Toda mulher casada beirando os quarenta anos, sem filhos, passa pelo importuno questionamento insistente sobre quando será mamãe. Eis que o longa "Tic-Tac: A Maternidade do Mal", protagonizado pela eterna líder de torcida Queen, do seriado "Glee", Dianna Agron, trata sobre a decisão que cabe a cada casal, mas que, geralmente, parece ser da conta de todos os outros que não fazem parte da relação conjugal.
Para tanto, no filme de 1h31, Ella Patel (Dianna Agron), aos 37 anos, se vê encurralada pelas amigas e, principalmente pelo pai quando o assunto é maternidade. Embora esteja decidida a não ser mãe, todos exigem isso dela, que faz exames preventivos. Indicada pelo marido, Aidan Patel (Jay Ali), a designer de interiores faz a consulta periódica quando recebe a indicação de uma clínica especializada para ver se consegue despertar o relógio biológico. De fato, originalmente, o título do filme é "Clock".
Na busca por algo que nunca desejou, ser mãe, Ella passa a se medicar e começa a ver o mundo sem cores, chegando no limite a ponto de ter visões estranhas e bastante assustadores, inclusive para quem assiste o filme. Fora do controle e ainda pressionada, flutuando entre o mundo da imaginação e o da realidade, comete um crime brutal que a liberta -nem que seja em outro plano.
"Tic-Tac: A Maternidade do Mal" pode não ser um grande filme de terror, mas é original e bastante alternativo, pois foge da receita habitual, muita vezes adotada à risca, no gênero. O longa é moderno, além de bastante crítico sobre a necessidade de convencer todas as mulheres a serem mães. Vale a pena conferir!
Roteiro:Alexis Jacknow Elenco:Alexis Jacknow, Dianna Agron, Jane Schwartz, Jay Ali, Judy McMillan, Melora Hardin, Saul Rubinek
Sinopse: Filme de terror americano de ficção científica de 2023 escrito e dirigido por Alexis Jacknow em seu longa-metragem de estreia, baseado em seu curta-metragem de 2020 de mesmo nome.
Bizarrices inimagináveis que promovem viagens pelos multiversos dos vários "eus" de uma mulher que vive atarefada e é extremamente séria, a imigrante chinesa Evelyn Quan Wang (Michelle Yeoh). Indicado ao Oscar 2023 com 11 nomeações, a ficção científica cômica "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo", em cartaz no Cineflix Cinemas, vai além do que parece ser uma versão humana da temática tão trabalhada nos recentes filmes de heróis da Marvel.
Em 2h19 de filme, Evelyn evolui a cada fracasso uma vez que, por meio de uma rachadura entre mundos, encontra uma cantora e uma atriz de sucesso, uma praticante de artes marciais, uma cozinheira que batalha por destaque ao lado do talentoso Chad -comandado por um guaxinim- e muitas outras versões de si. Logo, com tantas possibilidades, Evelyn precisa conhecer o verdadeiro "eu", de sua pior versão que é filha, mãe, esposa e responsável por uma lavanderia com dívidas ao lado do marido.
Surpreendente por trazer a conhecida como a maior "Scream Queen" (Rainha do Grito) da história, Jamie Lee Curtis no posto de uma "monstra humana", o longa ainda faz referências a filmes dramáticos como "Toda Forma de Amor" e "Sempre em Frente", mas também a "Titanic". Como não perceber a similaridade, inclusive na iluminação de cena, quando o pretendente de Evelyn, Waymond Wang (Ke Huy Quan) a espera no topo da escada, tal qual acontece com Jack e Rose?
Embora seja rápido e cheio de cenas de ações, o longa trata as relações conturbadas de Evelyn, mostrando o quão Michelle Yeoh é camaleoa. Seja com o pai que a rejeita desde o nascimento, o marido atencioso, mas que quer o divórcio e a filha incompreendida, de quebra, inclui um desafeto com a auditora Deirdre Beaubeirdre (Jamie Lee Curtis). Seguindo o título, "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo" é cheio de acontecimentos, porém tudo é dividido em três partes.
"Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo" é um filme empolgante, mas muito cativante. Enquanto trata a moderna temática do trânsito entre multi dimensões, no elenco há dois atores que marcaram os anos 80 e, principalmente, a Sessão da Tarde nos anos 90. James Hong, que é o vovô Gong Gong, já brilhou em "Os Aventureiros do Bairro Proibido" e Ke Huy Quan que interpreta Waymond Wang, o marido de Evelyn, foi um dos garotos de "Os Goonies". "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo" é um filmaço para se ver e rever. Imperdível!
Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.
Filme: "Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo" ("Everything Everywhere All at Once") Gênero: aventura, ficção científica Classificação: 14 anos Ano de produção: 2022 Direção:Daniel Kwan, Daniel Scheinert Roteiro:Daniel Kwan, Daniel Scheinert Duração: 2h19m Elenco:Michelle Yeoh (Evelyn Quan Wang), Ke Huy Quan (Waymond Wang), Stephanie Hsu (Jobu Tupaki, Joy Wang), Jamie Lee Curtis (Deirdre Beaubeirdre), James Hong (Gong Gong), Jenny Slate (Debbie the Dog Mom), Harry Shum Jr. (Chad)
Suspense que faz roer as unhas. Eis "Batem à Porta", a nova produção dirigida por M. Night Shyamalan, do clássico "O Sexto Sentido", em cartaz no Cineflix Cinemas. O longa de 1h 40 começa com imagens externas de um lugar afastado, tendo uma cabana por perto. No espaço de encher os olhos de pura natureza, está a pequena Wen (Kristen Cui) coletando mais um gafanhoto, num pote de vidro, para seus estudos, incluindo um registro do inseto num caderninho e nome a ser chamado.
Até que, num enquadramento bastante aproximado e inclinado para um lado e para o outro, provocando uma maior tensão, começa um diálogo de apresentação entre Leonard (Dave Bautista, o querido Drax de "Os Guardiões da Galáxia") com a menininha. É impossível ver a garotinha diante daquele homenzarrão e não esperar que o pior irá acontecer. Contudo, ele logo avisa: "Nós não faremos mal a vocês". Mas insiste que Eric (Jonathan Groff, Jesse St. James de "Glee") e Andrew (Ben Aldridge, de "Pennyworth") permitam a entrada deles na cabana.
Assim, as férias de Eric, Andrew e a filhinha Wen, numa encantadora cabana, vira um verdadeiro inferno assim que são feitos reféns por quatro estranhos armados que repetem uma espécie de mantra, inicialmente instigando, até passar a forçar que Eric, Andrew e Wen façam uma escolha mortal para evitar o apocalipse.
"Batem à Porta" de M. Night Shyamalan é extremamente tenso, a ponto de pregar bons sustos. Contudo, numa época em que as pessoas que sobreviveram ao ápice de uma pandemia estão fragilizadas e, inclusive, ainda seguindo crendices infundadas e capazes de incentivar o "vale tudo", o filme peca. E muito, pois, considerando o final, serve de incentivo a lunáticos.
Por entretenimento ou para assistir com a dose certa de criticidade, "Batem à Porta" é uma excelente opção cinematográfica. O longa se sustenta bastante na atuação do elenco, que ainda inclui nomes já conhecidos do público como Dave Bautista, Jonathan Groff e Rupert Grint, o Rony da saga "Harry Potter".
Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.
Filme: "Batem à Porta" ("Knock The Cabin") Gênero: mistério, terror Classificação: 16 anos Ano de produção: 2022 Direção:M. Night Shyamalan Roteiro:M. Night Shyamalan, Steve Desmond, Michael Sherman Duração: 2h06m Elenco:Dave Bautista (Leonard), Jonathan Groff (Eric), Rupert Grint (Redmond), Ben Aldridge (Andrew), Abby Quinn (Adriane), Nikki Amuka-Bird (Sabrina), Kristen Cui (Wen), Debbie Lay William Ragsdale, McKenna Kerrigan, Clare Louise Frost, Ali Asghar Shah, Jibril Goodman
"Ms. Marvel" vem com surpresa ao alterar a introdução da logomarca animada da Marvel pela música "Blinding Lights", do The Weeknd -além de incluir nele o "Cavaleiro da Lua". Leve, colorida e bastante jovial, começa com uma animação estilo caseira sobre os vingadores e, claro, entoa todo o poder da Capitã Marvel. Até porque, Kamala Khan (Iman Vellani), a protagonista, é grande fã da heroína com poderes de fogo, a ponto de publicar os vídeos que faz na internet, ou melhor, na "Bebê Preguiça Produtora". Eis o episódio "Generation Why"!
