Gil (Rafael Losso), que acolhe o maranhense quando ele chega ao Rio de Janeiro. “A Talita é uma mulher superantenada nas tendências, e ela está ali na empresa com a proposta de fazer o projeto do Guerra acontecer no metaverso. Eu estou aprendendo muito com ela. Tem sido muito desafiador. Tenho consumido muitos filmes e podcasts que abordam esses temas para me aprofundar no assunto”, antecipa Dandara Mariana. Já Rafael Losso descreve suas impressões da novela e conta o que o público pode esperar: “O que já chama a atenção é a junção de Gloria e Mauro, dois vencedores do Emmy. E o público também vai ver personagens muito interessantes e bem desenvolvidos. Fazer o Gil, para mim, está sendo um encontro muito importante pelas trocas tanto com Chay Suede quanto com a Dandara Mariana”, diz. 

Também trabalham na construtora Cidália (Cássia Kis) e Lídia (Bel Kutner). Cidália é o braço direito de Guerra e a pessoa que melhor o conhece. “A Cidália tem uma participação gigante na história dessa construtora. Ela participou da fundação da empresa ao lado do pai do Guerra, conhece tudo como a palma da mão. A preocupação dela é de proteger o patrimônio dessa empresa”, conta Cássia Kis. Já Lídia é a secretária de Guerra. Uma profissional que não mede esforços para manter tudo em ordem por ali. “A Lídia é a voz do povo, que tudo sabe e vê. Mas ela não é tão ambiciosa, está mais preocupada com a vida pessoal dela. É o termômetro daquele ambiente, acompanha uma trama superimportante da novela”, entrega Bel Kutner. 

A autora Gloria Perez destaca, ainda, mais algumas nuances da trama da construtora, que poderão ser percebidas pelo público ao longo dos capítulos. “Estou trabalhando no conflito de opiniões; esse é jogo da novela. Ao mostrar as pessoas muito humanas, você mostra as contradições delas. A minha ideia é mostrar como as relações se reconfiguram a partir do avanço das tecnologias. O que me chamou muito a atenção nessa tendência foi o metaverso. Essa nova maneira de perceber a realidade me interessa muito”, revela. 

Chay Suede, Lucy Alves e Romulo Estrela estão em "Travessia" — Foto: Globo/Fábio Rocha


As (re)construções de laços em Portugal 

Na vida nova em Portugal, Moretti está prestes a se casar com Guida (Alessandra Negrini), irmã de Leonor (Vanessa Giacomo) – justo a namorada a quem ele abandonou sem dar explicações quando toda a confusão da traição com Débora veio à tona. A ocasião do casamento é, por isso, uma enorme tribulação para as irmãs. Enquanto Guida imagina que o caso de Leonor e Moretti é página virada para a irmã, a caçula fica profundamente abalada ao descobrir, já em Portugal, na ocasião da cerimônia, que o noivo de Guida é Moretti. “O interessante é ver que essas irmãs são unidas. Elas são órfãs, cuidaram uma da outra na infância. É uma coisa meio Nelson Rodrigues, elas se amam e se odeiam. Não tem muito filtro, é legal de ver”, explica Alessandra. Já a intérprete de Leonor defende as intenções de sua personagem: “Eu não enxergo como uma vilania. A princípio não tem esse triângulo entre Guida, Moretti e Leonor. Tem um conflito que as irmãs vão viver e que, obviamente, cria uma situação. Mas não tem uma disputa”

Noemia Costa dá vida à Inácia, funcionária da casa do casal Guida e Moretti e a responsável por fazer os mimos de Rudá (Guilherme Cabral), filho de Guida. A experiente atriz portuguesa faz seu primeiro papel na TV brasileira e descreve como tem sido este trabalho. “Eu fui convidada pelo Mauro Mendonça Filho e eu tinha quatro projetos à frente, mas preferi trabalhar nesse. Não só pelo intercâmbio, mas pela experiência. Pela minha idade, sou sempre escolhida para fazer papeis de comédia e eu quis experimentar essa nova oportunidade. É um prazer estar aqui e dar vida à Inácia”, celebra a atriz. 

"Travessia" é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi; e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. 

.: Travessia: Guida, Leonor e as surpresas da vida em Portugal

Rudá e Guida em "Travessia". Foto: Globo


As irmãs Guida (Alessandra Negrini) e Leonor (Vanessa Giacomo) cresceram unidas como unha e carne, ainda que tenham personalidades bem diferentes. Guida é uma mulher vibrante e espontânea. Sempre foi a mais sociável das duas e passou a adolescência engatando e desengatando namoros. Não foi diferente com os casamentos e, no último deles, teve o filho Rudá (Guilherme Cabral). Leonor sempre admirou a irmã mais velha, quando pequena queria ser como ela. Mas seu caminho esteve ligado aos estudos no exterior, onde emendou cursos e especializações. As duas são primas da delegada Helô (Giovanna Antonelli).

Quando começa a história de "Travessia", próxima novela das nove da TV Globo, Guida está morando em Portugal e de casamento marcado com Moretti (Rodrigo Lombardi). Eles se reencontraram há pouco tempo, mas são velhos conhecidos: anos atrás, o empresário foi namorado de Leonor. Ela, por sua vez, está a caminho do país especialmente para participar da cerimônia, depois de uma temporada no Canadá. Mas o reencontro das irmãs não é tão especial quanto elas esperam. De personalidade brincalhona, Guida faz suspense sobre quem é seu noivo. Ela não faz de propósito. É uma mulher bem-humorada e, até então, tinha certeza de que Moretti era página virada na vida da irmã. Quando Leonor descobre quem é o noivo, um mar de ressentimentos vem à tona. Mágoas antigas e profundas que nunca haviam sido verbalizadas aparecem, e a relação das duas, que parecia ser sólida e de cumplicidade, fica muito fragilizada. 

