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domingo, 24 de dezembro de 2023

.: Crítica: "Archivo 253" leva quarteto a hospício com atividades sobrenaturais

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


No mexicano "Archivo 253", a demolição de um hospício é o ponto inicial da trama focada no caso de quatro investigadores paranormais: Isabella (Anna Cetti), Diego (Michel Chauvet), Mateo (Mario Escalante) e Charly (Juan Luis Tovar). Em 2009, eles foram traídos pelos boatos de atividades sobrenaturais deste manicômio aberto em 1950 que agora está abandonado. Curiosos, decidem descobrir a verdade, mesmo sem autorização para adentrar o espaço de 34 mil metros. 

Equipados e com câmera em mãos, o quarteto invade o terreno do hospital psiquiátrico no período noturno e registra tudo. Nos primeiros minutos, dois sustos são gerados por pombas. Contudo, eles ganham confiança e começam a buscar por contato com o sobrenatural atrás de cada porta. Sem sucesso até que, perto do fim do longa que soma 1h17m, a perseguição do mal fica crescente.

Com desfoques e granulações, câmeras balançando freneticamente, sussurros, passos e coisas caindo aleatoriamente. "Archivo 253" segue a linha de produções cinematográficas como "A Bruxa de Blair", "Atividade Paranormal" e "A Forca", embora esteja numa localização distante de uma mata, de uma casa ou de um teatro. 

É mais do mesmo, com toques diferentes, começando já pelo cenário e pano de fundo, mesmo incluindo um cadáver misterioso. De toda forma, a produção do diretor Abe Rosenberg consegue ser envolvente e criar a tensão necessária para prender. Mesmo recorrendo aos mecanismos conhecidos do gênero, desde os montes de cabelos (boiando em algo líquido ou seco) ou uma pessoa muda virada para a parede, posicionada bem no cantinho de um ambiente.


Filme: Archivo 253 

Diretor: Abe Rosenberg 

Roteiro: Abe Rosenberg, Joseph Hemsani

Gênero: Terror/Thriller

Duração: 1h17m

Ano: 2015 

Classificação: 16 anos

Elenco: Anna Cetti, Michel Chauvet, Mario Escalante, Juan Luis Tovar


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terça-feira, 7 de novembro de 2023

.: "Macbeth" adaptado para o cordel em espetáculo do Círculo de Atores

Sergio Mastropasqua interpreta o papel título ao lado de Chris Couto que vive Lady Macbeth sob a direção de Thiago Ledier. A versão em cordel mantém a poética e o poder imagético do texto. A trama mostra que a violência e a usurpação do poder  são questões  que perpassam nossa História. A trilha sonora é da São Paulo Chamber Soloists. Foto: Ronaldo Gutierrez

Unindo o universo de William Shakespeare e a arte do cordel, o Círculo de Atores chega com sua nova estreia: "Macbeth em Cordel ou A Peça do Inominável" nesta quinta-feira, dia 9 de novembro, às 20h30 no Teatro Alfredo Mesquita. Sergio Mastropasqua interpreta o papel título ao lado de Chris Couto, que vive Lady Macbeth sob a direção de Thiago Ledier. A versão em cordel é dos autores cariocas Lafayette Galvão e Gilberto Loureiro. A temporada vai até 26 de novembro com sessões de quinta a sábado, às 20h30, e domingos, às 19h.

Baseado na tragédia escrita entre 1603 e 1606, a peça começa com o regresso do nobre Macbeth, após a vitória de seu exército numa guerra civil. No meio do caminho, três bruxas o abordam e profetizam que ele será o próximo rei da Escócia. Ao contar a notícia para sua esposa, eles planejam o assassinato do rei Duncan, primo de Macbeth, para usurpar a coroa. "Macbeth" é conhecida por ser a tragédia da ambição desmedida, permeada  de assassinatos, loucura e paranoia. A montagem ganhou os contornos do cordel por Lafayette Galvão e Gilberto Loureiro, e teve  adaptação final de Ledier e Mastropasqua. A nova roupagem mantém a poética e o poder imagético do texto.