Na escola, a muçulmana americana é a transfiguração dos protagonistas do seriado "Glee" -sem levar raspadinha no rosto, mas uma quase bolada- com direito a uma ex-amiga de infância que passou a ser uma completa desconhecida ao virar famosinha e conseguir muitos seguidores. No alto-falante, Kamala é chamada por senhor Wilson, um conselheiro estudantil. Jovem, no posto que era ocupado pelo pai, que a incentiva a pensar no futuro até que solta um trecho da canção "Reflection" de "Mulan". Como não rir dessa referência?! Eis outra deixa a respeito da dúvida de todo adolescente. Quem não conhece, é bom procurar a letra dessa música!
O musical do britânico Martin Callaghan, ator e diretor em West End London, sucesso na Europa, chega ao Brasil com realização da Escola de Artes Faz Assim.
Dias 20, 23 e 30 de janeiro, o Teatro Clara Nunes no Rio de Janeiro apresenta “Geração Glee - O Musical”. O espetáculo retrata a história de alunos do último ano do High Schoolque estão prestes a passar pela fase mais difícil de suas vidas, enquanto trabalham para ter a chance de ganhar o concurso de música mais prestigiado do mundo em Nova Iorque e compartilhar suas esperanças e sonhos com o novo professor do Clube de Coral.
O musical do britânico Martin Callaghan, ator e diretor em West End London, sucesso na Europa, chega ao Brasil com realização da Escola de Artes Faz Assim. Assim como na Europa, o espetáculo promete ser mais um sucesso de bilheteria. A apresentação do dia 30 de janeiro contará com a participação especial do ator, dublador e cantor Raphael Rossato.
Serviço: Datas: 20, 23 e 30 de janeiro Horário: às 20h Local: Teatro Clara Nunes no Shopping da Gávea Endereço: Rua Marquês de São Vicente, 52 - Gávea, Rio de Janeiro Classificação: livre Duração: 80 minutos Texto e direção: Martin Callaghan Adaptação: Fred Trotta Direção residente: Fred Trotta Direção musical residente: Kika Tristão Direção de movimento: Andressa Tristão Preparação de elenco: Karlla Guimarães Realização: Escola de Artes Faz Assim
Ame ou odeie. Essa continua sendo a essência de "Matrix". Em "Matrix Resurrections", aos que são do clube que amam ou curtem muito, esse é, definitivamente, um retorno em grande estilo. Não somente pelo tempo passado, agora resgatado e ofertado com o melhor da tecnologia para os efeitos especiais, mas por trazer de volta personagens importantes para novas histórias a serem melhor elaboradas em futuras produções.
Para a alegria dos admiradores, "Matrix Resurrections" traz Neo/Thomas Anderson (Keanu Reeves) e Trinity (Carrie-Anne Moss) lado a lado lutando, mas tendo como base uma verdadeira história de amor -esbarrando em clichês. É tão bom ver essa dupla juntinha mais uma vez, os dois envelheceram, mas estão com tudo.
A verdade é que o longa tem um início até pacato. Muito diferente das atuais produções que nos primeiros segundos trazem pancadaria e explosões para só depois apresentarem a trama. "Matrix Resurrections" opta por criar o enredo e partir para um crescente.
E apesar da ausência de Laurence Fishburne (Morpheus) e Hugo Weaving (Agente Smith), o novo longa dirigido por Lana Wachowski dá um jeitinho de explicar, o que inclusive está relacionado ao retorno de Neo (com aparência de mais velho) e, consequentemente, de Trinity, ou seja, configuração nova esbarrando na antiga. E, acredite, os não convidados a estarem na produção atual aparecem no longa por vezes.
Nessa brincadeira que choca o moderno e o antigo, entra Thomas Anderson, um premiado e famoso criador de games, com direito a troféu datado de 1999. Ao ser contatado pelo novo Morpheus (Yahya Abdul-Mateen II) o longa de 2h28m ganha muito, muito ritmo. Assim, reencontramos as pílulas: vermelha e azul -agora metalizadas. E, claro, o novo agente Smith (Jonathan Groff, do seriado "Glee"). Entre o antigo e o moderno, "Matrix Resurrections" aproveita para fazer diversas autorreferências e atualiza o "bullet time".