O choque é muito maior do que Leonor pode suportar, e ela não vê outra saída senão ir para o Brasil imediatamente, antes que possa testemunhar o enlace. A tarefa não é tão fácil, já que ela estava morando fora e não tem estrutura alguma no país. Sua expectativa é encontrar algum abrigo, ainda que temporário, na casa de sua Tia Cotinha (Ana Lucia Torre). Já Rudá não encara tão bem a situação de se ver sozinho com Guida em Portugal. Tia e sobrinho têm um relacionamento excelente. Com a mãe, é o contrário: o filho tem pouco diálogo e quase nenhuma intimidade. A relação entre eles fica ainda mais superficial após o casamento, já que Rudá e Moretti têm personalidades muito distintas. 

Em terras Lusitanas, o jovem passa seu tempo ligado à internet e suas novas descobertas, e tem como principal companhia Dona Inácia (Noemia Costa), funcionária da casa de Moretti. O passatempo da vez para Rudá é manipular a ferramenta de deep fake, que possibilita trocar rostos e vozes em vídeos realistas. Em sua última montagem, feita em uma roda de amigos, ele experimentou substituir o rosto de uma criminosa identificada como sequestradora de crianças pelo de outra mulher, escolhida aleatoriamente. A troca ficou tão bem feita que o grupo decidiu compartilhar o resultado nas redes sociais. O que nem ele nem os amigos imaginam é que enquanto isso, no Brasil, a tal mulher que inseriram no vídeo é Brisa (Lucy Alves), que passa a enfrentar sérios problemas sendo acusada de um crime que não cometeu.

"Travessia" é criada e escrita por Gloria Perez, com direção artística de Mauro Mendonça Filho, direção de Walter Carvalho, Andre Barros, Mariana Richard e Caio Campos. A produção é de Claudio Dager e Tatiana Poggi; e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.  

  

.: "Abracadabra 2" estreia dia 30. Relembre o primeiro filme!

Com estreia em 30 de setembro exclusivamente na plataforma, a sequência traz novamente Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy interpretando as icônicas irmãs Sanderson


“Abracadabra” estreou em 1993 e é um considerado um clássico do Halloween. A história se passa em Salem, Massachusetts, onde o adolescente Max Dennison explora uma casa abandonada com sua irmã Dani e sua nova amiga Allison. Depois de não acreditar em uma história que Allison conta, Max acidentalmente liberta um grupo de bruxas más que moravam na casa. Agora, com a ajuda de um gato mágico, as crianças devem roubar o livro de magias das bruxas para impedi-las de se tornarem imortais.

A primeira produção, disponível exclusivamente no Disney+, conta com grandes nomes no elenco como: Sarah Jessica Parker interpretando Sarah Sanderson, Bette Midler interpretando Winifred Sanderson, Kathy Najimy como Mary Sanderson, Thora Birch como Dani Dennison, Omri Katz como Max Dennison, Vinessa Shaw interpretando Alison, entre outros. Além disso, “Abracadabra” trouxe um enredo, produção e personagens icônicos lembrados e aclamados pelo público até a atualidade, incluindo a interpretação da canção "I Put Spell On You" pelas atrizes protagonistas. A música tornou-se um marco para qualquer celebração de Dia das Bruxas. 


As irmãs Sanderson em cena de “Abracadabra 2”


Agora, as irmãs Sanderson estão de volta em “Abracadabra 2” que estreia em 30 de setembro exclusivamente no Disney+. Já se passaram 29 anos desde que alguém acendeu a Vela da Chama Negra e ressuscitou as irmãs do século XVII, e elas estão em busca de vingança. Agora, cabe à três adolescentes – Izzy (Belissa Escobedo), Becca (Whitney Peak) e Cassie (Lilia Buckingham) - impedirem que as vorazes bruxas despertem um novo tipo de caos em Salem antes do amanhecer da véspera do Dia de Todos os Santos.

As personagens Izzy, Becca e Cassie em cena de “Abracadabra 2”


A sequência reúne novamente as atrizes Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy interpretando as irmãs Sanderson. “Abracadabra 2” também é estrelado por Sam Richardson (A Guerra do Amanhã), Doug Jones (A Forma da Água), Hannah Waddingham (Ted Lasso), Whitney Peak (Gossip Girl), Belissa Escobedo (American Horror Stories), Lilia Buckingham (Dirt), Froyan Gutierrez (Teen Wolf) e Tony Hale (Veep).

O filme é dirigido por Anne Fletcher (Dumplin’, A Proposta) e produzido por Lynn Harris (King Richard: Criando Campeãs, Águas Rasas), com Ralph Winter (Abracadabra, franquia X-Men), David Kirschner (Abracadabra, Chucky) e Adam Shankman (Desencantada, Hairspray – Em Busca da Fama) atuando como produtores executivos. 

“Abracadabra 2” estreia em 30 de setembro exclusivamente no Disney+.

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Trailer


.: 11 Selvagens tem temporada pré-eleição, no Teatro Pequeno Ato

Espetáculo com grande repercussão de crítica e público está em cartaz no Pequeno Ato. Foto: Victor Otsuka


Criada no intenso ano de 2016 quando as manifestações tomavam as ruas, a falta de escuta, o discurso de ódio e os riscos da polarização política ganhavam força, o espetáculo 11 Selvagens está em cartaz no Teatro Pequeno Ato. Sessões às sextas e sábados, às 21h, 1º de outubro.