“Essa versão se aproxima bem do público por meio da extrema clareza e mostra que o contexto da história está no cotidiano de nossa sociedade que é pautada pela violência. É um teatro popular de qualidade. Foi realizado um estudo profundo do texto para que a cadência rítmica não se pusesse acima do sentido da dramaturgia. As rimas aparecem, todavia não são os principais elementos e sim a narração e o conteúdo”, fala Ledier.

A direção procurou estabelecer um diálogo entre a tragédia de Macbeth e os dias de hoje;  a violência e a obtenção do poder por meios arbitrários são questões ainda dolorosamente presentes. Um dos momentos antológicos é quando a floresta se move no final da peça. A partir desta concepção, o cenário exprime a ideia da revolta da natureza contra as insanas ações humanas, responsáveis pelas mudanças e pelos extremos climáticos dos últimos tempos. A cenografia conta com pontaletes em uma estrutura de metal pintados de vermelho, reforçando o pensamento de uma natureza que sangra, avança, reivindica e retoma o seu lugar usurpado.

Os figurinos seguem uma linha que dialoga com a estética das forças de segurança, num mundo que parece estar sempre preparado para a guerra. As cores auxiliam a narrativa ao identificar os clãs que orbitam a história. A iluminação colabora com a criação de um ambiente calcado na desconfiança e no medo, com os próprios atores manipulando fontes de luz em algumas cenas.

Em "Macbeth", a trilha sonora liga cenas e personagens contribuindo para o andamento da trama com a direção musical da São Paulo Chamber Soloists. Fundada em 2020, a orquestra é formada por 14 solistas com ampla experiência internacional e foi idealizada e criada por Alejandro Aldana (Spalla da Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo) e Matthew Thorpe (concertino da Orquestra do Estado de São Paulo). O grupo explora o repertório tradicional e não tradicional para orquestra de cordas, passando da música barroca, clássica, romântica e contemporânea, com ênfase especial em compositores pertencentes às comunidades minoritárias.

União do erudito com o popular
O projeto "Macbeth em Cordel ou A Peça do Inominável" pretende, através do encontro estilístico entre o texto elisabetano e a linguagem em cordel, colaborar com a potência e a popularidade da obra de William Shakespeare.

Esse tipo de adaptação já foi realizado antes: Ariano Suassuna escreveu "Romeu e Julieta em Cordel"; Stelio Torquato Lima transportou 11 peças do bardo para a linguagem em seu livro "Shakespeare nas Rimas do Cordel"; outros cordelistas como Marco Aurélio e Sebastião Marinho também seguiram este caminho. Este procedimento de "tradução/recriação" conversa com o movimento Armorial, lançado no ano de 1970 por Ariano Suassuna, que aproximou artistas que tinham o objetivo comum de criar uma arte onde o erudito e o popular deveriam dialogar, quebrando pretensas e limitadoras escalas de valor.

“Uma das principais particularidades da montagem é como o cordel explicita as imagens da peça, dando protagonismo ao texto através de suas cadências. Ao mesmo tempo em que se configura como teatro popular,  potente e visceral, trata da trágica realidade  imposta por grupos armados ilegais, pela glamourização da violência e pela corrosão institucional  que fazem cada vez mais vítimas ao redor do mundo. Não estamos longe da realidade apresentada em Macbeth, é só pensar nas guerras civis da Síria, Iêmen, Ucrânia; nas facções e milícias brasileiras e sul-americanas”, fala Sergio Mastropasqua. O ator já atuou em algumas peças de Shakespeare como "A Tempestade", "Otelo" e "A Megera Domada".

Interpretando Lady Macbeth, Chris Couto ressaltou todos os ingredientes que envolvem a personagem e o espetáculo.  “Ela é uma pessoa articulada, bem cerebral, que não pode perder uma oportunidade ao visualizar uma brecha. Utiliza palavras muito fortes como na cena da invocação do mal. Essa história é um horror que não termina devido ao círculo vicioso da violência, poder e a busca por riqueza. É o retrato da humanidade e a  desumanidade juntas”.