"Matrix Resurrections" traz ainda um analista para Thomas, brilhantemente interpretado por Neil Patrick Harris (de "Glee" e "How I Meet Your Mother") que tem uma gatinha com nome um tanto que sugestivo: Déjà vú. A produção tem uma cena pós-créditos que estabelece uma certa conexão com o bichano e, assim, aproveita para lançar uma tremenda crítica ao mercado cinematográfico. Pois é! Você fica com o entretenimento ou a arte?
Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.
Mary sentia
muita fome, queria até correr para almoçar com a mãe, mas estava intrigada no
nível mais alto da curiosidade que um ser humano pode suportar. Enquanto que a mãe
não perdia a paciência e soltava um berro ecoante bem no corredor da casa, a
jovem Winsherburg tentou ligar os pontos soltos para entender como que a
blogueira descobriu o nome verdadeiro dela uma vez que tinha se identificado
como Celeste. Sem contar que tinha entrado em contato por mensagem no blog.
- Como ela descobriu o meu WhatsApp?,
perguntou Mary em pensamento.
Não tinha mais
como se demorar ou iria ver uma Ellen muito brava na porta do quarto também.
Devorando a
refeição como se não houvesse amanhã, Mary fingiu estar bem em relação ao tapa
que levou de Ellen, por dentro era consumida pela dupla loucura que acontecera
com ela minutos antes. O que era um tapa dado por reflexo perto de uma
blogueira saber o nome e o número de telefone dela?
Sorrindo para
disfarçar o vulcão em erupção interna, fez a refeição com Ellen como se nada
tivesse acontecido. As duas conversaram sobre amenidades e uma pauta que ganhou
força foi o seriado “The Big Leap”.
- Não, mãe!
Você não pode desligar a TV depois de assistir “9-1-1”. Desde o dia 20 de
setembro está rolando a nova série “The Big Leap” que é muito parecida com
“Glee” só que não é de canto, mas dança. Tem os desajustados, mas eles
requebram para participar do reality show que é o nome da série.
Ellen faz cara
de pensativa até que comenta desabafando:
- Fizeram
tantas série parecidas... Não sei se estou preparada para me apegar a outras
histórias com o segmento similar.
Antes que
soltasse mais uma nova desculpa Mary complementa.
- Mãe, sei que
a senhora é Ryan Murphete desde o ventre materno e mesmo quase sempre
reclamando dos finais decepcionantes das temporadas, mantém total fidelidade a
ele. Só acho que vai gostar. E muito. Basta só dar uma chance. Podemos assistir
juntas?!
Ellen tombou a
cabeça para o lado como quem tinha se dado por vencida na batalha até que
disse:
- Ok.
Combinado. Podemos ver na sala e faço pipoca!
***
Samantha e
Lolita trabalhavam concentradas na revisão do próximo roteiro para o canal
“Mentes em Fuga” quando ouviram alguém reclamando do tapetinho.
Sim! As duas
sabiam bem que era Apolo.
Samantha não
pensou duas vezes, correu para abrir a porta, mas com o cuidado de antes confirmar
se era mesmo o primo, focou no olho mágico e, para surpresa da gêmea, que já
estava assustada com as histórias de Lolita, não viu ninguém para entrar.
Aterrorizada, não sabia se contava para a irmã que o primo não estava lá ou se
tornava a olhar. Sam morria de medo de corredores de prédios, pois nunca tirou
a má impressão após assistir “Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado”.
***
Mary não
queria envolver Tarissa nessa história da blogueira. Logo ela que era a mais best das best friends. Quanto mais o tempo ia virando passado e o Sol do
dia já não brilhava em reflexo no chão de seu quarto, ela não encontrava outra
opção. Precisava falar com Tarissa.
Por um
segundo, Mary imaginou Melinda como uma agente secreta, não sendo um membro das
“Três Espiãs Demais”, mas como uma autêntica James Bond Woman. Seria ela um personagem misterioso de “007: Sem
Tempo para Morrer”?
Ao bater a
cabeça de lado, na quina da cômoda para pegar o brinco de deixara cair, Mary
parou de divagar. Nem tempo de resmungar um “ai” de dor foi capaz. Tinha ido
longe demais. Pegou o celular e quando ia selecionar a foto da amiga para contar
tudo e ter uma ideia de como lidar com essa nova situação, recebeu uma ligação
pelo zap: era Melinda.
Atendeu com a
voz trêmula:
- Melinda?!
Do outro lado
da linha ela respondeu:
Oi! Sim! Você mandou uma mensagem para mim e
eu...
