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sábado, 9 de março de 2024

.: Sweeney Todd: barbeiro mais cruel de Londres passa rapidamente por Curitiba

A Broadway vai invadir Curitiba com o musical aclamado de Stephen Sondheim. No elenco, os premiados artistas Saulo Vasconcelos e Andrezza Massei subirão ao palco acompanhados de grande elenco e orquestra ao vivo. Ingressos disponíveis pelo site da Disk Ingressos a partir de 14/3 (quinta-feira). Foto: Stephan Solon


Inspirada no livro "O Colar de Pérolas", publicado em 1846 pelos escritores britânicos Thomas Peckett Prest e James Malcom Rymer, "Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet" é fábula vitoriana macabra adaptada com maestria por Stephen Sondheim. O espetáculo, que teve temporada esgotada em São Paulo e é sucesso absoluto na Broadway com ingressos disputadíssimos, desembarca em Curitiba para três únicas sessões nos dias 20 e 21 de abril, no Teatro Positivo. Seja na literatura nos cinemas ou no palco, Sweeney Todd sempre chamou a atenção do público pelo seu humor sórdido e inteligente.

O musical conta a história de Benjamin Barker, barbeiro que se viu obrigado a ir embora de Londres por conta de uma briga com o cruel Juiz Turpin (Rodrigo Mercadante). Após 15 anos afastado da cidade, ele retorna sob o pseudônimo Sweeney Todd (Saulo Vasconcelos) e sedento por vingança. Ao chegar ao lugar onde funcionava sua antiga barbearia, na Rua Fleet, Todd se depara com uma arruinada loja de tortas administrada pela Dona Lovett (Andrezza Massei). A partir daí, Todd e Lovett unem forças para que ele se vingue de Turpin, e ela faça sua loja crescer com tortas recheadas de ingredientes muito suspeitos.

As apresentações na capital paranaense contarão com orquestra ao vivo, composta por 9 músicos e elenco de 18 atores. Sweeney Todd é apresentado por Ministério de Cultura e Mobilize com patrocínio de Zurich Santander. Os ingressos estarão disponíveis pelo site da Disk Ingressos a partir de 14/3 e custam de R$37,50 (meia) a R$180 (inteira). A realização é da Del Claro Produções, que faz parte do Grupo Live, em parceria com a Firma de Teatro. A produção local é da RW7.

Em 2022, o espetáculo alcançou enorme sucesso de público e crítica no Brasil, com sessões esgotadas e oito indicações ao Prêmio Bibi Ferreira. A produção conquistou prêmios nas categorias de Melhor Direção em Musicais, para Zé Henrique de Paula, Melhor Atriz, para Andrezza Massei, e Melhor Figurino, para João Pimenta.

Em Curitiba, o público terá oportunidade de assistir à montagem com Saulo Vasconcelos no papel-título. Saulo é um dos maiores atores de teatro musical no Brasil, notabilizado por protagonizar O Fantasma da Ópera e por participar do elenco de clássicos como Les Misérables, A Bela e a Fera, A Noviça Rebelde, Cats, O Homem de La Mancha e Priscilla, a Rainha do Deserto. “É a realização de um sonho. Após 25 anos de carreira, que vão se completar este ano, estou em um papel que sempre sonhei em fazer em uma produção oficial e profissional”, comenta Saulo.

Sweeney Todd conta com direção musical de Fernanda Maia e direção geral de Zé Henrique de Paula. A produção geral é de Adriana Del Claro. O trio é conhecido por montagens de sucesso recentes do teatro musical brasileiro como “Chaves – Um Tributo Musical” e “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”.

 

Confira abaixo o elenco completo do espetáculo:

Sweeney Todd - Saulo Vasconcelos

Dona Lovett - Andrezza Massei

Tobias Ragg – Paulo Viel

Juiz Turpin – Rodrigo Mercadante

Anthony – Pedro Silveira

Johanna – Sofie Orleans

Bedel Bamford- Gui Leal

Lucy Barker - Amanda Vicentte

Adolfo Pirelli - Elton Towersey 

Ensemble – Bel Barros

Ensemble – Davi Novaes

Ensemble – Davi Tápias

Ensemble – Guilherme Gila

Ensemble – Fabiana Tolentino

Ensemble – Paulinho Ocanha

Ensemble - Renato Caetano

Ensemble – Samir Alves

Ensemble – Vanessa Espósito


Sobre Sweeney Todd: O musical de Stephen Sondheim (música e letras) e Hugh Wheeler (libreto) estreou na Broadway em 1º de março de 1979. Já naquele ano, a montagem original levou oito Prêmios Tony, considerado o Oscar do teatro na Broadway, incluindo os de Melhor Musical, Melhor Libreto de Musical e Melhor Trilha Sonora Original. Além disso, levou o prêmio em 11 categorias do Drama Desk Awards e recebeu certificação de Melhor Musical no Drama Critics’ Circle Award.

Diante do grande sucesso nos palcos, com montagens no mundo inteiro até hoje, a obra de Sondheim chamou a atenção do cultuado diretor de cinema Tim Burton e, em 2007, Sweeney Todd chegou às telonas. Com Johnny Depp e Helena Bonham Carter no elenco, o filme foi indicado em três categorias do Oscar e levou a estatueta de Melhor Direção de Arte. Na premiação do Globo de Ouro, o longa ganhou nas categorias de Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Ator em Comédia ou Musical (Johnny Depp), Melhor Atriz em Comédia ou Musical (Helena Bonham Carter) e Melhor Diretor (Tim Burton).