"Macbeth" é tema de várias manifestações artísticas. A tragédia do poder, da culpa e da vingança já foi levada inúmeras vezes ao cinema (a primeira filmagem ocorreu em 1905, em formato de curta metragem), com destaque para as versões de Orson Welles, Roman Polanski e Akira Kurosawa. No cinema brasileiro, o filme "A Floresta que Se Move", do ano de 2015, baseia-se na história do ambicioso general escocês.

Na literatura, a peça inspirou diversas adaptações literárias e teatrais, como por exemplo a versão satírica de Ionesco intitulada "Macbeth" e, ainda, a ópera de "Shostakovich". Autores africanos da Nigéria e Gana também utilizaram a peça como base para retratar preocupações políticas e culturais de seus países. O texto ainda guiou diversas composições musicais, pinturas, gravuras, quadrinhos e arte de rua.

Após trabalhar na difusão da obra de George Bernard Shaw (1856-1950), através de cinco produções entre os anos de 2015 e 2023, o Círculo de Atores parte agora para a montagem de um dos dramaturgos mais admirados pelo autor irlandês: William Shakespeare. Sergio Mastropasqua e Chris Couto estiveram no elenco da peça de "A Milionária" com a direção de  Thiago Ledier. A montagem rendeu o Prêmio Shell para a atriz.


Ficha técnica
Espetáculo "Macbeth em Cordel ou A Peça do Inominável". Texto: William Shakespeare. Direção: Thiago Ledier. Versão em Cordel: Lafayette Galvão e Gilberto Loureiro. Adaptação e texto final: Thiago Ledier e Sergio Mastropasqua. Elenco: Chris Couto, Sergio Mastropasqua, Eduardo Silva, Renato Caldas, Luti Angelelli, Guilherme Gorski, Camila Czerkes, Priscilla Olyva, Márcia de Oliveira, Nicolas Caratori, Luana Frez, Nando Medeiros, Luisa Silva, Rodrigo Chueri, Patricia Pichamone (stand-in). Assistência de direção: Luana Frez. Cenário, figurino e direção de arte: Chris Aizner. Cenotécnicos: Alício Silva / Casa Malagueta. Costura Figurinos: Judite Geronimo de Lima. Iluminação: Nicolas Caratori. Trilha Sonora: São Paulo Chamber Soloists. Direção musical: Alejandro Aldana. Direção SPCS: Matthew Thorpe e Alejandro Aldana. Produção Executiva SPCS: Shanda Olandoski. Operação de luz: Luana Frez. Coordenação técnica de som: Valdilho Cruz. Direção de palco: Henrique Pina. Design: Denise Bacellar. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotos de cena: Ronaldo Gutierrez. Fotos de ensaio: Rodrigo Chueri. Registro em vídeo: Ícarus Audiovisual. Gerenciamento de mídias sociais: Selene Marinho e Sergio Mastropasqua. Produção: SM Arte Cultura. Direção de Produção: Selene Marinho. Coordenação de Produção: Henrique Pina. Produção Executiva: Patricia Pichamone. Realização: Círculo de Atores.


Serviço
Espetáculo "Macbeth em Cordel ou A Peça do Inominável". Temporada: de 9 a 26 de novembro. Quintas, sextas e sábados, às 20:30h, e domingos às 19h. Ingressos: Gratuito. Sessões em Libras nos dias 16 e 23 de novembro. Classificação indicativa: 12 anos. Projeto Contemplado pelo edital de Fomento Direto a Projetos Culturais no Estado de São Paulo - Proac Direto 38. Ingressos Sympla: https://www.sympla.com.br/macbethemcordel. Teatro Alfredo Mesquita. Av. Santos Dumont, 1770. Capacidade: 198 lugares. Estacionamento gratuito.

domingo, 29 de outubro de 2023

.: Crítica: "Ursinho Pooh: Sangue e Mel" é terror slasher de baixo orçamento

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


Um olhar sanguinolento para um personagem fofo, da literatura universal infantil, que vira um assassino serial mascarado no estilo Micael Myers (Halloween), Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo) e Jason (Sexta-feira 13). Eis "Ursinho Pooh: Sangue e Mel", filme de terror slasher que aproveita o momento em que o primeiro livro do Ursinho Pooh entrou em domínio público nos EUA (1º de janeiro de 2022) e os direitos autorais da Walt Disney expiraram.