Mary teve a
única reação improvável: desligou o aparelho e o jogou na cama.
***
De costas para
a entrada, Samantha procurava uma forma melhor de dizer o que havia acontecido
quando foram dadas as típicas batidas na porta por Apollo. Não era algo no
estilo Sheldon Cooper, mas a exata marca do primo das Winsherburgs dizer que
estava ali e tinha esquecido as chaves.
Lolita levanta a cabeça para tentar entender
como que Samantha ainda não havia deixado ele entrar, mas tudo foi respondido
pelo próprio Apollo:
- Bom dia, minhas lindas!, entoou o
cumprimento numa grande alegria enquanto beijou a testa de Sam.
- Caraca! Já estava aqui quase batendo à
porta, quando ouvi o porteiro me chamando na escadaria. Tem correspondência e
não parece ser conta para pagar.
Apollo dá uma
risada e coloca o papel em cima da mesa, ao lado do computador. Atento, ele
percebe que Lola está revisando um roteiro e rapidamente puxa a cadeira para
pertinho dela.
Apollo disfarçava
muito bem, mas era apaixonado por Lola. Sempre foi. Parecia coisa de menino,
mas aquele sentimento nunca foi passageiro. Ellen e Eva, as mães dos primos
sempre diziam para ele, por ser mais velho e entendia, que não podia. E assim,
ele foi reprimindo o verdadeiro amor que sentia por Lola e tentava transformar em
carinho de irmão mais velho. Contudo, doía em Apollo ver Lola com namorados que
sequer a valorizavam. Como era o caso de Leo, com quem Lola estava ainda na
parte do flerte e mensagens carinhosas.
Sam volta com
uma bandeja de chá preparado com folhas de pitanga colhidas da árvore no
quintal de casa e quando, Lola menos espera, a irmã começa a falar sobre a
mulher atropelada que sumiu do hospital.
Lolita fica
brava a ponto de arquear severamente as sobrancelhas, pois por algum tempo
havia esquecido esse ocorrido.
- Não me venha lembrar dessa bizarrice, não!,
resmungou Lola.
Contudo, os
celulares dos três primos tocam simultaneamente com o seguinte lembrete: “NOVO
RECADO! Alguém deixou uma mensagem para você. Para resgatar, ligue *1001 ou
responda OK e receba seus recados por SMS! Apenas R$ 1,29/semana.”
Susto? Nada. A
surpresa maior ainda estava por vir via interfone quando o porteiro chamou e o
primo atendeu.
- Olá, Apollo!
Aqui é o Kaliel, da portaria. Tem uma senhora querendo subir. O nome dela é
Petra.
***
No quarto de
Mary um clarão toma conta do lugar e a silhueta de uma mulher ganha forma junto
de um forte estrondo. Ela cai e tenta fazer um mínimo aceno, grita por socorro,
mas ninguém a ouve. Nem mesmo Ellen que está na sala, ali, próximo.
I'm
waving through a window
I
try to speak, but nobody can hear
So
I wait around for an answer to appear
While
I'm watch, watch, watching people pass
I'm
waving through a window, oh
Can
anybody see, is anybody waving back at me?
Waving
through a window, trilha sonora do musical da Broadway “Dear Evan Hansen”
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm
Há exatos 10 anos, em 5 de outubro de 2011 estreava a nova série de Ryan Murphy e Brad Falchuk. A dupla que estava na boca do povo com o seriado "Glee", apresentava "American Horror Story". A primeira temporada do seriado, transmitido no canal de televisão a cabo FX , nos Estados Unidos, foi intitulada de "American Horror Story: Murder House".
O enredo foi ambientado no ano vigente, em Los Angeles e apresentou uma família que, inicialmente, parecia ser perfeita. No entanto, os problemas do passado eclodem com os da casa que habitam. Com o passar do tempo, ali, tudo parece ser assombrado por seus antigos ocupantes falecidos.
AHS é um seriado diferente, com o rótulo de antológica, tendo temporadas narrando histórias independentes, passou a acrescentar nomes aos títulos para diferenciá-las, sendo que em 2021, a décima temporada foi batizada de "Double Feature".