A montagem imersiva de Pedro Granato, coloca atores e público lado-a-lado em cenas que explodem em impulsos de violência. Desde que estreou em 2017, o Brasil vem aumentando a temperatura e a violência de seus embates. Nas últimas temporadas, a peça e os debates que se seguiam após a apresentação, serviram de válvula de escape para as enormes tensões políticas dos últimos anos. Agora, a montagem retorna em um ambiente mais hostil estimulado pelas campanhas eleitorais.

Sobre a importância de fazer o espetáculo em pleno período eleitoral Pedro Granato comenta: “A peça fala muito da intensa e violenta polarização, do crescimento do extremismo, da violência corroendo nossas relações e de como esse momento de ascensão autoritária no Brasil foi tomando conta da sociedade. Nossas temporadas foram muito marcantes, pois foram em períodos de intenso debate político. A peça ficou praticamente um ano em cartaz em 2017 e então passamos pelo Teatro de Arena na época da prisão do Lula, fizemos uma temporada entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais em 2018, circulamos pelo interior do estado em pleno país polarizado. Tivemos sempre uma resposta muito forte do público, que é atravessado pelo momento histórico. É muito simbólico estar em cartaz antes do segundo turno das eleições presidenciais. Nossa última temporada foi interrompida pela pandemia e vai ser nossa volta ao Pequeno Ato agora que todos estão mais seguros.”

Da violência à sensualidade, do absurdo ao trivial, são onze quadros interligados como uma camada de sociabilidade que pode rapidamente ser rompida em nossos dias. As cenas se desenrolam como se a plateia estivesse na mesma situação dos atores. Algumas geram reações, em outras o espectador é cúmplice e voyer. Cada quadro é levado ao paroxismo e quando parece não haver mais para onde ir, a música toma o ambiente e os atores extravasam em coreografias.

O trabalho é hiper-realista, com o público imerso, como em um close detalhado de cada cena. Sua estrutura fragmentada com quebras musicais é inspirada nos quadros brechtianos em que cada um faz sentido isolado, mas sua conexão permite diferentes interpretações. A quebra musical dá agilidade à narrativa e permite uma explosão estética para além da verossimilhança. Histórias em que a plateia se identifica, músicas contemporâneas, tudo está equalizado para dialogar profundamente com a geração atual.

O espetáculo foi vencedor do Edital Proac Circulação 2019, considerado Melhor Espetáculo do Ano de 2017 pelo crítico Bruno Cavalcanti, do Observatório do Teatro; recebeu 4 estrelas, figurando entre os 10 Melhores de 2017 por Dirceu Alves Jr, na Veja São Paulo e teve sua dramaturgia publicada em 2019 pela Editora Giostri. Pedro Granato foi indicado ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2017 pelo texto original.

Foto: Victor Otsuka


Rompendo fronteiras

O diretor Pedro Granato e o Pequeno Ato investigam o teatro imersivo e a formação de novos públicos desde 2014 quando estreou o espetáculo Fortes Batidas - Prêmio APCA de Melhor Espetáculo em Espaço não Convencional, Prêmio Especial por Experimentação de Linguagem no Prêmio São Paulo e Prêmio Zé Renato para circulação. Com 11 Selvagens, figurou nas listas de melhores espetáculos do ano de 2017.

Em 2019, em absoluta sintonia com o momento político do país, o Núcleo estreou Distopia Brasil, indicado ao Prêmio Aplauso Brasil nas categorias Melhor Arquitetura Cênica e Melhor Figurino. Foi contemplado pelo Prêmio Cleyde Yaconis realizando 20 apresentações em espaços públicos de são Paulo, tendo os ingressos esgotados em menos de 5 minutos, e 8 apresentações em CEUs.

Em 2021, inovou ao colocar o espectador em cena virtualmente assumindo o papel de investigador de um crime e conduzindo o desfecho da trama em Caso Cabaré Privê - vencedor do prêmio APCA na categoria jovem e Prêmio WeDo! nas categorias Performance, Direção, Júri Popular e Interatividade. Em 2022, o público conduzia os personagens como avatares em Descontrole Público.

Sinopse: 11 Selvagens reúne onze situações onde as pessoas perdem o controle. Da violência à sensualidade, do absurdo ao trivial, são cenas do cotidiano que explodem em impulsos descontrolados. Como uma camada de sociabilidade pode rapidamente ser rompida em nossos dias? 


Ficha técnica:

Direção e Dramaturgia: Pedro Granato. Elenco: Anna Galli, Beatriz Silveira, Bianca Lopresti, Bruno Lourenço, Fhelipe Chrisostomo, Felipe Aidar, Gabriel Gualtieri, Helena Fraga, Isabella Melo, Jonatan Justolin, Laura La Padula, Mariana Beda, Mau Machado, Rafael Carvalho e Thiago Albanese. Iluminação e assistência de direção: Gabriel Tavares. Coreografia: Inês Bushatsky. Técnico de Luz: Ariel Rodrigues. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção: Contorno Produções. Direção de produção: Jessica Rodrigues. Produção Executiva: Carolina Henriques. Realização: Pequeno Ato.


Serviço:

11 Selvagens

De 9 de setembro a 1º de outubro - sextas e sábados, às 21h.

Ingressos: R$40 e R$20.

Link para vendas sympla.com.br/produtor/contornoproducoes

Duração: 70 minutos.

Capacidade: 40 lugares.

Classificação indicativa: 16 anos.

Endereço: Pequeno Ato – Rua Doutor Teodoro Baima, 78 – Vila Buarque

Telefone: 11 99642-8350.

Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. Aceita cartões. Não tem acessibilidade. Estacionamento vizinho.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

.: "O Brasil (Não) É Uma Piada": André Marinho conta segredos de Bolsonaro


Livro revela histórias inéditas sobre a campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2018 com a credibilidade de quem presenciou os fatos


Em seu primeiro e audacioso livro, André Marinho mostra um lado nunca antes revelado de Jair Bolsonaro, e de figuras influentes do seu entorno ao expor um período dos bastidores da escalada do então candidato rumo ao Planalto. "O Brasil (Não) É Uma Piada", que chega às livrarias pela Intrínseca em setembro, apresenta episódios inéditos sobre a campanha de 2018, com riqueza de detalhes e tiradas bem-humoradas.

O autor viveu momentos históricos - muitas vezes infames - ao sediar, em sua própria casa, no Rio de Janeiro, o QG da campanha do então candidato por um ano, com uma maior frequência durante o segundo turno. Relatos autobiográficos se misturam às disputas de poder em meio a passagens inusitadas. Presenciou a escolha de ministros, uma briga impublicável de Bolsonaro com o vice-presidente Hamilton Mourão, a criação do dito “13° salário do Bolsa Família”, entre outras muitas passagens importantes até o rompimento.

Um dos feitos do autor durante o tempo em que esteve próximo ao clã, foi dar a notícia da facada sofrida por Bolsonaro à sua esposa, Michele. Ele descreve a reação: “Em seguida, numa cena que beirava o surrealismo, Michelle pegou nas minhas mãos, fechou os olhos e pediu que eu imitasse seu marido. Constrangido, imitando a língua presa de Bolsonaro, falei: ‘Vai ficar tudo bem, Mi! Agora é confiar em Deus’. Ela respirou mais aliviada e, por mais inusitado que tenha sido aquele momento, foi uma experiência forte para ambos".

Vale ressaltar que Marinho ficou famoso por suas imitações de grandes personalidades do meio político brasileiro e internacional. Integrou o time de apresentadores do Programa Pânico da Jovem Pan, um dos maiores redutos da direita no país. Esta experiência ganha um capítulo no livro, que também revela a formação humorística do autor.

Além de falar sobre o processo de criação dos personagens que imita, André Marinho revisita à época em que estudou nos Estados Unidos, e que presenciou as ruas ardendo em revolta social, culminando na tempestade “Donald Trump”. A partir de diversas experiências singulares que viveu, André Marinho analisa o Brasil e o mundo ao explorar temas relevantes, como fanatismo, liberdade de expressão, identitarismo, cultura do cancelamento, o limite do humor e a gamificação da política. Você pode comprar o livro "O Brasil (Não) É Uma Piada", escrito por André Marinho, neste link.


Sobre o autor
André Marinho
é apresentador, comunicador e comentarista, famoso por suas talentosas imitações de grandes personalidades brasileiras e internacionais. Humorista versado em Ciências Políticas, leva a sério as piadas que faz e, principalmente, a liberdade de fazê-las.

.: Crônica: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" no Cineflix Cinemas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022

Assisti mais uma vez "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa". Delas, duas foram em 2021, primeiro legendado, na estreia, e dias depois dublado. Nesse ano de 2022, com a versão estendida limitada, voltei ao Cineflix Cinemas pela terceira vez, em 7 de setembro, para assistir a produção legendada com mais minutos e, dia 13 foi a vez de rever tudo dublado. Não há dúvida de que eu amo o melhor amigo da vizinhança de todos os tempos.

Tal predileção ganhou força quando eu ainda era uma adolescente e uma foquinha -estudante de jornalismo. Assisti, na primeira fila, a do gargarejo, com o meu namorado -hoje marido-, o ator Tobey Maguire interpretar um nerd zoado na escola que, após ser picado por uma super aranha, passava a lançar teias do pulso e pular de prédios em prédios enquanto combatia os vilões maquiavélicos. 

Era 2002 e saímos da sala de cinema arrebatados. Até então, tudo o que se tinha de filmes de heróis com qualidade era reduzido aos vários filmes do "Batman" ou o primeiro filme dos "X-Men". Tanto é que no ano seguinte saiu "Hulk" -que temos duplicata em DVD- e, apesar dos pesares, amamos assistir nos cinemas também.

Mas o assunto aqui é o cabeça de teia, não o verdão. E surge a questão maior: como não se encantar com aquele herói juvenil sendo também adolescente?! O trunfo maior de "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" (2021) está justamente em reforçar o lado jovem do Peter Parker de Tom Holland. Ainda que tenha lutado com "Os Vingadores", não sabe como agir diante de uma negativa ou por somente querer fazer o bem a todos, apesar de ter a insegurança caminhando lado a lado, o que é típico de todo adolescente. Além disso o longa coloca na telona mais uma vez aquele que representou esse adolescente tão bem lá em 2002.

Ver o Peter de Tom Holland diante de Tobey Maguire, é como uma espécie de espelhamento, mas reformulado para a atualidade. Brincadeira insana que bagunça, fatalmente, as emoções daqueles jovens que hoje estão mais velhinhos e quarentões hoje. E, claro, a entrada de Tobey arrepia e faz escapar lágrimas. Por mais que se lute ardorosamente, é inevitável! Quem curtiu aquele aranha, automaticante volta no tempo e reflete sobre como era e como se está hoje em dia. 

É algo como quando se vê a Xuxa agora, sendo que se cresceu com ela. Neste caso, é você ver alguém que virou adulto junto com você. Ok. O Tobey não era assim tão jovenzinho, mas a mudança física -ele está para virar um cinquentão- é nítida no novo filme em que a equipe de edição, parece ter dado o melhor para preparar o chororô do público. O drama é iniciado com Peter perdendo a tia May. Sim! Tom Holland dá um show nessa cena que cutuca as vias lacrimais. 