Na trama que tem seus segundos encantadores, apresenta os personagens amigos do ursinho, inclusive, destaca que a mudança nas personalidades deles se deu pelo abandono de Christofer (conhecido no Brasil por Cristovão). Desesperados por vingança, os bichinhos humanizados passam a ter sede por sangue alheio, atacando mocinhas a ponto de deixá-las com seios de fora. Algo tão anos 80 e início dos 90, no gênero de filmes.

"Ursinho Pooh: Sangue e Mel" não é um excelente filme de terror, mas pelo menos tenta entregar o máximo possível, seja no jogo de câmera e efeitos de iluminação, considerando ainda que teve o orçamento de 100 mil dólares. Apesar de destruir a figura encantadora de Pooh e ter pegada de filme de baixo orçamento, aos fãs de terror, fica uma sugestão de terror trash para conferir.

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* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Ursinho Pooh: Sangue e Mel" ("Winnie-The-Pooh: Blood And Honey") Ingressos on-line neste linkGênero: suspense, terror. Classificação: 18 anos. Duração: 1h40. Ano: 2023. Idioma: inglês. California Filmes. Direção: Rhys Frake-Waterfield. Roteiro: Rhys Frake-Waterfield. Elenco: Natasha Tosini (Lara), May Kelly (Tina), Craig David Dowsett (Winnie-the-Pooh), Amber Doig-Thorne (Alice), Nikolai Leon (Krzyś), Maria Taylor (Maria), Natasha Rose Mills (Jess), Danielle Ronald (Zoe). Sinopse: Louis entra em coma após ser vítima de um atropelamento. Certo dia, sua mãe Thelma encontra seu diário e, nele, uma lista com dez coisas para fazer antes do fim do mundo. Ela decide sair em uma jornada para realizar os desejos do menino.

Trailer "Ursinho Pooh: Sangue e Mel"

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

.: "Invocação do Mal 3": resenha de "O Diabo no Tribunal", documentário Netflix

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


O primeiro e único caso em que uma possessão demoníaca -apoiada em fotos e aúdios registrados- foi oficialmente usado no julgamento de um assassinato nos EUA. Eis o documentário lançado pela Netflix "O Diabo no Tribunal", que em 1h21, esclarece a trama do filme de terror "Invocação do Mal 3 - A Ordem do Demônio", por meio de depoimentos dos envolvidos no caso real, dos anos 80, em que Alan Bono perdeu a vida após levar três facadas de Arne Cheyenne Johnson, num canil.

Com gravações caseiras do pequeno David Michael Glatzel em momentos de possessão, além de relatos diversos e reveladores, de pessoas envolvidas, "O Diabo no Tribunal" destaca a alienação via religiosidade -ainda que a segunda seja falsa e apenas para ficar bem nas fotos publicadas na mídia. Todavia, dá voz aos que dizem terem sidos possuídos, assim como abre espaço para um dos irmãos de David que derruba as várias teorias sobre a invasão demoníaca. Seja revelando que o "demônio tinha medo do pai", o senhor Glatzel ou que a mãe os drogava com um certo remédio para dar sono.

Segundo David Michael Glatzel, o primeiro a ter a manifestação demoníaca, tudo começou aos 11 anos, quando ele, a família e o namorado da irmã, ainda limpavam uma nova casa para a mudança. Ali, seria o palco de momentos assustadores protagonizados por David. Contudo, a situação ganhou o noticiário americano quando em 24 de novembro de 1981, em Brookfield, Connecticut, Arne Cheyenne Johnson, namorado da irmã de David, Debbie, foi autor de um crime que chocou a cidade pacata.