Confira o que os fãs disseram nesse dia comemorativo para #AHS:
10 anos de ahs e eu não posso deixar de postar a temporada que me fez ficar apaixonada por essa série perfeita e principalmente a minha lana winters e a icona cena do the name game🖤🖤🖤 eu amo essa temporada de paixão #10YearsOfAHSpic.twitter.com/DuTUSQS4GV
— therezinha de death valley 👽 (@thuggirl15) October 5, 2021
No dia 5 de outubro de 2011, há exatamente 10 Anos, estreava o primeiro episódio de American Horror Story, e desde então tornou-se uma das MAIORES séries de antologia de Terror, aclamada pela crítica especializada e pelos fãs ao redor do mundo.🔪🤡👺💀 #AHS#AHS10years 👽 pic.twitter.com/Vp3wyWyQre
Dia Internacional da Música, especialista explica como a música é uma forma de expressão
O International Music Council, organização não governamental fundada com o apoio da UNESCO, criou o Dia Internacional da Música em 1975. Assim, 1º de outubro é a data concebida com o objetivo de levar a música a todos os setores da sociedade e promover os valores de paz e a amizade.
A música e seus diferentes gêneros têm a capacidade de mudar o humor, animar e elevar os sentimentos dos ouvintes. Seja para focar nos estudos, ou para embalar bons momentos de descanso, sempre há uma trilha sonora ideal para a ocasião.
Para a professora de Música do Colégio Marista São Luís, Eliana Hafermann Dumke, a música é uma linguagem capaz de transmitir emoções e sentimentos. “A música é uma linguagem universal e cada país e região tem a sua forma musical a sua cultura musical. Por meio da música é possível expressar sentimentos, o que pensamos, o que fazemos, é uma arte em geral”, afirma.
Confira sete filmes e séries que usam a música como forma de expressão:
O longa reúne os gêneros comédia, drama e musical com estrelas como Adam Levine, da banda Maroon Five, Keira Knightley e Mark Ruffalo. A história mostra uma cantora inglesa que se muda para Nova York com o namorado americano em busca de sucesso na carreira. Apesar do relacionamento logo acabar, ela encontra parcerias importantes para despertar seu próprio talento que ficava ofuscado pelo sucesso do ex-namorado. A música Lost Stars foi indicada ao Oscar em 2015.
Riz Ahmed vive um baterista de uma banda de heavy metal que sofre súbita perda auditiva. Ele e a namorada estão prestes a começar uma turnê pelo país e vão ter de lidar com essa nova situação. Adiado em função da pandemia, o filme foi aclamado pela crítica e bastante premiado. Recebeu seis indicações ao Oscar 2021, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante e levou as estatuetas para Melhor Som e Melhor Edição. Está disponível na Amazon Prime.
Zoey e a sua Fantástica Playlist
Imagine se sua vida tivesse uma trilha sonora ao vivo. É isso que acontece com Zoey, uma programadora, que mora em San Francisco e depois de um incidente magnético, ganha um poder bem inusitado. Ela é capaz de ouvir e sentir as emoções de quem está a sua volta por meio de musicais. A série tem duas temporadas e está disponível no Globoplay.
O pequeno Evan Taylor, vivido por Freddie Highmore, diz que a música o cerca e que em tudo há melodia, apesar de outras pessoas não acreditarem nele. Órfão, ele acredita que a música seja uma mensagem de seus pais. Ao se encontrar sozinho em Nova York, o menino usa seu dom musical nato para sobreviver e é justamente a música e o mundo musical que pode ser a chance de reunir novamente a família que foi separada pelo destino.
A série de televisão já foi aclamada mundialmente por seu sucesso. Os episódios retratam o dia a dia de um grupo de estudantes na luta contra o bullying nos corredores de William Mckinley High School. Entre vários temas importantes para os jovens, como relacionamentos, amizades, sonhos, sexualidade e muitos outros, a música sempre está presente nos episódios e nas tramas, em covers de diversas épocas e estilos.
Premiado pelo Oscar, Globo de Ouro, Sundance e outros festivais, o filme conta a história de Andrew, um obstinado estudante baterista de jazz, e de seu professor abusivo Terence. Bastante exigente, o professor leva os alunos, em especial Andrew, ao limite para atingir o potencial que ele procura. As músicas Whiplash e Caravan são as principais ensaiadas pela banda do conservatório e ditam o ritmo do longa.
Um músico de rua e uma jovem mãe se encontram na cidade e por meio da música se conectam em uma amizade que reforça o talento e a criatividade de ambos. A amizade traz de volta a esperança de realizar sonhos musicais e a possibilidade de voltar a ter esperança.