Sinopse: O pacato barbeiro Benjamin Barker tinha quase tudo o que desejava. Era considerado o melhor de Londres em seu ofício e vivia um casamento feliz. O único problema é que sua esposa era cegamente desejada pelo inescrupuloso Juiz Turpin. Por esta razão, Barker foi perseguido, acusado injustamente e condenado à prisão. 

Depois de fugir, acaba recebendo apoio do marinheiro Anthony para se refugiar em territórios mais tranquilos. Após 15 anos nesse exílio, o barbeiro volta à decadente capital inglesa, mas agora com um pseudônimo e muita sede de vingança. Barker agora é Sweeney Todd.

Já na cidade, Todd reencontra sua antiga barbearia, localizada à Rua Fleet. O estabelecimento agora é uma decadente loja de tortas, que pertence à Dona Lovett. Os dois se encontram e estabelecem uma relação peculiar. Com a crise em Londres e a dificuldade em se conseguir carne de qualidade para as tortas, Lovett vê a oportunidade de fazer seu negócio crescer enquanto Todd coloca seu plano macabro de vingança em prática.

Enquanto ele mata seus clientes para chegar ao Juiz Turpin, que ainda mantém sua filha Johanna prisioneira, ela faz deliciosas tortas com os restos mortais dos desafortunados clientes.

No desenrolar da história, aparece Tobias Ragg. O garoto é aprendiz de barbearia do abusivo Pirelli. Após Pirelli ser assassinado por Todd, o rapaz acaba ficando sob a tutela de Todd e Lovett.


Ficha técnica:


CRIATIVOS 

Música e Letras: Stephen Sondheim

Libretto: Mark Wheeler

Direção Geral: Zé Henrique de Paula

Versão e Direção Musical: Fernanda Maia

Preparação de Elenco: Inês Aranha

Assistência de Direção e Ensemble: Davi Tápias

Assistência de Direção Musical e Preparação Vocal: Rafa Miranda

Cenografia: Zé Henrique de Paula 

Assistência de Cenografia: Cesar Costa

Ilustrações: Renato Caetano

Figurino: João Pimenta

Assistência de Figurino: Dani Kina

Equipe de Figurino: Everton Monteiro (auxiliar de corte), Magna Almeida Neto (piloteira), Marcia Almeida (contramestra), Neide Brito (piloteira), Noel Alves (piloteiro) e Wesley Souza (pintura de tecidos)

Visagismo: Dhiego Durso e Feliciano San Roman (peruca Dona Lovett)

Design de Luz: Fran Barros

Design de Som: João Baracho, Fernando Akio Wada e Guilherme Ramos 


MÚSICOS

Regência e piano: Fernanda Maia

Teclado: Rafa Miranda

Violino 1: Thiago Brisolla

Violino 2: Bruna Zenti

Violoncelo: Leonardo Salles

Contrabaixo: Pedro Macedo

Flauta transversal e flautim: Fábio Ferreira 

Flauta e clarinete: Flávio Rubens

Oboé: André Massuia


TÉCNICA

Camareira: Larissa Elis

Perucaria e Maquiagem: Feliciano San Roman (Perucas).

Assistência e Operação de Iluminação: Tulio Pezzoni

Operação de som: Guilherme Ramos 

Microfonista: Káthia Akemi

Direção de Palco: Diego Machado

Assistência de Direção de Palco: Matheus França

Contrarregra: Leo Magrão

Cenotécnica: All Arte Cenografia (cortinas e cadeira da barbearia), Armazém, Cenográfico (forno e moedor de carne), Ateliê Thiago Audrá (tortas cênicas), Fabin, Cenografia (pintura de arte), T.C. Cine Cenografia (montagem)


PRODUÇÃO

Produção Geral: Del Claro Produções

Produção: Laura Sciulli e Douglas Costta

Assistente de Produção: Renato Braz

Financeiro / Administrativo: Pedro Donadio

Diretora Comercial: Simone Carneiro

Mídia: Grupo Live, RW7 e Renato Braz

Criação e Direção de Arte: Gustavo Perrella

Assessoria de Imprensa: Agência Taga e Augusto Tortato

Redes Sociais: Renato Braz

Fotografia: Ale Catan e Stephan Solon

Realização: Del Claro Produções e Firma de Teatro

Siga Sweeney Todd nas redes sociais: instagram.com/sweeneytoddbrasil


"Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet"

Data: 20 e 21 de abril, sábado e domingo

Horário: 15h e 20h (sábado) e 15h (domingo) 

Local: Teatro Positivo – Curitiba/PR

Endereço: R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Campo Comprido, Curitiba - PR, 81280-330

Classificação Etária: 16 anos

Duração: 120 minutos (com intervalo de 15 minutos)

Capacidade: 2.000 lugares

Ingressos: De R$37,50 (meia) a R$180 (inteira) 

Vendas pela Disk Ingressos e bilheteria do Teatro Positivo a partir de quinta-feira, 14/3. 

 Obs.: O elenco deste espetáculo pode sofrer alterações sem aviso prévio.