"O Diabo no Tribunal", mesmo retratando todas as versões da história, permite que o público defina a qual lado escolher, seja o da histeria coletiva entre os Glatzel, com a coordenação do casal Warren (que usou a história para fazer um livro e ganhar dinheiro com isso, gerando renda até hoje com os filmes da franquia "Invocação do Mal", por exemplo) ou, talvez, o da existência do sobrenatural com poder maligno. Vale a pena conferir o documentário!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"O Diabo no Tribunall" ("The Devil on Trail"). Gênero: documentário. Classificação: 12 anos. Duração: 1h21. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Netflix. Direção: Chris Holt Sinopse: Explora o caso macabro de Arne Cheyenne Jonhson, menino que foi possuído pelo demônio em Connecticut e matou um homem com várias facadas. Um dos casos de exorcismo mais macabros dos Estados Unidos — e que serviu de inspiração para o longa Invocação do Mal 3 — virou documentário da Netflix.


Trailer "O Diabo no Tribunal"




sexta-feira, 13 de outubro de 2023

.: Crítica: "O Exorcista: O Devoto" assusta, peca no ecumenismo e foge da essência

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023


O terror "O Exorcista: O Devoto", em cartaz no Cineflix Cinemas, garante bons sustos a ponto de deixar a plateia nervosa nas poltronas, porém acaba pecando no excessivo ecumenismo no momento mais aguardado da trama. No fim, investe muito nos ensinamentos religiosos, a ponto de escantear o essencial terror que o clássico "O Exorcista" (1973) entrega -mantendo ainda a coroa- com primor mesmo após 50 anos de lançamento. 

Com uma trama não muito elaborada para duas amigas em plena puberdade, incluindo o protagonismo afro, assim como outras religiões, além do catolicismo"O Exorcista: O Devoto", que prometeu ser uma sequência do filme original, acaba passando longe da essência do clássico. Apesar das falhas, não chega a ser de todo ruim, afinal, acerta ao resgatar a protagonista e a mãe, Reagan (Linda Blair) e Chris (Ellen Burstyn) do primeiro filme.


A produção dirigida por David Gordon Green (do fraquíssimo "Halloween Ends"), começa com a história de amor de um casal que aguarda a chegada de sua primogênita, mas que, por um terremoto, coloca o pai, Victor Fielding (Leslie Odom Jr., "Hamilton"), para decidir entre salvar a mãe ou a filha. Após treze anos, tendo uma adolescente sob seus cuidados, precisa confrontar um demônio possessor em Angela (Lidya Jewett, "Ivy + Bean"), e a amiga da garota, Katherine (Olivia O'Neill).

Embora seja um filme, a cena principal chega a lembrar as vistas por vezes nos episódios mais corriqueiros do seriado "Sobrenatural". Contudo, há a promessa de uma sequência cinematográfica para 2025. Para o público que ama filme de terror, fica a torcida de que a qualidade seja superior. De toda forma, vale a pena conferir "O Exorcista: O Devoto".


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"O Exorcista: O Devoto" ("The Exorcist: DeceiverIngressos on-line neste linkGênero: terror, sobrenatural. Classificação: 16 anos. Duração: 1h51. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: David Gordon GreenRoteiro: David Gordon Green, Peter Sattler. Elenco: Leslie Odom Jr. (Victor Fielding), Ellen Burstyn (Chris MacNeil), Ann Dowd (Ann), Jennifer Nettles (atriz). Sinopse: Victor Fielding decide confrontar o mal quando repara que sua filha, Angela, e a amiga dela, Katherine, mostram sinais de possessão demoníaca.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

.: "Gosto de histórias de mulheres fortes", conta diretor de "A Freira 2"


Em cartaz há duas semanas, longa da Warner Bros. Pictures traz Valak, a Freira Demônio, de volta para as telonas.
 

Novo capítulo do universo "Invocação do Mal", o filme "A Freira 2", longa da Warner Bros. Pictures, marca mais um sucesso nas telonas da todo Brasil. Em cartaz há duas semanas, o terror já arrecadou mais de R$38 milhões em bilheteria e levou quase 2 milhões de pessoas aos cinemas. Confira a crítica - "A Freira 2" é superior a "A Freira" e se amarra a "Invocação do Mal" - neste link.