Na sequência, acontece a entrada dos outros "Peters" com o fator surpresa. Primeiro surge Andrew Garfield, com o uniforme e depois, entra Tobey sem o traje e com roupas comuns, sendo chamado até de "pastor". De toda forma, mesmo descaracterizado, provoca um turbilhão de emoções! Segurar o choro é impossível. Chorei nas quatro vezes em que assisti.

Afinal, como se não bastasse ter três miranhas atuando juntos na telona, ainda voltam os vilões deles, menos o Venom de Topher Grace. E, mais uma vez é o vilão de Willem Dafoe, o Duende Verde quem taca fogo no parquinho, respingado coisa muito séria para o teioso de Tom Holland. Em resumo: este filme é mais um que me prenderá do início ao fim e sempre que for exibido na televisão, farei questão de rever. 

O drama do excesso de hate, de parte da população, para quem luta pelo bem e a exaltação desmedida pelo vilão Mysterio, que fez o diabo com o teioso no longa anterior "Homem-Aranha Longe de Casa", lança a provocação a respeito do que vivemos hoje em dia: a deturpação dos fatos e lobos em peles de cordeiros, além de certos veículos de comunicação espalhando fake news. Foi nessa quarta sessão do longa que a frase "toda gentileza tem seu preço", dita pelo doutor Norman me fez pensar a respeito. Será?! 

.: Crítica: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" versão estendida é melhor

.: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" é filmaço de memória afetiva

* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

.: Pantanal: Zefa tenta salvar José Leôncio da morte e acaba demitida

Foto: Globo/Divulgação

Não dura nada o retorno de Zefa (Paula Barbosa) à fazenda de Tenório (Murilo Benício). Após ser importunada por Renato (Gabriel Santana) e ainda receber uma cantada de Solano (Rafa Sieg), ela ouve os dois conversando e descobre o plano de matar José Leôncio (Marcos Palmeira). Apavorada, ela dá uma desculpa qualquer à Zuleica (Aline Borges) e foge rumo à fazenda vizinha.

Lá chegando, não pensa duas vezes: conta tudo que ouviu ao antigo patrão, que fica incrédulo. José Leôncio considera e resolve conversar com Maria Bruaca (Isabel Teixeira) para saber se seu ex-marido seria realmente capaz de uma atitude como essa e a afirmativa de Maria o surpreende. Ainda assim, ele prefere não tomar nenhuma atitude precipitada, pois entende que não há provas sobre a intenção do grileiro.

Quem não tem a mesma quietude do fazendeiro é Alcides (Juliano Cazarré), que age por conta própria diante da serenidade do patrão. Ele e Zaquieu (Silvero Pereira) abordam Solano na calada da noite. Embora surpreso, o matador está preparado, pois quando Tenório soube que Zefa tinha levado todas as suas coisas, com uma pulga atrás da orelha pediu a Solano que escondesse sua arma. Portanto, antes de leva-lo dali, os peões reviraram todo seu quarto e não encontraram nada. 

José Leôncio fica abismado ao saber da atitude de seus peões, que passaram a noite interrogando Solano sem conseguir tirar nada dele. O fazendeiro não aprova o que fizeram e por isso recebe Tenório e Renato em sua casa para que possam esclarecer toda a confusão que se armou. E aí é que as coisas perdem o rumo mesmo. Ardilosamente, Renato diz que Zefa está inventando essa história, assim como falou mal de Tadeu para eles e disse que José Leôncio dava em cima dela. 

O pai de Jove (Jesuíta Barbosa) fica estarrecido e pede que Zefa junte suas coisas para ir embora dali. O que ele não espera é que Tadeu (José Loreto) fique ao lado da namorada e diga que se ela for, ele vai também. As cenas estão previstas para irem ao ar a partir desta quinta-feira, 15 de setembro.

"Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard, Cristiano Marques e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

.: #ResenhandoTeatro em SP: agenda de 14 a 21 de setembro

Cena de "Bibi, Uma Vida em Musical com os atores Carlos Arruza e Amanda Acosta. "Foto: Clarissa Ribeiro

Por Helder Moraes Miranda e Mary Ellen Farias dos Santos, editores do Resenhando



Condomínio Visniec

Inspirada em seis monólogos do dramaturgo romeno Matéi Visniec. Os personagens, de contornos surrealistas, são criados na encenação pela figura de uma escritora que escreve compulsivamente. 

Local: Teatro Aliança Francesa - Rua General Jardim, 182, Vila Buarque | Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h | Classificação etária indicativa: 12 anos Duração: 55 minutos | Ingressos: R$ 20 a R$ 50 | Até 25 de setembro | Leia + "Condomínio Visniec" reestreia no Teatro Aliança Francesa


Uma Loira na Lua

Inspirada numa montagem de sucesso, estrelada pela própria Alexandra Richter, o espetáculo nasceu como fruto do jeito bem-humorado que o brasileiro tem de narrar os acontecimentos improváveis de uma realidade que, por vezes, supera a ficção.

Local: Teatro Opus Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569, Consolação - São Paulo | Sextas e sábados, às 20h. Domingos, à 19h | Classificação etária indicativa: 14 anos | Duração: 60 minutos | Ingressos: R$ 25 a R$ 90 | Até 25 de setembro | Leia + Alexandra Richter estreia "Uma Loira na Lua" no Teatro Frei Caneca


Bom Dia Sem Companhia

Com formato inédito, espetáculo problematiza o incentivo que as crianças recebem para que se tornem criadoras de conteúdo, além de temas como ansiedade, solidão e síndrome do impostor. 