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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

.: Crítica: "Wish: O Poder dos Desejos" resgata essência encantadora da Disney

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2024


Para celebrar os 100 anos da famosa Disney, a animação "Wish: O Poder dos Desejos" chega para resgatar a essência encantadora dos estúdios que impactaram -e continuam impactando- a infância de tantas e tantas pessoas ao redor do mundo. A produção dirigida por Chris Buck e Fawn Veerasunthorn, apresenta a história da jovem Asha (Luci Salutes, voz da Fada Azul de "Pinóquio", 2022), habitante do Reino Mágico de Rosas que mora com a mãe, Sakina (Letícia Soares, voz de Tyesha Hillman em "Ms. Marvel") e o avô, Sabino (Carlos Campanile, voz de Odin em "What If...?") que completa 100 anos justamente no dia escolhido pelo Rei Magnífico (Raphael Rossatto, voz de Peter Quill/Senhor das Estrelas, em "Guardiões da Galáxia") para, diante do povo, escolher e realizar um desejo que guarda num salão especial do castelo.

Contudo, a jovem de 17 anos que está prestes a se tornar assistente do rei descobre certa manobra feita por ele em relação aos desejos que mantém confinados por magia, o que, inclusive, tira a chance de tornar real o desejo de seu avô. Indignada, Asha desperta uma estrelinha mágica misteriosa que, meio atrapalhada, desfia completamente um macacão de dormir na cor vermelha, numa floresta que remete aos clássicos, "Cinderella", "Branca de Neve" e "A Bela Adormecida" e, por vezes, estampa árvores de galhos torcidos como "Tarzan" ou outros mais finos, pendurados, que lembram a vovó Willow, de "Pocahontas".

Extremamente forte, a estrela faz os animais da floresta falarem e terem ideias, assim como o bode Valentino (Marcelo Adnet, voz de Mauricinho em "O Grande Mauricinho"), parceiro de aventuras de Asha. Enquanto tenta enfrentar a decisão do ser superior, o rei, a jovem solta a voz em canções que complementam o desenrolar da trama que é recheada de referências a cenas e personagens das mais de 60 animações produzidas pela Disney. 

A forma de Ariel e Bela pegarem nos cabelos soltos, se repete com Asha, assim como o balançar dos fios das madeixas ao vento que remetem ao da Pocahontas. Até a aparência dos personagens pode ser apontada. Dois amigos de Asha, Simon e Dario, lembrar Christoff e Hans de "Frozen", inclusive o avô de Asha carrega uma semelhança grande com o Miguel de "Viva: A Vida é Uma Festa", mas na terceira idade. Há ainda uma amiga da mocinha que lembra a Abby de "Red: Crescer é Uma Fera", assim como a amiga Hal tem similaridade com a mãe de Ethan em "Mundo Estranho". Até quando Asha lembra dela com o pai numa árvore, ali está o perfil, ao longe, do senhor Incrível, de "Os Incríveis".

Muitos dos passos de dança de Asha, num número musical, são iguais ao de Esmeralda em "O Corcunda de Notre Dame""Wish: O Poder dos Desejos" garante também breves cenas, num dos musicais que em muito se parece com "À Vontade (Seja a Nossa Convidada)", de "A Bela e a Fera", além inserir rapidamente, em outro momento, uma rosa trancada num vidro. Até os vestidos na cor rosa de "A Bela Adormecida" e de "Cinderella", aparecem. Para não chamar a atenção do rei e seus homens, Asha até coloca uma capa azul igual a da fada madrinha de "Cinderella". Acredite há muito, muito mais a ser apontado ao longo de 1h32 de duração.

"Wish: O Poder dos Desejos" é poderoso, não por somente entregar um recapitula das produções criadas ao longo de 100 anos -aos adultos é divertido identificar cada cena, traços de personagens ou atitudes vistos anteriormente-, mas por deixar claro que desejar é uma liberdade de todos, uma vez que tudo está conectado! Até o próprio Peter Pan para uma pontinha diante da fonte do Reino Mágico de Rosas, com a localização que também remete a do reino de "A Nova Onda Imperador".

Como não sentir um arrepio ao ouvir o instrumental do tema da Disney, "When You Wish Upon a Star", da animação "Pinóquio" (1940) e "Cinderella" fazendo parte da trilha sonora da produção centenária? É pura emoção! Vale destacar que durante os créditos, personagens Disney são contornados pela magia da estrela, assim como há uma pequena cena pós-créditos com o avô de AshaA mensagem que celebra o centenário da Disney é emocionante e cativante. "Wish: O Poder dos Desejos" é uma linda animação imperdível, para ser revista!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Wish: o Poder dos Desejos" ("Wish"). Ingressos on-line neste linkGênero: animaçãoClassificação: livre. Duração: 1h32. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Walt Disney Studios. Direção: Chris Buck e Fawn Veerasunthorn. Roteiro: Jennifer Lee, Allison Moore e Chris Buck. Elenco brasileiro: Luci Salutes (Asha), Raphael Rossatto (Rei Magnifico), Marcelo Adnet (Valentino), Shallana Costa (Rainha Amaya), Carlos Campanile (Sabino), Letícia Soares (Sakina), Maíra Paris (Dahlia) e Vagner Fagundes (Simon)Sinopse: no reino mágico de Rosas, Asha faz um desejo tão poderoso que é atendido por uma força cósmica: uma pequena esfera de energia ilimitada chamada Star. Juntas, Asha e Star enfrentam um inimigo formidável: o governante de Rosas, Rei Magnifico. Elas fazem de tudo pra salvar a comunidade e provar que muitas coisas maravilhosas podem acontecer.