 "A Freira 2" traz novamente Irmã Irene (Taissa Farmiga), em um cenário encantadoramente assustador, entrelaçando a história da Santa Luzia, a padroeira dos olhos e visão, com a atmosfera de tirar o fôlego da luta contra o mal. “Cresci no catolicismo e sempre fiquei impressionado com as imagens que a cercavam – essa mártir cujos olhos foram cortados. Muitas vezes, vemos seus olhos nas palmas das mãos. Acho que há algo assustador e rico nesse imaginário”, conta o diretor Michael Chaves.

Dando sequência à história do antecessor, "A Freira 2" traz obstáculos antigos, com Valak mais forte do que nunca, assim como duas heroínas apaixonantes, entrelaçadas pelo poder da coragem. “Gosto de histórias de mulheres fortes... A ideia dessas duas freiras encarregadas de uma missão atravessarem a Europa para tentar caçar esse demônio. Foi emocionante, uma história forte desde o início”, explica Michael.

Ainda segundo o diretor, Irmã Irene sempre esteve conectada com algo além dela e, em "A Freira 2", além de uma missão, a protagonista embarca em “uma jornada pessoal... Introspectiva, íntima, dentro de si mesma, para entender quem ela é – e encontrar sua própria visão e sua própria maneira de ver o mundo ao seu redor”. Dirigido por Michael Chaves (“A Maldição da Chorona [2019]”, “The Maiden [2016]” e “Inovação do Mal 3: A Ordem do Demônio [2021]”), "A Freira 2" tem produção da New Line Cinema, The Safran Company e Warner Bros. Pictures.

 Além de Taissa Farmiga (“American Horror Story: Coven”, “Regressão”, “A Freira”) e Storm Reid (“Uma Dobra no Tempo”, “Euphoria”), o filme conta ainda com a participação de Jonas Bloquet (“Elle”, “A Freira”) e Anna Popplewell (“As Crônicas de Nárnia”). "A Freira 2" está em cartaz nas telonas de todo Brasil, também disponível em versões acessíveis. Mais informações podem ser obtidas diretamente nos cinemas de cada cidade.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Sobre o filme
Da New Line Cinema, o thriller de terror "A Freira 2" é o mais novo capítulo da história de “A Freira”, a maior bilheteria do Universo "Invocação do Mal" e seu rolo compressor de US$ 2 bilhões. É o ano de 1956, na França. Um padre é assassinado. Um mal está se espalhando. A sequência do grande sucesso mundial acompanha a Irmã Irene quando ela mais uma vez fica cara a cara com Valak, a freira demoníaca.

Taissa Farmiga (“A Freira”, série “The Gilded Age”) retorna ao papel da Irmã Irene, acompanhada por Jonas Bloquet (“Tirailleurs”, “A Freira”), Storm Reid (série “The Last of Us”, “O Esquadrão Suicida”), Anna Popplewell (trilogia “Fairytale”, trilogia “As Crônicas de Nárnia”), e Bonnie Aarons (reprisando seu papel de “A Freira”), ao lado de um elenco de estrelas internacionais.

Michael Chaves (“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio”) dirige A Freira 2, a partir do roteiro de Ian Goldberg & Richard Naing (“Eli”, “A Autópsia”) e Akela Cooper (“M3GAN”, “Maligno”), e argumento de Akela Cooper, baseado nos personagens criados por James Wan e Gary Dauberman.

 Peter Safran, da Safran Company, e James Wan, da Atomic Monster, continuam sua colaboração na produção de todos os filmes anteriores de “Invocação do Mal”. A Freira 2 tem produção executiva de Richard Brener, Dave Neustadter, Victoria Palmeri, Gary Dauberman, Michael Clear, Judson Scott e Michael Polaire. A equipe de produção criativa do diretor Michael Chaves inclui o diretor de fotografia Tristan Nyby (“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio”, “The Dark and the Wicked”); a designer de produção Stéphane Cressend (“Les Vedettes”, “A Crônica Francesa”); o editor Gregory Plotkin (“Pânico”, “Corra!”); a produtora de efeitos visuais Sophie A. Leclerc (“Finch”, “Lucy”); a figurinista Agnès Béziers (“Oxigênio”, “The Breitner Commando”); e o compositor Marco Beltrami (“Pânico”, “Venom: Tempo de Carnificina”).