Local: Teatro Vivo - Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460, Vila Cordeiro | Às quartas e quintas, às 20h | Classificação etária indicativa: 12 anos | Duração: 70 minutos | Ingressos: R$ 35 a R$ 70 | Até 29 de setembro | Leia + "Bom Dia Sem Companhia": comédia musical está em cartaz no Teatro Vivo


Embalos de Sábado à Noite - O Musical

O espetáculo inicia nos tempos atuais, quando o narrador, um jovem apaixonado e conhecedor da era mais dançante e marcante já existente, conduz de forma descontraída a plateia a uma inesquecível viagem no tempo. Com muita música e dança, os cantores e dançarinos contagiam a plateia com o espírito da era Disco, trazendo sucessos icônicos dos maiores cantores e grupos da época.

Local: Teatro Procópio Ferreira - Rua Augusta, 2823, São Paulo - São Paulo | Quintas, às 21h | Classificação etária indicativa: 12 anos | Duração: 80 minutos | Ingressos: R$ 50 a R$ 150 | Até 29 de setembro | Leia + Musical “Embalos de Sábado à Noite” em cartaz no Teatro Procópio Ferreira


Bibi, Uma Vida em Musical

Em "Bibi, Uma Vida em Musical", a história familiar, profissional e amorosa da artista se enredam. A formação em música, dança e línguas estrangeiras foi estimulada pela mãe Aida Izquierdo, bailarina espanhola. A estreia profissional no teatro, aos 19 anos, foi pela mão do pai, o ator Procópio Ferreira, em papel escrito por ele para a filha.

Local: Teatro Claro (Shopping Vila Olímpia) | Quinta-feira a sábado, às 20h30. Domingo, às 19h | Classificação etária indicativa: 10 anos | Duração: 165 minutos | Até 1 de outubro | Leia + "Bibi, Uma Vida em Musical" retorna para celebrar 100 anos de Bibi Ferreira


Meu Pequeno Universo

Inspirada na vida e nos livros do físico britânico Stephen Hawking, por meio de um universo em que convivem elementos químicos, física, astronomia, música ao vivo, performances, a montagem pretende conscientizar o espectador sobre a importância de se preservar nosso planeta, mostrando que pequenos atos podem gerar grandes resultados.

Local: Teatro Claro (Shopping Vila Olímpia) | Sábados e domingos, às 11h | Classificação etária indicativa: livre | Duração: 60 minutos  | Ingressos: R$ 40 (Inteira) e R$ 20 (Meia) | Até 3 de outubro | Leia + "Meu Pequeno Universo": espetáculo infantil homenageia Stephen Hawking


O Último Mafagafo

Uma fábula sobre recomeço e a busca pelos sonhos com inspirações no mundo do circo. 

Local: Teatro Morumbi Shopping - Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Jardim das Acacias | Sábados às 16h | Classificação: 10 anos | Duração: 90 minutos | Ingressos: R$ 70 (Inteira) e R$ 35 (Meia) | Até 8 de outubro |  Leia + "O Último Mafagafo": Duda Reis e Priscila Sol estreiam texto de Papp


Ensina-me a Viver

Solitário e atormentado, Harold (Arlindo Lopes) vive com uma mãe indiferente e autoritária (Susana Ribeiro), sem qualquer troca afetiva. Atormentado, tenta chamar atenção simulando tragicômicas tentativas de suicídio. 

Local: Teatro Porto - Alameda Barão de Piracicaba, 740 - Campos Elíseos | Sextas e sábados às 20h e domingos às 17h | Classificação: 12 anos | Duração: 110 minutos  | Ingressos: R$ 25 a R$ 100 | Até 9 de outubro | Leia +  Espetáculo "Ensina-me a Viver" estreia no Teatro Porto dia 19 de agosto


Bagagem

Espetáculo autobiográfico de improvisação, o ator Marcio Ballas apresenta uma visão bem-humorada e poética sobre as histórias de sua família e a Cultura Judaica na forma de pequenas crônicas, com os temas infância, melhor amigo, pai, mãe e férias.

Local: Teatro Eva Herz, Livraria Cultura do Conjunto Nacional – Avenida Paulista, 2073, Bela Vista. | Terças-feiras, às 20h | Classificação: 10 anos | Duração: 70 minutos  | Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30(meia-entrada) | Até 18 de outubro | Leia +  Comédia autobiográfica "Bagagem", de Marcio Ballas, reestreia


Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito

A aristocrática Dona Dulce Carmona entra numa guerra com a noiva do filho para manter a imagem da família. Além do amor materno, há outros amores permeando a peça: o amor do filho pela mãe, do homem pela mulher, da mulher pelo homem, e, até, pelos filhos que poderão vir. 

Local: Teatro Raul Cortez - Rua Dr. Plínio Barreto, 285 Bela Vista | Sexta e Sábado às 21h00, Domingo às 18h00 | Classificação etária indicativa: 12 anos | Duração: 80 minutos | Ingressos: R$ 70 a R$ 140 | Até 29 de outubro | Leia+ "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito" estreia em São Paulo


Ney Matogrosso - Homem com H

O espetáculo explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor sem seguir necessariamente uma ordem cronológica. A história começa em um show do Secos & Molhados, em plena ditadura militar, quando uma pessoa da plateia o xinga de “viado”. Essa cena se funde com momentos da infância e adolescência do artista. E, dessa forma, outros episódios vão se encadeando na cena.

Local: 033 Rooftop (cobertura do Teatro Santander), localizado no Complexo JK Iguatemi | Sextas-feiras às 20h30. Sábados às 15h30 e às 20h30. Domingo 15h30 e 20h. | Duração: 2 h (com 15 minutos de intervalo) | Ingressos: R$ 75 a R$ 250 | Até 30 de outubro | Leia + Musical "Ney Matogrosso - Homem com H" estreia em setembro


O Pior de Mim

Em cena, Maitê Proença revisita momentos marcantes de sua vida. Numa interlocução direta com a plateia, a atriz reflete sobre como sua conturbada história familiar repercutiu na vida profissional, os eventuais bloqueios desenvolvidos e tudo que precisou fazer para se libertar. Ela fala ainda da mulher de 60 anos no Brasil, de machismo, misoginia, dos preconceitos enfrentados. 