Trailer de "Wish: o Poder dos Desejos"

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segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

.: Espetáculo "A Herança" é o melhor do ano. Confira a lista dos outros 12

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Listar os 13 melhores do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar as 13 melhores peças teatrais de 2023, em meio a centenas de convites que chegam à nossa redação é, também, algo desafiador e uma viagem teatral ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários espetáculos tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser assistidos. Também confira a lista de Melhores Peças Teatrais de 2022. 


1. "A Herança"
Arrebatador, “A Herança” é o espetáculo do ano. Em 1° lugar da lista de Melhores Peças Teatrais do Ano publicada pelo portal Resenhando.com, a peça teatral premiada na Broadway, passou pelo Teatro Raul Cortez e fez história em São Paulo. Em duas partes que totalizam quase seis horas, que parecem minutos, o público se apaixona e torce pelo personagem defendido por Bruno Fagundes. Com sutileza e muita senibilidade, ele transforma um personagem que poderia ser apenas a caricatura da bondade em alguém para torcer e vibrar por ele. Entregando de modo esmiuçado o que é ser gay, desde a vivência do escritor E. M. Forster, autor de "Retorno a Howards End" refletida no livro "Maurice", até os dias de hoje, "A Herança" é uma peça que continuará atual por muito tempo. Mudam-se os tempos, mas a história se repete. A montagem de Matthew Lopez aborda com sensibilidade e profundidade as gerações de homens gays e seus dilemas. Os atores Reynaldo Gianecchini, em uma interpretação muito corajosa para um artista que ficou conhecido por interpretar muitos galãs nas telenovelas brasileiras, além de Marco Antônio Pâmio, Rafael Primot e André Torquato brilham nos papéis principais. Também fizeram parte do elenco os atores Cleomácio Inácio, Davi Tápias, Felipe Hintze, Gabriel Lodi, Haroldo Miklos, Rafael Américo e Wallace Mendes que se revezam na interpretação de 25 personagens. Um espetáculo para guardar na memória... e no coração.



2. "Uma Linda Mulher - O Musical"

Em 2° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do Ano, o clássico contemporâneo "Uma Linda Mulher" esteve em cartaz como musical até dezembro no Teatro Santander e repetiu a trajetória bem-sucedida do filme filme-fenômeno-pop de 1990, ao fazer uma releitura feminista do clássico dos irmãos Grimm. Tudo nesse espetáculo é grande, desde os cenários que reproduzem as cenas do longa-metragem, até o talento dos protagonistas. A atriz Thais Piza é mais do que carisma e coração ao interpretar Vivian Ward, personagem que alçou Julia Roberts ao estrelato. O risco era alto: as comparações com a interpretação clássica do cinema e outro ainda maior, o de ser devorada por uma personagem tão grande. Com experiência de sobra e a entrega de uma atriz em busca do papel de sua vida, Thais Piza brilhou com uma personagem capaz de demonstrar ao público toda expressividade, potência vocal e até a vulnerabilidade de uma atriz imensa. Par romântico da atriz no espetáculo, Jarbas Homem de Mello consegue ser mais humano que Richard Gere no papel de Edward Lewis, executivo que contrata uma acompanhante para passar uma semana com ele. Confira a crítica: Musical "Uma Linda Mulher" é a surpresa do ano ao focar no carisma.

3. "O Guarda-Costas - O Musical"
Mais do que um espetáculo, "O Guarda-costas - O Musical" é uma celebração à música e à memória de Whitney Houston e está em 3° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do Ano publicada no portal Resenhando.com. A montagem brasileira do espetáculo, produzida pela 4ACT e dirigida por Ricardo Marques e Igor Pushinov, consegue a proeza de ser melhor que o filme da década de 90 que o inspirou. Grande parte do mérito disto acontecer é a entrega da protagonista, interpretada por  Leilah Moreno, que nasceu para o papel. Intérprete da personagem principal, ela está entregue e devora tudo o que vem pela frente em mais de duas horas que parecem minutos. Encantado com o que a artista promove a partir da voz e do talento da artistas, o público não vê o tempo passar. Parece que Leilah Moreno, na pele de Rachel Marron, tem o poder de parar o tempo. Não há outra atriz no mundo capaz de interpretar um papel que foi de Whitney Houston como faz Leilah Moreno neste espetáculo. O ator Fabrizio Gorziza deu vida ao guarda-costas. Fizeram parte do espetáculo os atores Talita Cipriano, Davi Martins, Pedro Galvão, Marcelo Goes, Vinicius Conrad, Nalin Junior, Victor Barreto, Alvaro Real e Daiana Ribeiro. Já o ensemble traz os experientes bailarinos Mari Saraiva, Danilo Coelho, Felipe Tadeu, Leandro Naiss, Lucas Maia, Raquel Gattermeier, Fernanda Salla, Josemara Macedo, Thaiane Chuvas, Vicky Maila e Thiago Alves. Foto: Felipe Quintin. Confira as críticas:
.: "O Guarda Costas - O Musical" consegue ser melhor que o filme
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.: Crônica: "O Guarda Costas - O Musical" é showzão de Leilah Moreno. 