O Universo "Invocação do Mal" é a franquia de terror de maior bilheteria da história do cinema, com mais de US$ 2 bilhões arrecadados em todo o mundo. Globalmente, quatro dos títulos do Universo “Invocação do Mal” ultrapassaram a marca de US$ 300 milhões de bilheteria (“A Freira”, US$ 366 milhões; “Invocação do Mal 2”, US$ 322 milhões; “Invocação do Mal”, US$ 320 milhões; “Annabelle 2: A Criação do Mal”, US$ 307 milhões), e todos os sete arrecadaram mais de US$ 200 milhões. “A Freira” é o filme mais bem-sucedido da franquia. A New Line Cinema apresenta uma produção da Atomic Monster/Safran Company, "A Freira 2". O filme é distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures e estreou no Brasil em 7 de setembro de 2023.

sábado, 23 de setembro de 2023

.: Crítica: "Boogeyman: Seu Medo é Real" assusta e destrói trama com efeitos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


O terror "Boogeyman: Seu Medo é Real" traz a boa e velha história do bicho-papão para os dias atuais. Baseado no conto "The Boogeyman", de Stephen King, o filme entrega um suspense que até empolga, garantindo bons sustos enquanto foca na narrativa dos traumas causados pela perda da mãe de duas garotas e também esposa de um psiquiatra, o que, de fato, sustenta o suspense aterrorizante para a trama. Contudo, erra feio, a ponto de cair em descrédito com efeitos especiais sem qualidade -justamente em algumas aparições do grande vilão da trama. 

O filme de 2023 pode remeter ao similar "O Pesadelo" (2005), uma vez que ambos usam a mesma figura lendária e má como ponto central de todos os problemas dos protagonistas. No entanto, os dois se distanciam no rumo da apresentação do medo personificado que sai do armário para apavorar no escuro. Como "Boogeyman: Seu Medo é Real" é apoiado no texto de Stephen King, sai ganhando ao contar a história da família Harper que está em luto.

No entanto, além do medo alheio, o tal ser precisa da incredulidade para se fortalecer. Assim, o doutor Will Harper (Chris Messina) abraça esse papel mesmo quando a filhinha Sawyer (Vivien Lyra Blair) transborda o desespero com o que está vendo. A irmã mais velha, Sadie Harper (Sophie Thatcher), de 16 anos, também duvida da existência do bicho-papão, até que fica cara-a-cara com ele. O encontro entre os dois, tem efeitos simples e a figura chega a remeter as usadas no clássico dos anos 80 "A Casa do Espanto". Vale lembrar que estamos em 2023 e a evolução dos efeitos soma quase 40 anos entre ambos.

"Boogeyman: Seu Medo é Real" chega a construir um excelente suspense com toques de terror, mas os efeitos fazem bem o papel de destruir tudo o que foi apresentado de plausível na trama. Não que seja todo de ruim, mas vai caindo destruindo o medo e lembra o fraco "Maligno". Contudo, para quem é fã de filmes de terror, "Boogeyman: Seu Medo é Real" é uma excelente pedida!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Boogeyman: Seu Medo é Real" ("Boogeyman"Ingressos on-line neste link
Gênero: terror, mistério. Classificação: 16 anos. Duração: 1h38. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Rob Savage. Roteiro: Scott Beck, Bryan Woods, Mark Heyman. Elenco: Chris Messina (Will), Sophie Thatcher (Sadie Harper), Vivien Lyra Blair (Sawyer), David Dastmalchian (Lester Billings). Sinopse: Ainda de luto pela morte recente de sua esposa, um terapeuta e suas duas filhas encontram uma entidade sobrenatural aterrorizante que persegue famílias e se alimenta do sofrimento de suas vítimas.


Trailer de "Boogeyman: Seu Medo é Real"

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