Local: Teatro Uol, Shopping Pátio Higienópolis, Piso Terraço - Avenida Higienópolis, 618  | Sextas-feiras, às 21h. Sábados, às 20h. | Duração: 60 m | Ingressos: sexta R$ 90 (setor A) e R$ 60 (setor B); sábado R$ 120 (setor A) e R$ 80 (setor B) | Até 27 de novembro | Maitê Proença estreia monólogo "O Pior de Mim" no Teatro Uol

De 3 de setembro a 2 de outubro, o espetáculo inspirado na vida e obra do físico britânico Stephen Hawking, "Meu Pequeno Universo", da Cia. Alvo, faz curta temporada no Teatro Alfa. Acessibilidade: Todos os domingos as apresentações contam com intérprete de libras, sendo que em dois deles também será disponibilizado audiodescrição. Foto: Rafael Canuto. 

.: Filme "Os Ossos da Saudade", de Marcos Pimentel, abre Cine BH


Lançando mão de uma narrativa fragmentada, que segue os imprecisos e pouco nítidos territórios da memória, “Os Ossos da Saudade”, de Marcos Pimentel, nos apresenta um panorama sobre singularidades e semelhanças culturais, afetivas e existenciais presentes em pessoas distintas que dividem  seus atos de recordar. O filme abre o Cine BH dia 20 de setembro, às 20 horas, no Cine Teatro Theatro Brasil Vallourec. A partir de 22 de setembro, o filme segue para circuito comercial de cinemas, e também, na plataforma de streaming Olhar Play. 

Existe uma tese linguística que defende que a palavra saudade - que define de maneira tão precisa o sentimento de falta - só existe na língua portuguesa porque, durante o período das navegações, os lusitanos eram grandes viajantes. Seres errantes que cruzavam os mares por meses, anos e, até mesmo, décadas, deixando para trás sua terra e sua gente.

“Os Ossos da Saudade” mergulha no interior de seus personagens em busca de recordações profundas. Histórias de infância, fragmentos sobre o passado, confissões cotidianas, relatos de viagem. Os cenários são muitos. O filme flutua por arqueologias pessoais e afetivas, flanando por memórias e lembranças de pessoas entregues a pensamentos que não se engessam em modelos estáticos e a olhares que não se fixam em cronologias lineares ou em cartografias precisas. 

É um filme sobre a ausência, narrado a partir das vivências de pessoas que experimentam sentimentos de falta e distância, espalhados por Brasil, Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde. Brasileiros e estrangeiros atravessados pela saudade, que, de alguma forma, carregam o Brasil em seus baús interiores.

O diretor  mineiro Marcos Pimentel, nos últimos 20 anos passou a maior parte do tempo viajando, trabalhando com cinema documentário e sendo obrigado a encontrar maneiras de sentir menos falta das pessoas e dos lugares distantes. Esse processo foi a matéria-prima para a realização de “Os Ossos da Saudade”. “Passei a conviver de forma contínua com o sentimento da saudade, que me levou a entender melhor também o que era essencial para minha constituição, o que eu dava conta de viver sem e o que não, o que eu poderia descartar e o que desejava levar comigo nos meus baús interiores para onde quer eu fosse”, diz ele. 

“Me dediquei a refletir mais sobre as muitas camadas contidas em cada objeto que guardamos e nos movimentos involuntários da memória, sob os quais não temos controle nenhum e que nos surpreendem de tempos em tempos evocando acontecimentos pretéritos e pessoas que eu não via há muito tempo. Desta forma, passei a me entender melhor como indivíduo, tendo maior noção dos conteúdos que habitavam meu mundo interior”, afirma Pimentel.

Daí, diz o cineasta, veio a vontade de fazer um filme que mostrasse pessoas espalhadas pelos países de língua portuguesa, que vivessem desta mesma forma, “Buscando caminhos e alternativas para sentir menos saudade de lugares e pessoas que, momentaneamente ou de forma definitiva, tinham ficado para trás e que elas insistiam em manter vivas, fortes e bem acesas em seus universos interiores”, explica o diretor. 

Com o desafio de percorrer muitos lugares com um orçamento reduzido, a equipe do documentário filmou em cinco países e, muitas vezes, em condições adversas como tempestades em um deserto de areia, mar revolto e cheio de vento no meio do Atlântico, duras escaladas de um vulcão inativo, importunação militar constante em Angola. Muitos obstáculos e um esforço físico demandado por uma equipe mínima que não mediu esforços para chegar a estes lugares e registrar toda a potência imagética deles em harmonia com as lembranças dos personagens que os habitam.

É um filme que se dedica a filmar corpos por espaços. Então, de acordo com o cineasta, era preciso encontrar no cotidiano dos personagens, paisagens que funcionassem como metáforas para tudo que eles sentiam. “E que tivessem a capacidade de evocar os sentimentos que eles tinham por lugares que estavam distantes, mas que se faziam presentes ali, naquelas paisagens próximas de suas realidades no momento em que foram registrados para o filme”, complementa Pimentel.

Trailer



terça-feira, 13 de setembro de 2022

.: “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” chega com exclusividade ao Disney Plus


No dia 28 de setembro estreia com exclusividade no Disney+ a nova série musical original brasileira “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”. Criada e dirigida por Miguel Falabella, a trama conta a história de um grupo de jovens adultos, de diferentes origens, que veem no anúncio de um teste de elenco para uma famosa companhia de teatro musical brasileira a chance de alcançar seus sonhos adormecidos e fazer uma carreira no teatro. Aprovados numa primeira triagem, os aspirantes à cantores-atores vivem, nos bastidores do mundo do teatro, um misto de sentimentos como deslumbramento, a descoberta de novos amores, traições, assombramentos do passado e o medo da rejeição, já que não sabem se serão contratados no final das audições. 