4. "Alguma Coisa Podre"
"Há algo de podre no reino da Dinamarca". Essa frase de "Hamlet", escrita há mais de 400 anos por William Shakespeare, dá o tom de "Alguma Coisa Podre", mais que um musical, um fenômeno pop, que esteve em cartaz até dia 6 de agosto no Teatro Porto e está em 4° lugar na lista de Melhores Peças Teatrais do ano publicada no portal Resenhando.com. O espetáculo é solar, para cima e não perde a energia em um só momento - nem quando a ação se passa no segundo ato, quando os espetáculos tendem a cair. Há músicas muito boas e chega a ser irônico que um espetáculo que marca o período da renascença marque, de alguma maneira, o renascimento do teatro depois de uma pandemia em que a arte respirava sobre aparelhos. "Alguma Coisa Podre" é o teatro voltando a lotar mas, sobretudo, é o Brasil voltando a sorrir. No elenco, Marcos Veras, Leo Bahia, George Sauma, Wendell Bendelack, Rodrigo Miallaret, Bel Lima e Laila Garin. Direção Artística: Gustavo Barchilon. Versão brasileira: Cláudio Botelho. Confira as críticas: 


5. "Sylvia"
O mundo mudou depois da primeira temporada do espetáculo "Sylvia", apresentado no Brasil pela primeira vez em 2019. A expectativa, e a curiosidade, era saber de que maneira os atores deste espetáculo mudaram nessa nova temporada, que esteve em cartaz até dezembro no Teatro Porto. A resposta é uma: "Sylvia" é como o vinho e os atores amadureceram as interpretações, tornando tudo ainda mais mágico. O espetáculo está em 5° lugar entre as Melhores Peças Teatrais do Ano publicada no portal Resenhando.com. Além de ter como personagem principal uma dócil cãzinha, "Sylvia" é um espetáculo que se apoia em temas sensíveis como crise de meia idade, síndrome do ninho vazio e responsabilidade afetiva. Destaque para Vera Zimmermann, que teve o desafio de substituir a saudosa atriz François Fourton e se saiu muito bem, e a interpretação delicada e extremamente sensível da personagem-título feita por Simone Zucato, que também assina a tradução da peça escrita por A.R. Gurney. No elenco, também estavam Cássio Scapin e Thiago Adorno, sob a direção de Gustavo Wabner. Confira a crítica à primeira temporada do espetáculo neste link: "Sylvia", papel que foi de Sarah Jéssica Parker, faz autocrítica ao ser humano.


6. "Funny Girl - A Garota Genial"

Escrita por Bianca Tadini e Luciano Andrey, a releitura feminista de"Funny Girl" teve um sucesso estrondoso em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dirigida por Gustavo Barchilon, a versão brasileira do clássico foi protagonizada por Giulia Nadruz e Eriberto Leão. Assistimos no Teatro Porto, em São Paulo, com Vânia Canto no papel de Fanny Brice. A personagem para ela, uma mistura de Adele com todas as características de uma atriz de musicais, resultou em uma interpretação arrebatadora. Queremos mais de Vânia Canto como protagonista absoluta no teatro musical em 2024. "Funny Girl - A Garota Genial" tem produção da Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas. .: Confira a crítica: "Funny Girl - A Garota Genial" em sete motivos para não perder no Porto.


7. "Consentimento"
Com direção de Camila Turim e Hugo Possolo, o espetáculo "Consentimento" é uma tragicomédia divertida no riso nervoso de quem vê diante do espelho suas contradições e fissuras. Com texto da premiada autora inglesa, Nina Raine, espetáculo é contemporâneo e impactante, uma peça que consegue ser contundente, dolorosa e afiada. Você finge que é algo e os outros fingem que acreditam. Assim se mantém a paz entre os relacionamentos - de amigos, amantes e familiares - na vida real. Qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência quando se é colocado diante de um espetáculo do porte de "Consentimento", que ecoa por horas após ser apresentado. É forte, visceral, polêmico e conta com atores que têm gabarito para defender personagens tão contundentes. O espetáculo incomoda e faz valer a máxima de que a arte, muitas vezes, deixa de ser mero entretenimento. Ninguém é anjo no espetáculo - ainda bem - porque a partir de personagens tão inquietantes - e muitas vezes insuportáveis - surgem discussões e questionamentos que ultrapassam as barreiras do palco. No elenco, Flavio Tolezani, Camila Turim, Helô Cintra Castilho, Sidney Santiago Kuanza, Gui Calzavara, Anna Cecília Junqueira e Lisi Andrade. Confira a crítica: "Consentimento" ultrapassa as barreiras do palco ao falar de abusos


8. "Veraneio"
Após uma premiada parceria de sucesso em 2018 em "Pousada Refúgio", o diretor Pedro Granato e o dramaturgo Leonardo Cortez se uniram mais uma vez no espetáculo "Veraneio", que discute dramas familiares, dilemas e agonias do mundo pós-pandêmico com humor afiado. A trama acompanha o reencontro, repleto de curiosidades e dramas, de Dona Laura e seus três filhos amargurados para celebrarem o aniversário da matriarca, interpretada por Clarisse Abujamra. Em um texto sensível, todos se destacam, como uma espécie de engrenagem em que ninguém é dispensável. Todos os atores têm bons momentos e, em determinado momento, o foco gira em torno de cada um deles. Eles representam tipos para tratar da alegoria da vida e apertam o público até a reflexão. É um espetáculo que, além de colocar o dedo nas feridas e em assuntos sensíveis a qualquer família, também aborda a hipocrisia e a descoberta da sexualidade durante a velhice. São assuntos pertinentes e há, com isso tudo, a direção certeira de Pedro Granato - neste espetáculo milimetricamente pensada para não poupar ninguém. "Veraneio" é uma pancada que começa parecendo inofensiva, mas não há como sair ileso. Assistimos dia 21 de julho no Teatro do Sesc Santos. No elenco, Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé. Foto: Nadja Kouchi. Confira a crítica: "Veraneio" é uma alegoria sobre amor e ódio nas famílias.


9. "A Megera Domada"
"A Megera Domada" é uma das peças mais famosas do grande dramaturgo inglês William Shakespeare. A comédia narra as confusões criadas por um grupo de pretendentes pela bela e doce Bianca, após saberem da decisão de seu pai controlador: ela só se casaria após o enlace de sua irmã mais velha, a indomável Catarina, que é refratária à natureza dos relacionamentos amorosos da época. É neste cenário que entra Petruchio que, na busca por um casamento de interesse, se dispõe a enfrentar a fera.  A tradução e a adaptação são dos dramaturgos e roteiristas Fabio Brandi Torres e Isser Korik, que também assina a direção. A nova montagem esteve em cartaz até o final de novembro no Teatro Uol com novo elenco. Agora, Eduardo Semerjian, Leticia Tomazella, Lizandra Cortez, Marcelo Diaz e Pedro Lemos interpretam 16 personagens do texto original, numa troca rápida que vai além do figurino. A exigência de uma mudança interna para cada personagem, desafia os atores e exige um grande preparo técnico. Confira a crítica: A Megera Domada": cinco motivos para não perder a comédia em SP. 


10. "Grease, o Musical"
"Grease é o caminho", destaca o refrão da música clássica do trio Bee Gees que dá nome ao teatro musical da produtora 4Act Entretenimento, "Grease, o Musical", que encerrou as apresentações dia 6 de março do ano passado com muita energia e emoção, no Teatro Claro SP. O espetáculo é inspirado no musical da Broadway de 1971, que foi transformado no icônico filme de 1978, estrelado por John Travolta e Olivia Newton-John. A jovialidade do elenco, em coreografias e figurinos impecáveis reforçaram a engrenagem do musical sobre a história de amor de Danny e Sandy, que acontece durante o verão dos anos 50, nas praias da Califórnia. Com a volta às aulas, eles se reencontram de modo inesperado, afinal, ele não é tão doce como se mostrou, Danny lidera a gangue do Burguer Palace Boys. Enquanto que a mocinha certinha vai se enturmando com as Pink Ladies, Danny tenta seu lado de atleta - sem sucesso. O enredo condizente a uma época ultrapassada, reflete quando as mocinhas deveriam seguir certas condutas para evitar que fossem rotuladas da pior forma. De fato, "Grease" é o retrato da liberdade feminina que começava a se desenhar. No elenco, Tiago Prado, Luli, Alice Zamur, Nathan Leitão, Sofie Orleans, Carol Pita, Camila Brandão, Pedro Nasser, Rafa Diverse e outros. Não há como negar que rever no teatro em nova montagem do meu filme favorito, após tantos anos, foi extremamente emocionante. Confira a crítica: "Grease, o Musical" resgata nos palcos clássico sobre os anos 50.


11. "Pagú - Até Onde Chega a Sonda"
Um manuscrito, ainda inédito, deixado pela escritora, poeta, feminista, desenhista, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão, a Pagú (1910-1962) é o ponto de partida para o espetáculo, que tem direção de Elias Andreato e atuação de Martha Nowill - que também assina o texto e tem o poder de transformar um texto tão denso em algo mais leve. É preciso muita sensibilidade e empatia para conseguir fazer isso.  A dramaturgia, assinada pela atriz que protagoniza a peça, foi escrita a partir de um manuscrito inédito que Pagú produziu enquanto estava presa. Duas mulheres, uma em 1939 na Casa de detenção, outra mãe de gêmeos em plena pandemia, contam suas histórias. O resultado é trancedental. Foto: Rodrigo Chueri.


12. "O Avesso da Pele"
Montagem teatral oficial do premiado romance escrito por Jeferson Tenório (Prêmio Jabuti 2021), o espetáculo "O Avesso da Pele" se passa em Porto Alegre, na década de 80, e conta a história de Pedro, filho de um professor de literatura assassinado em uma desastrosa abordagem policial. Após este episódio, ele inicia uma investigação acerca de suas origens, o passado da sua família e a trajetória de seu pai, Henrique. Construindo assim, uma jornada que elucida, não só questões de paternidade preta em um país marcado pelo racismo, mas também os caminhos que levam ao afeto e à redenção. A peça é idealizada pelo Coletivo Ocutá, com direção de Beatriz Barros e tem o elenco composto por Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto. Em cena, os quatro atores se alternam entre os personagens, em um movimento em que todos serão pai e filho em algum momento. Assistimos ao espetáculo no dia 26 de agosto no Teatro do Sesc Santos. Foto: Helt Rodrigues.