A trilha sonora minuciosamente escolhida de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” conta com músicas brasileiras que vão de clássicos ao rock, revisitando canções dos Festivais de MPB, Jovem Guarda e muitos outros. Confira abaixo quem são os artistas que compõe a playlist da série:


Pixinguinha

Foto: Divulgação


Um dos artistas lembrados e homenageados durante a série é Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha. Nascido em 1897, o carioca era um maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador que hoje é considerado um dos maiores nomes da história da música popular brasileira. Responsável por grandes clássicos como “Lamentos” e “Carinhoso”, a trajetória do músico foi determinante para dar forma ao que hoje conhecemos como “Choro”, gênero tradicional do Rio de Janeiro.


Lulu Santos

Foto: Guto Costa


Luiz Maurício Pragana dos Santos, mais conhecido como Lulu Santos, nasceu em 4 de maio de 1953, na cidade do Rio de Janeiro. O músico conta com mais de 20 discos gravados, além de já ter participado de filmes, programas de TV e apresentado reality shows. Outra curiosidade sobre Lulu Santos, é que antes de se tornar músico trabalhou como colunista em na revista Som Três, fazendo críticas sobre álbuns da época.


Raul Seixas

Foto: Memorial Raul Seixas


O baiano Raul Santos Seixas, nascido em 28 de junho de 1945, é outro grande nome que estará presente na trilha sonora de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”. Considerado um dos pioneiros do rock brasileiro, Raul Seixas, também conhecido carinhosamente como Maluco Beleza, fez muita gente dançar e se emocionar durante seus 26 anos de carreira e 17 discos lançados. Afinal, não poderia ficar de fora da série que homenageia a música brasileira, aquele que conseguiu unir o Rock e o Baião em canções marcantes e atemporais.


Legião Urbana


Foto: Ricardo Junqueira


Formada em 1982, Legião Urbana foi uma banda original de Brasília que marcou os ouvido e corações de muita gente durante sua rápida trajetória, até o falecimento de seu líder Renato Russo em 1996. Incluindo os solos de Renato, em 2010 a banda já havia vendido mais de 14 milhões de discos. No total, Legião Urbana conta com oito álbuns de estúdio, duas coletâneas oficiais e três álbuns ao vivo em DVD.


Rita Lee

Foto: Marco Senche


Nascida em 31 de dezembro de 1947, a paulistana Rita Lee Jones de Carvalho ficou conhecida – com muitos méritos – como a “Rainha do Rock Brasileiro”. Ao longo de sua sólida carreira, ela alcançou a marca de 55 milhões de discos vendidos. A música explorou vários estilos musicais passando do Rock ao Disco, da MPB à Bossa Nova, e até mesmo mergulhando de cabeça na psicodelia durante a Era do tropicalismo. Além disso, não podemos esquecer de sua participação na lendária banda “Os Mutantes” ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.


Chitãozinho e Xororó

Foto: Divulgação

Gênero marcante da cultura brasileira, o sertanejo não fica de fora da trilha sonora de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”. A dupla brasileira formada pelos irmãos José Lima Sobrinho e Durval de Lima, mais conhecidos como Chitãozinho e Xororó, teve origem em 1969 na cidade de Astorga, no Paraná, município onde a dupla nasceu.

Ao longo da carreira, a dupla vendeu mais de 37 milhões de álbuns e ganhou cinco prêmios Grammy Latino. No setlist dos irmãos estão sucessos como “Sinônimos”, “Evidências” e “Página de Amigos”.


Chico Buarque

Foto: Marco Senche

Outra lenda que terá suas músicas presentes na trilha da nova série original brasileiro do Disney+ é Francisco Buarque de Hollanda, o Chico Buarque. Nascido no Rio de Janeiro em 1944, o músico conta mais 80 discos lançados, entre solos e em parceria com outros artistas, e é considerado um dos maiores nomes da música nacional. Além disso, Chico também conta com uma sólida carreira literária, já tendo vencido três vezes o Prêmio Jabuti e homenageado, em 2019, com o Prêmio Camões, o principal troféu literário da língua portuguesa.


Leandro e Leonardo

Foto: Divulgação

Outros grandes nomes sertanejos que estão presentes na trilha sonora da série são o de Leandro e Leonardo. Formada por Emival Eterno Costa (Leonardo) e pelo saudoso Luís José Costa (Leandro), a dupla, original de Goiás, fez sucesso nos anos 90 com canções marcantes como “Temporal de Amor” e “É Por Você Que Canto”.


Jovem Guarda

Erasmo Carlos, Wanderléia e Roberto Carlos. Foto: Divulgação


Por fim, quando falamos em Jovem Guarda, não se trata de um artista ou banda específica, mas sim de um movimento que mergulhou de cabeça no rock internacional dos anos 60, que contava com nomes como Elvis Presley, Chucky Berry e The Beatles, e trouxe ao Brasil a versão verde e amarela do gênero. Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderleia são os grandes nomes que ficaram conhecidos por serem os representantes do movimento que será relembrado e homenageado durante os episódios de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”.


E tem mais!

Gostou da lista? Então prepare-se, pois “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” ainda reserva muitas surpresas e emoções, com mais nomes e canções que marcaram a música nacional. A produção é também uma homenagem a todos os artistas que mantêm acesa a chama da paixão pelo palco e pela cultura brasileira. ​


Teaser



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