13. 
"Frida Kahlo - Viva la Vida"
Com atuação de Christiane Tricerri e direção de Cacá Rosset, o espetáculo “Frida Kahlo - Viva la Vida” mostra um novo olhar sobre a vida da artista mexicana, com o texto de Humberto Robles, considerado um dos maiores dramaturgos mexicanos. O solo traz uma Frida Kahlo lúcida, solar e cáustica, que celebra o triunfo paradoxalmente no Dia dos Mortos. Enquanto prepara um jantar para convidados, vivos ou mortos, passeia por sua vida relembrando e trazendo os personagens que passaram por sua história. A produção é de Alonso Alvarez. Assistimos no dia 21 de julho no Teatro do Sesc. Foto: Isadora Tricerri. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

.: Superprodução "Cinderella" retorna ao Teatro Liberdade para nova temporada


Com direção de Billy Bond, o musical baseado no conto original dos Irmãos Grimm terá nova temporada a partir do dia 6 de janeiro. Foto: divulgação


Após lotar o teatro na cidade de Riad, na Arábia Saudita com seus efeitos especiais e iluminação impressionantes, o espetáculo "Cinderella" retorna ao palco do Teatro Liberdade para uma nova temporada no Brasil: entre 6 de janeiro e 4 de fevereiro de 2024, com apresentações aos sábados e domingos, às 16h. 

A superprodução é dirigida por Billy Bond, que já encantou milhões de espectadores no Brasil, Argentina, Chile, Peru, e agora traz seus elementos mágicos e envolventes para mais uma temporada de sucesso, continuando a tradição que marcou suas montagens de clássicos como "A Bela e a Fera", "Natal Mágico", "Mágico de Oz" e "Branca de Neve".

O espetáculo "Cinderella" é baseado no conto do livro original dos Irmãos Grimm e tem adaptação de Billy Bond e Lilio Alonso. “As crianças acreditam no que dizemos a elas, têm completa fé em nós, acreditam em fadas, bruxas, príncipes, princesas e por isso, eu lhes peço um pouco dessa inocência infantil para contarmos esta história. Era uma vez...”, convida Bond.

Na trama, Cinderella era filha de um comerciante rico, mas, depois que seu pai morreu, sua madrasta tomou conta da casa. Então, a jovem passou a viver com a malvada esposa de seu pai, junto das duas filhas dela que invejavam a beleza da protagonista. Cinderella tinha de fazer todos os serviços domésticos e ainda era alvo de deboches e malvadezas.

Um belo dia é anunciado que o Rei realizará um baile para que o príncipe escolha sua esposa dentre todas as moças do reino. No convite distribuído aos cidadãos, havia o aviso de que todas as moças deveriam comparecer ao baile promovido pelo Rei. A madrasta de Cinderella sabia que ela era a mais bonita da região e disse que ela não poderia ir porque não tinha um vestido apropriado. 

A menina, então, costura um vestido de retalhos muito bonito com a ajuda de seus amigos da floresta, passarinhos, ratinhos e esquilos. Porém, a madrasta não queria que Cinderella comparecesse ao baile, pois sua beleza impediria que o príncipe se interessasse por suas duas filhas.

Sendo assim, ela e as filhas rasgam o vestido, dizendo que não tinham autorizado Cinderella a usar os retalhos que estavam no lixo. Muito triste, Cinderella vai para seu quarto no sótão e chora junto à janela, olhando para o Castelo na colina. De suas orações e lágrimas, surge a fada-madrinha que conforta a moça e usa de sua mágica para criar um lindo vestido e uma bela carruagem. Porém, antes de sua afilhada sair, a fada-madrinha lhe deu um aviso: a moça deveria chegar antes da meia-noite ou toda a mágica iria se desfazer aos olhos de todos.

Cinderella chega à festa como uma princesa. Estava tão bonita que não foi reconhecida, exceto pela madrasta, que passou a noite inteira dizendo para as filhas que achava que conhecia a moça de algum lugar, mas não conseguia dizer de onde. O príncipe, logo que a vê, convida-a para dançar. Eles bailam a noite inteira, conversam e riem como duas almas gêmeas e logo percebem que foram feitos um para o outro.

Quando o relógio badala as doze batidas e um minuto, Cinderella precisa sair correndo. E, na pressa, deixa um dos seus sapatinhos de cristal na escadaria. O príncipe, muito preocupado por não saber o nome da moça ou como reencontrá-la, pega o sapatinho e sai em busca da moça pelo reino e outras cidades.

Muitas damas dizem serem donas do sapatinho, mas o pé de nenhuma delas se encaixava perfeitamente no calçado. Quando o príncipe bate à porta da casa de Cinderella, a madrasta tranca a jovem no sótão e deixa apenas que suas duas filhas experimentassem o sapatinho. Apesar de muito esforço, o sapatinho de cristal não serve em nenhuma das duas. E um ajudante do príncipe percebe que há uma moça na janela do sótão da casa.

Sob as ordens do príncipe, a madrasta tem que deixar Cinderella descer. A moça, então, experimenta o sapatinho, mas, antes mesmo que ele servisse em seus pés, o príncipe já tinha dentro do seu coração a certeza de que havia reencontrado o amor de sua vida. Cinderella e o príncipe se casam em uma linda cerimônia e são felizes para sempre.


Números do espetáculo
O musical tem os diálogos e as músicas cantadas em português, muitos efeitos especiais e de iluminação, gelo seco, telões em 3D, levitações, ilusionismo e cheiros. Todos os recursos são utilizados para que a plateia tenha a sensação de fazer parte do musical. A produção conta com 25 atores, 15 técnicos e a equipe completa totaliza 50 profissionais. O espetáculo tem cinco trocas de cenários, 28 toneladas de equipamentos e efeitos visuais deslumbrantes.


Ficha técnica
Espetáculo "Cinderella". Direção de dramaturgia: Marcio Yacoff. Arranjos e direção musical: Vila/Bond. Adereços e próteses: Gilbert Becoust. Diretor vocal: Thiago Lemmos. Designer de coreografia: Italo Rodrigues. Realização cenográfica: Cyrus oficinas. Designer de figurinos: Carlos Alberto Gardin. Designer make up artist: João Boccaletto. Direção técnica: Angelo Meireles. Fotos: Henrique Tarricone. Direção geral de produção: Andrea Oliveira. Direção geral: Billy Bond. Apresentado por Ministério da Cultura e Grupo Bradesco Seguros. Realização: Gepeto Produções e Black and Red. Ministério da Cultura e Governo Federal. Elenco: Paula Canterini (Cinderella), Renan Cuise (Príncipe), Vanessa Ruiz (Madrasta), Luana Martins (Anastacia), Joana Lapa (Criselda), Fernanda Perfeito (Fada), Marcos Antonelli (Rei), Marcio Yacoff (Duque) e Italo Rodrigues (Mensageiro). Ratos: Ricardo Mesquita, Leonardo Souza, Axila Felix e Gabriela Hage. Corpo de baile: Axila Felix, Carla Reis, Gabriela Hage, Mayla Betti, Tayanne Zandonato, Hudson Ramos, Leonardo Souza, Mateus Laurini, Ricardo Mesquita e William Santana. Adaptação: Billy Bond e Lilio Alonso. Diretor geral de dramaturgia: Billy Bond, Andrew Mettine. Direção de cena : Marcio Yacoff. Coreografia: Italo Rodrigues. Direção musical: Bond e Villa. Designer de som: Paul Gregor Tancrew. Designer de luz: Paul Stewart. Efeitos especiais: Gabriele Fantine. Filmes e animações: George Feller e Lucas Médici. Mappings: Nicolas Duce. Direção de produção: Andréa Oliveira. Direção geral: Billy Bond.


Serviço
Espetáculo "Cinderella", com direção de Billy Bond. Temporada: de 6 de janeiro a 4 de fevereiro de 2024. Aos sábados e domingos, às 16h. Sessões especiais: 25 de janeiro, às 16h, e 4 de fevereiro, às 11h. Ingressos: Balcão II: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada). Balcão I: R$ 170,00 (inteira) e R$ 85,00 (meia-entrada). Plateia: R$ 190,00 (inteira) e R$ 95,00 (meia-entrada). Plateia Premium: R$ 220,00 (inteira) e R$ 110,00 (meia-entrada). Clientes Glesp tem 25% de desconto nos ingressos inteiros mediante a aplicação do cupom, limitado a quatro ingressos por cupom. Válido para todos os setores. Internet (com taxa de conveniência): https://bileto.sympla.com.br/event/87003/d/216847. Bilheteria física (sem taxa de conveniência): De terça a sábado, das 13h às 19h. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação. Teatro Liberdade - Rua São Joaquim, 129, Liberdade/São Paulo. Classificação: livre Gênero: infantil/família. Duração: 120 minutos. Capacidade: 900 pessoas. Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

.: Crítica: "Os Três Mosqueteiros: Milady" é super sequência com recapitula

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


"Os Três Mosqueteiros: Milady" é o segundo filme, dirigido por Martin Bourboulon, inspirado nas aventuras do quarteto protetor do Rei da França (Louis Garrel, "A Sombra de Caravaggio"), escrito por Alexandre Dumas. O longa com roteiro de Matthieu Delaporte e Alexandre de La Patellière, assim como seu antecessor, coloca D'Artagnan (François Civil, "O Próximo Passo"), Athos (Vincent Cassel, "A Bela e a Fera"), Aramis (Romain Duris, "As aventuras de Molière"), Porthos (Pio Marmaï, "O Próximo Passo"), Milady (Eva Green, "Sombras da Noite") numa trama cheia de meandros e reviravoltas dignas de um romance histórico.

Seguindo a busca pelo paradeiro da amada Constance (Lyna Khoudri), o destemido D'Artagnan esbarra na indomável Milady que esconde um segredo capaz de impressionar até mesmo o bravo Athos -assim como quem está na poltrona do cinema. Em contrapartida, Aramis precisa manter a honra da irmã, Mathilde (Camille Rutherford), grávida de um soldado. Contudo, é Porthos quem encontra a solução perfeita para o destino da futura mãe.

Numa trama completamente entrelaçada e com reviravoltas emocionantes, capazes de fazer lágrimas escorrerem, a produção que soma 1h55, é uma continuação espetacular com direito a recapitula. Facilitando não somente que o público se recorde dos pontos principais do filme anterior, como também, contextualizando todos os acontecimentos para quem não assistiu "Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan".

Em meio a enquadramentos de batalhas épicas para tirar o fôlego do público, assim como enfrentamentos e cenas de ataques em maior aproximação, o longa mantém a grandiosidade do primeiro, desde o cenário ao figurino.  "Os Três Mosqueteiros: Milady" é um filmaço francês imperdível! 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Os Três Mosqueteiros: Milady" ("Les Trois Mousquetaires: Milady"Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 12 anos. Duração: 1h55. Ano: 2023. Idioma: francês. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Martin Bourboulon. Roteiro: Matthieu Delaporte, Alexandre de La Patellière. Elenco: François Civil (D'Artagnan), Vincent Cassel (Athos), Romain Duris (Aramis), Pio Marmaï (Porthos), Eva Green (Milady). Sinopse: Athos, Porthos e Aramis, são forçados a unir forças com a misteriosa Milady de Winter.



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